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Palha de Arroz como Potencial Energético

Por:   •  18/10/2018  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  259 Visualizações

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Na tabela 2 encontram-se os valores de energia bruta estimada para cada fração de nutriente de diferentes cultivares arroz, estimou-se o potencial de geração de calor para as diferentes palhadas, sendo que o total de energia bruta 3,9341 Kcal/g da palha de arroz, convertido de Kcal/g para MJ/Kg, onde 1 Mcal equivale a 4,184 MJ, teremos o Poder Calorífico Superior – PCS igual a 16,46 MJ/Kg (tabela 3).

Tabela 2 – Teor de matéria seca, fator de conversão e energia bruta.

Nutrientes

Teor MS (Kg)

Fator

Energia Bruta (Kcal/g)

Carboidrato

0,8940

4,15

3,7101

Proteína

0,0338

5,65

0,1910

Lipídeos

0,0035

9,45

0,0331

TOTAL

-

-

3,9341

Fonte: Elaboração própria.

Tabela 3 – Potencial Energético da Palha de Arroz Terras Altas.

Cultivares

Palha Kg/ha

PCS MJ.Kg

MJ.ha

BRS Serra Dourada

27.550

16,46

453.473

BRS Sertaneja

24.775

16,46

407.736

BRS Esmeralda

23.780

16,46

391.419

Fonte: Elaboração própria.

Além do bom desempenho agronômico, as cultivares avaliadas apresentou potencial para cogeração de energia calorífica, e o cultivar BRS Serra Dourada destacou-se entre os demais, quanto a produção de energia.

Tabela 4 – Poder calorífico de diversas biomassas.

Biomassa

PCS (MJ.Kg-1)

Fonte

Resíduos de soja

16,47

Werther et al (2000)

Casca de arroz

15,94

Paula et al (2011b)

Bagaço-de-cana

16,29

Rocha (2002)

Palha de arroz

14,64

Quirino et al (2004)

Fonte: Adaptado de Vieira (2012).

Neste sentido, fazendo uma comparação com outras literaturas, o bagaço de cana, segundo Rocha (2002), apresentou um poder calorífico superior (PCS) de 16,29 MJ.kg-1 e para Werther et al (2000) os resíduos de soja apresentam valores de PCS de 16,47 MJ.kg-1. Neste estudo, como pode ser observado na tabela 3, a média calculada do poder calorífico superior foi de 16,46 MJ. kg-1 das três cultivares, se compararmos as biomassas citadas podemos observar que a média geral é de 15,8 MJ.Kg-1 estando superior a média das outras biomassas comparadas.

CONCLUSÕES

A palha de arroz dos cultivares de arroz terras altas irrigado, apresentaram potencial calorífica semelhante ao do bagaço da cana de açúcar, com 16,46 MJ.kg de palha. No entanto, cabe ressaltar que a palha do arroz é um material orgânico e em solos de cerrado podem ter papel importante na melhoria das propriedades físicas e químicas do mesmo, havendo a necessidade de estudos que verifiquem a viabilidade de utilização desta palha como fonte de geração de calor em detrimento a utilização da mesma como fonte de adubação orgânica.

REFERÊNCIAS

CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada Departamento de Economia, Administração e Sociologia. ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. USP - Universidade de São Paulo.

CONAB (2016). Companhia Nacional de Abastecimento – Acompanhamento da Safra Brasileira – Grãos. Disponível em: http://www.conab.gov.br/>. Acesso em: 18 mar. 2017.

EMBRAPA (2014). Produção de briquetes e péletes a partir de resíduos agrícolas, agroindustrais e florestais. Disponível em: http://www.embrapa.gov.br/>. Acesso em: 18 mar. 2017.

PAULA, L. E. e R. et al. Produção e avaliação de briquetes de resíduos lignocelulósicos. Pesquisa Florestal Brasileira. v. 31, n. 66, p. 103112, 2011b.

QUIRINO, W. F. Poder calorífico da madeira e de materiais lignocelulósicos. Revista da Madeira, São

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