Eco Design Bambu

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designers Elizamar Zang e Lidiane Camiloti (2012, apud FARINA, 2006, p. 3): “A tendência dos mais sensíveis arquitetos e decoradores da atualidade é colorir um pouco mais o mundo para quebrar os frios e deprimentes espaços cinzentos das grandes cidades”. Podemos dizer que o conceito de sustentabilidade se estende além da reciclagem de matérias, se aplicando também na reciclagem de emoções, afinal, para Farina (2006, p. 127): “A cor é a alma do design e está particularmente arraigada nas emoções humanas”. Trazendo o espectro de cores ecológicas para a mesa e seus respectivos significados, temos como exemplos: O marrom, que transmite conforto, segurança e simplicidade. É a cor da terra e da madeira e por isso está também associada à natureza; o bege é uma cor que transmite calma e passividade e, também, promove a sensação de aconchego e conforto; o verde sugere umidade, calma, frescor, esperança, amizade e equilíbrio, além de todas as conexões diretas com a ecologia. Zang e Camiloti pontuam bem ao lembrar que (2012, apud GUIMARÃES, 2004) “Para se adquirir uma composição cromática agradável, necessita-se de harmonia e equilíbrio”.

Os consagrados autores citados no artigo a cima e profissionais do setor são pessoas comprometidas com a realidade atual e principalmente com o mundo de amanhã, proporcionando aos acadêmicos e futuros profissionais o conhecimento para que defendam suas ideias. Percebemos que a questão da sustentabilidade é fundamental para nós e para as gerações futuras. Decorar sem agredir o meio ambiente, não pode ser considerado somente como tendência, mas práticas a serem seguidas daqui em diante. A criatividade de profissionais do ramo e de nossas atitudes aliada a sustentabilidade em nossos lares, através do reaproveitamento do que seria jogado no lixo, pode tornar qualquer ambiente agradável, confortável e sofisticado. Conclui-se que a decoração produz em cada um de nós sensações diferentes, mas ao termos a consciência de que a decoração voltada para o mesmo objetivo, ou seja, um planeta melhor, mais sustentável, a sensação se torna algo encantador, pois sabemos que estamos fazendo bem para nós e para o planeta.

REFERÊNCIAS

BAXTER, Mike. Projeto de Produto. Guia Prático para o Design de Novos Produtos. São Paulo, 1998.

FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Edgar Blucher, 2006.

GILLINGHAM-RYAN, Maxwell, Terapia do apartamento: transforme seu lar em 8 semanas. São Paulo, 2007.

GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, linguística e cultural da sim¬bologia das cores. 3. ed. São Paulo: Annablume, 2004.

MANZINI, Ezio; VEZZOLI, Carlo. O Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis: os requisitos ambientais dos produtos industriais. São Paulo: EDUSP, 2005.

NUNES, Raquel. Como Aplicar a Sustentabilidade em Casa. São Paulo, 2009.

PAPANEK, Vitor, J., Arquitetura e design. Lisboa. Edições 70, 1995.