Passarela de madeira estaiada
Por: Rodrigo.Claudino • 3/9/2018 • 1.342 Palavras (6 Páginas) • 301 Visualizações
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Passarela de Gudöbroleden
Passarela Estaiada de Madeira Campus USP – São Carlos
A passarela estaiada de madeira da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo foi a primeira a ser construída no Brasil. O projeto foi feito por professores da Universidade.
A passarela é um exemplo de construção sustentável, é inteiramente projetada com madeira de reflorestamento, e estruturalmente é composta por uma torre independente inclinada, um tabuleiro curvo laminado protendido e os estais de aço que saem radialmente da torre.
As ligações entre os módulos foram feitas com perfis metálicos dispostos nas suas extremidades. Os perfis possibilitaram satisfatória precisão na ligação entre as placas e serviram também para apoio do tabuleiro nos estais. Fabricados com 3 metros de comprimento, permitiram que os estais apoiados nas suas extremidades, não interferissem no espaço de circulação da passarela.
A passarela foi subdividida em sete módulos com dimensões nominais de 5 metros de comprimento, 2 metros de largura, 20 centímetros de altura, cada um deles constituído de 37 lâminas que medem aproximadamente 5 cm de largura por 20 cm de altura e 5 metros de comprimento.
A curvatura das placas exigiu que cada lâmina tivesse comprimento diferente e fosse furada individualmente em decorrência da protensão radial. O raio de curvatura do bordo convexo da passarela e, portanto, dos módulos vale 32,51 metros.
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A fundação foi constituída por três tubulões de 70 cm de diâmetro, aproximadamente 6 metros de profundidade. Estes três tubulões foram armados até a base, inclusive as sapatas.
Os blocos destes tubulões foram interligados por duas escoras de concreto armado com seção transversal medindo 30 centímetros de largura por 20 centímetros de altura. Estas ancoras tem a finalidade de evitar que os tubulões sejam solicitados por esforços horizontais.
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No Mastro (pilar central) sua extremidade inferior foi esculpida para que se pudesse embutir a parte superior da rótula espacial. Na outra extremidade foi fixada a conexão para receber todos os estais e transmitir o esforço para a fundação. A conexão inferior foi presa ao poste parafusando-as a 4 barras roscadas de 12 mm de diâmetro e 60 cm de comprimento, coladas com resina epoxílica, em furos feitos na direção longitudinal, na base do mastro.
O Mastro de Eucalipto Citriodora pesa aproximadamente 30 KN. Depois de posicionado o mastro, os estais de sustentação do mastro, barras de aço de 32 mm de diâmetro, foram emendados com luvas instrumentadas de tal modo a funcionarem como células de carga. Para realizar esta emenda as barras precisavam estar alinhadas e, para isto, os cabos formam escorados e tracionados. A tração foi aplicada de modo a se eliminar a flecha do cabo.
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Para montagem do tabuleiro, usou o cimbramento metálico obedecendo a configuração da passarela dada pelo projeto original. Foram usadas duas torres metálicas por módulo, uma isolada da outra, totalizando onze torres. Estas torres de barras de 37 mm de diâmetro, possuíam 1,2 m por 1,9m em planta. Sobre as mesmas foram colocados dois perfis metálicos de 100 mm fixados por garfos, dispostos ao longo dos dois bordos curvos da passarela. As torres metálicas possuem um sistema de ajuste através de roscas que permitem soltar o tabuleiro do cimbramento e transferi-lo para o estaiamento.
O tabuleiro foi fixado no prédio do Set-Lamem através de um aparelho de apoio. Nele estão acopladas, na horizontal, três células de carga e na vertical o apoio se dá por contato com a superfície do aparelho de apoio.
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As células na direção tangencial foram inicialmente comprimidas assim como a célula radial junto ao bordo côncavo, após a retirada do escoramento. Na extremidade oposta do tabuleiro, na direção tangencial, houve um deslocamento de 2 cm no sentido do prédio do Set-Lamem, e na direção radial a passarela não se movimentou.
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Passarela Estaiada de Madeira finalizada
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