Avaliação e Biorremediação do solo contaminado
Por: Salezio.Francisco • 18/7/2018 • 2.778 Palavras (12 Páginas) • 315 Visualizações
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Keywords: OLUC ; ground; bioremediation
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Sumário
1. Introdução 10
1.1 Impactos ambientais do petróleo 10
1.2. O rerrefino 11
1.3. A Biorremediação 11
1.3.1. Técnicas de biorremediação 12
1.3.2 Os microrganismos na biorremediação 12
2. Material e métodos 14
2.1. Amostras de solo 14
2.2. Contaminação do solo e demarcação experimental 14
2.3. Multiplicação do Micro-organismo 15
2.4. Análises realizadas 15
2.4.1. Determinação de óleos e graxas 15
2.4.2. pH 15
2.4.3. Testes microbiológicos 16
3. Resultados 16
3.1. Resultados do soxhlet 16
3.2. Resultados de pH 17
3.3. Resultados das análises microbiológicas 18
3.3.1. Fungos 18
3.3.2. Bactérias 19
4. Tabela de Custos 20
5. Conclusão 20
6.Referências 22
1. Introdução
1.1 Impactos ambientais do petróleo
Atualmente podemos acompanhar o crescente desenvolvimento da tecnologia e a industrialização vem acompanhando este avanço. Entretanto, os problemas ligados a esse constante progresso estão sendo ignorados pela população. Os problemas ambientais que acompanham essa evolução (tanto humana quanto tecnológica) vem se agravando cada vez mais e o investimento em novas tecnologias não é equivalente a conscientização pública. (RIZZO et al.; 2006)
O setor petroquímico pode ser considerado um grande degradador do meio ambiente, já que em suas diversas etapas (exploração, refino, transporte e armazenamento) há um enorme risco de contaminação de diversos ecossistemas, pois apesar do constante desenvolvimento tecnológico, muitas refinarias fazem uso de aparelhos e técnicas relativamente primarias, que não levam em conta as consequências de uma contaminação e o quanto afetam a fauna e a flora do local. (MARIANO; 2001)
Dentre os inúmeros derivados do petróleo, se encontra o óleo lubrificante, que apesar de parecer pouco que sua produção equivalha a 1% de todo o petróleo extraído no planeta, há cerca 44 empresas de lubrificante no mercado, totalizando aproximadamente 45 bilhões de litros de óleo lubrificante produzidos no planeta por ano, sendo o Brasil, o 5º maior mercado. (SANXENA; s.d)
Uma pesquisa o município de Rio Claro-SP indicou que este possui uma carga poluidora mensal de cerca de 47 milhões de litros de água contaminados por esse hidrocarboneto (LOPES; 2014). De acordo com a ABNT NBR 10004, estes resíduos são considerados perigosos. Este efluente contem metais pesados, o que pode acabar contaminando os lençóis freáticos e rios, alterando completamente o ecossistema do local, uma vez que ele pode impedir a oxigenação dos seres vivos e impedir os raios solares (CANCHUMANI; 2013)
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1.2. O rerrefino
Durante o uso do óleo apenas uma pequena parte é desgastada, então o rerrefino, que é um processo de reciclagem do óleo, recupera a fração de óleo não oxidada permitindo sua reutilização. Este método retira todos os contaminantes como por exemplo a água, os sólidos, os produtos de oxidação e os aditivos que estavam no óleo básico; deste modo; ele separa o óleo não usado dos resíduos. Mesmo após o procedimento, uma quantidade considerável de óleo não pode ser recuperada. (TEIXEIRA; 2002)
Apesar de existir um processo de reciclagem de óleos lubrificantes, onde o óleo recupera suas características originais, apenas o mecanismo de mercado não consegue garantir que não exista contaminação ambiental, já que é necessária a conscientização ambiental populacional e empresarial, ademais, há o problema de que a contaminação pode ocorrer durante seu próprio uso ou por vazamentos e descartes diretos. (TRISTÃO; 2005)
1.3. A Biorremediação
Existem métodos físicos para tratar o solo contaminado, entretanto, possuem altos custos e baixa eficiência. Desse modo, a biorremediação surge como uma tecnologia limpa, de baixo custo e que muitas vezes é mais eficiente do que as técnicas físicas e químicas. Além disso, este método emprega ferramentas biológicas na degradação do composto, logo é a mais adequada para manter a manutenção do equilíbrio ecológico (GAYLARDE; BELLINASO; MANFIO; 2005)
A biorremediação do óleo lubrificante baseia-se no fato de que grande parte dos componentes do petróleo são biodegradáveis na natureza, já que os microrganismos utilizam os hidrocarbonetos como fonte de carbono. Nesta técnica ocorre um processo natural onde os microrganismos degradam o composto em uma forma menos tóxica, dessa forma, o ecossistema do local pode ser recuperado do grande impacto ambiental que sofreu. (LIMA; OLIVEIRA; CRUZ; 2011)
Esta tecnologia se baseia nas reações bioquímicas que os microrganismos realizam. A respiração aeróbia destes é feita a partir da oxidação de compostos orgânicos com a redução do oxigênio molecular, pois quando um composto orgânico é oxidado ele perde elétrons para um aceptor, no caso o oxigênio. Quando o microrganismo é anaeróbio ele utiliza a desnitrificação, redução do ferro, redução do sulfato entre outros (MARIANO; 2006)
1.3.1. Técnicas de biorremediação
A biorremediação apresenta variações quanto à forma de realização do processo, podendo ele ocorrer no próprio local de contaminação (in situ), onde são proporcionadas condições ideais para a degradação do composto, ou
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