Lancelot Brown | Capability Brown
Por: YdecRupolo • 17/12/2017 • 5.283 Palavras (22 Páginas) • 300 Visualizações
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e conferir uma sensação de grandeza ao jardim.
Suas obras mais marcantes foram os Jardins de Vaux Le Vicompte e Versailles.
• Vaux Le Vicompte
Situado em Maincy, a 55km de Paris, o jardim ficou tão famoso na sua época que teve seu proprietário acusado de manter uma propriedade mais bonita elaborada do que a do próprio rei. Le Nôtre usou com maestria os recursos da perspectiva na composição paisagística. Para compensar a distribuição axial em pendente do terreno e sua longa extensão em detrimento de sua largura, Le Nôtre ocultou partes do jardim anulando os efeitos da perspectiva em fuga.
Ao longo de um eixo central são ordenados uma seqüência de parterres, espelhos d’água que culminam com uma estátua de Hércules fechando a perspectiva e relacionando o fundo do jardim com um quadro de Nicholas Poussin dos 7 sacramentos.
Figura 7: Vaux Le Vicompte
Fonte: Blog da Orlean
Figura 8: Vaux Le Vicompte
Fonte: Blog da Orlean
Figura 9: Vaux Le Vicompte
Fonte: Blog da Orlean
• Versailles
Contratado para reformar e ampliar a antiga casa de caça de Luís XIV a propriedade acabou se transformando na residência real a partir de 1682. De topografia plana e distante de pontos de água, Le Nôtre tinha como desafio superar as expectativas do Rei-Sol, que objetivava através da propriedade expressar a “medida exata da gigantesca dimensão do governo humano sobre a natureza”. O Jardim é composto por 14 km de eixos retilineos, preenchidos por espelhos d’água, canteiros, fontes e elementos arquitetônicos.
Figura 10: Castelo de Versailles
Fonte: Blog da Orlean
Figura 11: Castelo de Versailles
Fonte: Blog da Orlean
Figura 12: Castelo de Versailles
Fonte: Blog da Orleans
Figura 13: Castelo de Versailles
Fonte: Blog da Orlean
Além desses dois projetos, é possível citar Chantilly, Saint Germain, Saint-Cloud, Fontainebleau e outras obras na Inglaterra, Alemanha, Espanha, Suécia, Rússia e Holanda. Em todos eles é perceptível a idéia de simetria típica de seu legado.
Figura 14: Saint Germain
Fonte: Blog da Orlean
Figura 15: Castelo de Chantilly
Fonte: Blog da Orlea
Figura 16: Axe Historique de Paris
Fonte: Blog da Orlean
Roberto Burle Marx
Nascido em São Paulo,1909, mudou para a Alemanha com a família aos 19 anos devido a um problema no olho. Permaneceram no país de 1928 a 1929, onde Marx teve a oportunidade de entrar em contato as vanguardas artísticas presentes da Europa como Picasso, Matisse e Van Gogh. Foi no Jardim Botânico de Dahlen, Berlim, que conheceu e ficou fascinado com a vegetação brasileira.
Ao retornar ao Brasil, formou -se em Artes Plásticas na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Lá entrou em contato com vários representantes da escola modernista de arquitetura, como Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Muito interessado em desenhar a figura humana, Burle Marx ficou dividido entre a pintura e as plantas. A partir de então, ele tomou a decisão de estudar pintura e passou a visitar todas as semanas o Jardim Botânico, observando atentamente todas as espécies ali existentes, entre as quais plantas brasileiras que ele não conhecia, e estudando pintura no ateliê de Degner Klemn.
Elaborada no final dos anos 20 até o início da década de 40, a pintura de Marx revela-se presa ao expressionismo em seus temas, ordenação de figuras, formas estilizadas ou simplificadas, cores intensas, ou mesmo o efeito psicológico que procura imprimir aos autorretratos e retratos de tipos populares, cenas intimistas com nus femininos, naturezas mortas, paisagens e favelas. Essa caracteristica de sua pintura explica a razão de muitas de suas obras picturais lembrarem desenhos coloridos. Ele atribuía a mesma dignidade plástica e poética aos desenhos, à pintura e à e aos jardins criados.
Além pintor notável, estavam entre seus interessos escultura, tapecaria, cerâmica e design de joias. Mesmo sem educação formal em arquitetura paisagística, o aprendizado de Burle Marx na pintura influenciou a criação de seus jardins. Ele aceitava que "pintava" com as plantas, apresentando em seus jardins as caracteristicas reprodizidas em tela, sendo comparados a pinturas abstratas, alguns bem curvilíneos.
Figura 17: Calçadão de Copacabana
Fonte: Vitruvius
Conhecido por sua preocupação ambiental e pela preocupação com a preservação da flora brasileira, Burle Marx inovou ao usar plantas nativas do Brasil em suas criações e tornando-se sua característica marcante, criando o "estilo Burle Marx", sinônimo de paisagismo brasileiro no mundo..
Seu primeiro projeto paisagístico foi o jardim de uma casa desenhada pelos arquitetos Lucio Costa e Gregory Warchavchik e seu primeiro jardim público foi a Praça de Casa Forte, no Recife. Assumiu o cargo de Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, onde ainda tinha um trabalho de inspiração levemente eclética, projetando mais de 10 praças. Em 1935, ao projetar a Praça Euclides da Cunha (a Praça do Internacional, conhecida também como Cactário Madalena) ornamentada com plantas da caatinga e do sertão nordestino, buscou livrar os jardins do "cunho europeu" instalando a cultura e alma brasileira em seus projetos, divulgando o "senso de brasilidade". Para Burle Marx a compreensão do urbano é fundamental para a concepção do parque
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