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O Sistema Político da Época

Por:   •  15/11/2018  •  2.945 Palavras (12 Páginas)  •  252 Visualizações

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Como era executada

O novo sistema pelo Governo Federal, que pretendia formular e implementar uma política habitacional nacional: O Sistema Nacional de Habitação, que teria o BNH – Banco Nacional de Habitação – como financiador dessa política. “O poder público, a partir de 1964, financiou uma quantidade extremamente expressiva do espaço urbano brasileiro. O BNH controlava o SBPE e era responsável pela normatização e fiscalização da utilização dos recursos. Era o BNH, portanto, que definia as condições de financiamento das unidades habitacionais aos consumidores finais – mutuários. Como característica da época política, o BNH cotinha pressupostos rígidos e centralizados, de administração autoritária. Assim, adotava como a única forma de acesso à moradia a adoção da casa própria, restando inerte e omisso com relação a processos alternativos de produção da moradia que utilizasse o esforço próprio e a capacidade organizativa das comunidades. Essa omissão acarretou na exclusão de parcela significativa da população de baixa renda do atendimento da política habitacional e quando abarcava essa parcela da população, ocorria um alto índice de inadimplência. Em consequência, houve um aumento crescente de centros urbanos precários, como favelas, vilas irregulares dentre outros.

Os atendidos prioritariamente

A prioridade da CECAP eram famílias com menores salários, maior número de filhos, maior tempo de sindicalização e maior tempo vivendo na Grande São Paulo;

Sobre o Projeto

Qual o conceito do projeto? Sintetizou conceitos de funcionalidade, racionalidade, valorização do espaço público e a industrialização da construção (algo que ocorria de modo extensivo na Europa, principalmente nos esforços de reconstrução das cidades no pós-Segunda Guerra Mundial, as principais decisões de projeto foram tomadas sob essa perspectiva, incluindo a pré-fabricação e até mesmo o projeto de equipamentos e eletrodomésticos), subjacentes ao aspectos da arquitetura moderna, mesclando os desejos das famílias ao momento econômico vivenciado pelo país, chegando a um projeto com solução plausível para a problemática da habitação social. Não se tratava apenas de um condomínio, mas de toda uma estrutura urbana locada naquela extensa área. As unidades habitacionais eram apenas partes desse complexo, o projeto original previa a construção de 10.560 unidades, divididos em subzonas compostas por 08 freguesias cada, dispostos ao longo de todo o terreno, eram 192 blocos, cada um com três pavimentos sobre pilotis, e interligados dois a dois por meio unidades separadas que continham as escadas. No térreo, essa conexão era feita por meio de um jardim, e esse agrupamento formavam as freguesias ou setores, que deveriam conter cada um deles um centro comercial e uma escola, cada bloco continha 60 apartamentos de 64m², atendendo a um público aproximado de 55 mil pessoas. Desse modo, o condomínio também atendia a uma demanda por serviços coletivos tais como escola, espaços esportivos, hospitais, ambulatórios, postos de puericultura, cinemas, hotéis, teatros, comércios, igrejas, clubes, postos de abastecimento, caixas d'águas e gasômetro. Pensava-se não em um conjunto habitacional, mas sim em uma pequena cidade;

A relação de sua produção para habitação social. João Batista Vilanova Artigas: Arquiteto formado pela USP: após sociedade com Dúlio Morone, em 1944 abre seu próprio escritório, e paralelo a isso fundou o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e filia-se ao Partido Comunista brasileiro (PCB): desenvolve projetos que acabam por definir o estilo paulista de arquitetura e propõe uma serie de inovações no ensino para a FAU/USP: É exilado em 1964, após o Golpe Militar, e em 1967 retorna. Em 1969 é afastado da FAU/USP pelo AI-5, retornando após a anistia em 1979. Paulo archias mendes da rocha: Formando pela FAU Mackenzie, em São Paulo. Constituiu junto a Artigas a chamada Escola Paulistana de arquitetura. Integra o corpo docente da USP de 1960 a 1961; é convidado por Artigas para participar do projeto do Conj. Habitacional Zezinho Magalhães. Fábio moura penteado: Formado pela Mackenzie, e mais tarde docente dessa mesma instituição. Fora demitido devido à suas posições de extrema esquerda. Defendia uma arquitetura humanista e participou da criação da revista Projeto.

Qual o contexto de inserção? Ausência de equipamentos que permitissem a pré-fabricação, a falta de recursos da CECAP para conclusão das obras, a falta de especialização da mão de obra e a infraestrutura zero no local, somados levou a um descalabro tamanho que os primeiros moradores, já pagando as mensalidades do financiamento, vieram morar sem luz, água e gás e ainda com as máquinas trabalhando. Isso era 1974. Os primeiros moradores sofreram com as dificuldades iniciais. Desde ter que cruzar o pântano que se tornava os arredores para pegar um ônibus, até a falta de comércio local que permitisse o abastecimento. Tiveram que encontrar soluções. E neste sentido, o coletivo imperou.

(ANEXO I)

Razão para a tipologia adotada: Houve a concepção de organizar os blocos em um conceito de freguesias, semelhante ao conceito de unidade de vizinhança e a superquadra de Lucio Costa. Eram desenhos em lâminas, devido a sua situação topográfica e orientação adequada para insolação e ventilação, ao transporte e instalação de peças pré-fabricadas (definição de um eixo entre os edifícios que fortalece a implantação de uma ferrovia).

(ANEXO II)

Prometeu melhoria para o entorno / Participava de projeto mais amplo de urbanização? O conjunto previa a construção de escolas que atenderiam uma demanda não apenas de seus moradores, mas também de bairros vizinhos, visando, assim, melhorar o déficit de matrículas da cidade de Guarulhos. O projeto educacional, elaborado por Celso Lamparelli, Maiumy Souza Lima e Alice Gonzaga, previa a criação de 6 grupos escolares, para alunos dos 6 aos 16 anos, com programação de 192 salas de aula para atender a demanda de 13.420 estudantes e 1 escola industrial (ensino técnico) para adolescentes com 21 salas de aula, para atender a 1.460 alunos. Os equipamentos públicos idealizados no projeto foram um hospital geral com 200 leitos, pronto socorro com ambulatório, centro de saúde e posto de puericultura. Além destes, um estádio com capacidade para 15.000 pessoas, 2 salas de cinema, teatro, igreja, clube e um entreposto de abastecimento central, além de várias unidades de comércio particular nas freguesias.

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