PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO SAÚDE E AMBIENTE PLANO DE DISSERTAÇÃO
Por: Rodrigo.Claudino • 20/9/2018 • 2.243 Palavras (9 Páginas) • 347 Visualizações
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A Dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil (OMS, 2016).
A Febre Chikungunya (CHIKV) é um RNA vírus da família Togaviridae do gênero Alphavirus, descrito pela primeira vez em 1950 na região que hoje corresponde à Tanzânia durante um surto atribuído inicialmente ao vírus Dengue. Chikungunya se caracteriza por quadros de febre associados à dor articular intensa e debilitante, cefaleia e mialgia (OMS, 2016).
O Zika Vírus é um vírus recente, transmitido pelo mosquito que foi inicialmente identificado no Uganda, em1947, em macacos Rhesus, através de uma rede de monitorização da febre amarela selvagem. É transmitido às pessoas através da picada de um mosquito infectado do género Aedes. Julho de 2015, o Brasil notificou uma associação entre a infecção pelo vírus Zika e a síndrome de Guillain-Barré. Em Outubro de 2015, o Brasil notificou uma associação entre a infecção pelo vírus Zika e a microcefalia (OMS, 2016).
O Brasil registrou no ano de 2016, até 10 de dezembro, 211.770 casos prováveis de Zika, o que representa uma taxa de incidência de 103,6 casos a cada 100 mil habitantes. Confirmou-se laboratorialmente, seis óbitos por vírus Zika no país. Em relação à dengue, foram notificados 1.487.673 casos e 906 mortes. O Ministério da Saúde registrou 263.598 casos prováveis de chikungunya e 159 óbitos pela doença no mesmo ano (COMBATE AEDES, 2017). Foram notificados no período de julho/2014 a dezembro de 2016, para Febre Amarela, 784 casos no Brasil registrados no SINAN. (PORTAL MAIS SAUDE, 2017).
Segundo CORRÊA, 2005 a prevenção de epidemias de dengue depende fundamentalmente da redução populacional do vetor no domicílio e peridomicílio. Tendo Dengue, Febre Amarela, Febre Chikungunya e o Zika Vírus o mesmo vetor, entende-se que haverá uma redução para as demais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. No entanto, o alto grau de adaptação do Aedes aegypti ao ambiente urbano dificulta o controle da sua densidade populacional, aumentando os casos de dengue em todo o Brasil.
No País, os programas de controle do Aedes Aegypti utilizam principalmente inseticidas químicos, onde se destaca o Temefós. O controle do Aedes aegypti encontra inúmeras dificuldades e o ponto de maior relevância é a resistência que o mosquito vem apresentando aos inseticidas empregados em seu controle (DINIZ et al., 2014).
Estudos sobre a avaliação das atividades inseticida, bactericida, larvicida, fungicida e moluscicida dos óleos essenciais de diversas espécies de plantas têm mostrado resultados interessantes, em várias pesquisas pelo mundo todo, e em especial em alguns grupos de pesquisa aqui no Brasil. Diante disto, estudos que demonstrem a aplicabilidade de novas fontes naturais, bem como, aprofundem o conhecimento de sua composição, são altamente valiosos para esse mercado (MOREIRA, 2013).
Desde os primórdios da civilização, o homem utiliza plantas para a cura de doenças, para o controle de insetos e para a conservação de corpos, ou seja, embalsamento, descobertas que ocorreram por acaso e que estão sendo comprovadas pela ciência. Em toda a parte da planta podem ser encontrados princípios ativos importantes, sintetizados pelo metabolismo secundário das plantas e que dão origem a uma série de classes de compostos conhecidas como alcalóides, flavonóides, cumarinas, saponinas, óleos essenciais, entre outras. Uma das classes mais importante é a dos óleos essenciais, que são compostos voláteis e, quando liberados pelas plantas, agem como princípios ativos que vão de encontro a invasores e, assim, atuam na proteção contra microorganismos, herbívoros etc. (LIMA, 2006; FREIRE, 2008).
Estudos sobre a avaliação das atividades inseticida, bactericida, larvicida, fungicida e moluscicida dos óleos essenciais de diversas espécies de plantas têm mostrado resultados interessantes, em várias pesquisas pelo mundo todo, e em especial em alguns grupos de pesquisa aqui no Brasil. Diante disto, estudos que demonstrem a aplicabilidade de novas fontes naturais, bem como, aprofundem o conhecimento de sua composição, são altamente valiosos para esse mercado (MOREIRA, 2013).
A citricultura brasileira detém a liderança mundial e tem se destacado pela promoção do crescimento sócio-econômico, contribuindo com a balança comercial nacional e principalmente, como geradora de empregos, diretos e indiretos, na zona rural (CUNHA et al., 1996), entretanto, estas plantas se expandiram por todo o país, destacando a citricultura brasileira como o país líder-mundial, correspondendo por um terço da produção mundial da fruta e quase 50% do suco fabricado, em que aproximadamente 70% é processado e 30% destina-se para o consumo interno (BIZZO et al., 2009).
Citrus é um gênero de plantas da família Rutaceae, consiste em cerca de 150 gêneros e 2000 espécies (ANWAR et al., 2008), ordem Sapindales originárias do sudeste tropical e subtropical da Ásia (CLAUDIO JÚNIOR, 2009). São espécies cultivadas em mais de 100 países ao redor do mundo em áreas tropicais e subtropicais, onde as temperaturas são sempre quentes (SINGH; RAJAM, 2009). O grupo contém espécies e numerosos híbridos naturais e cultivados, incluindo as frutas habitualmente designadas por citrinos, em que podemos destacar a laranja, limão, tangerina e lima com objeto do referido estudo.
Este trabalho, portanto, tende a colaborar com os conhecimentos acerca dos óleos essenciais como agente larvicida. Servindo como proposta, serão realizados estudos da composição química e da atividade larvicida dos óleos essenciais extraídos do pericarpo dos frutos de plantas do gênero citrus no controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti.
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OBJETVOS
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Geral
Caracterizar quimicamente e avaliar a atividade larvicida de óleos essenciais de plantas do gênero Citrus.
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Específico
- Identificar botanicamente das plantas;
- Extrair quantitativamente os óleos essenciais do pericarpo do fruto de plantas do gênero Citrus.
- Quantificar os componentes
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