Do Barroco ao Rococó
Por: YdecRupolo • 4/11/2018 • 3.137 Palavras (13 Páginas) • 345 Visualizações
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Além de ser um estilo que o emocional se sobressai ao racional, o barroco tinha como expressões marcantes também a dramaticidade, a teatralidade e o realismo que podiam ser observados as intervenções artísticas no ramo da pintura, escultura e arquitetura.
Na pintura a ideia era romper com os padrões renascentistas, as cenas retratadas eram em sua maioria assimétricas e sua composição na maioria das vezes tinha como resultado uma combinação diagonal. Possuiam um grande contraste de sombras propiciados pelo jogo de claro-escuro que tinha por finalidade intensificar a dramaticidade da cena atraves da expressão de sentimentos. Tratava-se de uma pintura que priorizava a escolha do momento mais dramático da cena para retratar da forma mais realista possivel a sociedade como ela é em todas as suas camadas sociais.
Foto 01 - A vocação de São Matheus. 340 x 322 cm. Capela ContarelliS. Luigi dei Francesi, Roma, 1599-1600.
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Fonte: http://virusdaarte.net/wp-content/uploads/2013/04/mateus.jpg
É possível observar na pintura “ A vocação de São Matheus”, de Caravaggio (ver foto 01) traços importantes que revelam a identidade da obra como sendo uma obra barroca. O efeito de claro e escuro é bastante marcado e com isso da a sensação dramática que o barroco costuma empregar, assim como dar uma melhor ideia de profundidade no quadro. Além de dar ênfase no momento mais dramático em que a cena estava acontecendo.
Foto 02 - A glória de Santo Inácio. Andrea Pozzo, 1667
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Fonte: https://image.slidesharecdn.com/aculturadopalco-130924112551-phpapp02/95/a-cultura-do-palco-43-638.jpg?cb=1380022143
Na obra de A glória de Santo Inácio de Andre Pozzo (ver foto 02) o artista utilizou uma das técnicas que mais definia-o, o uso do tromp l’oeil para fazer uma composição de prespectivas no teto da igreja, que causavam a ilusão de que as colunas e paredes não tinham limite e continuavam no teto que representava o céu convidando os homens para viver em santidade. Além deles destacaram-se também na pintura, Velázquez, Rubens,Rembrandt, entre outros.
Como características das esculturas barrocas o uso das linhas curvas é um dos pontos mais marcantes, é a partir desse conceito que toda a obra é concebida, a sinuosidade das formas, a dramaticidade, a intensidade o dinamismo e o movimento criam uma linguagem única que garantem às esculturas barrocas a teatralidade que é referência para todas as manifestações artísticas do estilo barroco. As esculturas foram utlizadas como objetos decorativos e também como parte integrante das construções arquiteônicas, seja nas fachadas ou no interior.
Foto 03 e 04 - O êxtase de Santa Tereza. Mármore (tamanho natural). Capela Cornaro, Santa Maria dela Vittoria, Roma. (1645-53).
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Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-0MjmN_2nFfs/UZt-eZGvDjI/AAAAAAAAGG4/hH4e32BmoPQ/s1600/necrophilia_131.jpg
Na escultura O êxtase de Santa Tereza, de Bernini, (ver figura 2 e 4) pode ser observado com bastante clareza os elementos que caracterizam as esculturas barrocas, a expressão dramática na face de Maria Tereza, a sinuosidade dos drapeados de suas vestes e a teatralidade da cena.
Na arquitetura a geometria, semelhança e simetria que apareciam tão fortemente no renascimento dá espaço a fachadas mais irregulares com curvas que dão a ideia de movimento, efeitos impactantes e teatrais. Há uma preferência por plantas axiais ou centralizadas, é possível observar que há um uso acentuado de colunas, pseudocolunas e elementos decorativos como as esculturas que foram citadas anteriormente e os ornatos fitomórficos . O interior das construções era cheio de exageros, seja no uso de elementos decorativos ou no uso da madeira entalhada recoberta de ouro que estava presente em quase toda a edificação. O exagero e a complexidade das formas davam a ideia de dramaticidade na edificação. A arquitetura barroca era parte integrante do movimento de contra – reforma da igreja católica, por isso os maiores exemplos de intervenções desse estilo na arquitetura estão ligadas à arte sacra. Mas existem alguns exemplares em edificios particulares nas mansões que serviam para demonstrar a opulência da sociedade.
Foto 04 e 05 - Igreja de São Carlos nas Quatro Fontes, Roma, 1641.
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/San_Carlo_alle_Quattro_Fontane
Na igreja de São Carlos nas Quatro Fontes (ver foto 04 e 05) é possível observar bem várias caracteristicas da arquitetura barroca, os contrates de cheios e vazios, côncavos e convexos, os efeitos de luz e sombra que dão à obra um efeito mais dramático.
Os móveis não acompanharam a evolução das outras artes, enquanto as fachadas eram concebidas com linhas curvas e mais irregulares, as peças do mobiliário ainda apresentavam formas muito retangulares. Só a partir de 1670 o móvel barroco começa a fazer suas primeiras aparições. O movimento, as curvas e os entalhados na madeira era o que garantia a identidade do mobiliário. Tudo era bastante decorado, torneado e ornamentado com peças decorativas e entalhes em ouro muitas vezes com motivos florais, folhas de acanto e cabeças de leão. Com tantos detalhes essas peças passaram a ser obras feitas por escultores e vieram por último para compor o cenário das intervenções artísticas do barroco.
Foto 06 – mobiliário barroco
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Fonte: http://files.historia-e-estilo-do-mobiliario6.webnode.com/200000102-c789bc8845/Barroco%20Italiano%20(11).jpg
Considerado como um desdobramento do barroco aparece o rococó, estilo que tem como origem a França, durante o iluminismo, entre 1700 e 1780 , no reinado de Luís XV. O movimento surgiu como um refinamento da arte barroca deixando um pouco de lado o exagero exacerbado do antigo estilo. O nome rococó vem do termo “rocaille” que siginifca conchas. A intenção por trás deste novo estilo era caracterizar o comportamento da elite da época, por isso também era bastante conhecido como estilo regência.
O rococó surge no cenário da aristocracia como forma de ajudar a enaltecer o poder do aristocrata e o que
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