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O CARRO ELÉTRICO COM ESTEIRA

Por:   •  30/11/2018  •  11.854 Palavras (48 Páginas)  •  259 Visualizações

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sem os conhecimentos aprendidos na matéria de Eletricidade Básica, não seria possível concluirmos a parte elétrica. Sabemos a importância da teoria, mas com a junção de teoria e prática que a universidade nos oferece, temos um leque muito maior de conhecimento.

INTRODUÇÃO

O primeiro veículo movido a esteira que conhecemos foi produzido por Holt, em 1904, visto que surgiu a necessidade de um veículo que tivesse mais força, para empurrar as grandes máquinas usadas na agricultura na época. O primeiro carro movido a energia elétrica é mais antigo que imaginamos, a invenção é atribuída a muitas pessoas, desde 1828 já existem relatos do húngaro, Ányos Jedlik, construin-do um veículo a energia elétrica.

O nosso projeto tem como base esses dois tipos de carros, de modo que uni-mos os dois conceitos, e então criamos um carro com esteira, que é movido total-mente por energia elétrica.

Este trabalho acadêmico visa expor detalhadamente as etapas de construção do carro com esteira movido a energia elétrica, construído pelo grupo, bem como os métodos utilizados para sua construção. Logo, as próximas páginas contêm infor-mações explicativas que descrevem os principais elementos para a construção do veículo, começando pela metodologia usada, passando por todo o desenvolvimento do carro, e finalizando na conclusão e nas referências bibliográficas.

Como vimos, o veículo é movido a energia elétrica, e a movimentação é feita através de uma esteira. Logo temos duas aplicações, se virmos de um modo geral: A área eletrônica e a mecânica. A eletrônica, devido o movimento da esteira ser total-mente gerado por energia elétrica, com dois motores, que serão descritos mais a frente, e a parte mecânica, que pode ser observado pelo mecanismo de funciona-mento da esteira.

Logo, ao longo desse projeto, tivemos o privilégio de contemplar esses con-ceitos não somente na teoria, mas também de modo prático, e ter contato com as variáveis que muitas vezes o estudo somente na prática não nos oferece, além de lidarmos com problemas que resolvemos ao longo do desenvolvimento do carro.

As próximas páginas nos darão uma visão mais detalhada de toda a constru-ção do carro, incluindo imagens das etapas de construção, para uma maior compre-ensão do leitor sobre todos os processos que nos levaram ao objetivo final.

Desenvolvimento Teórico

A constante evolução que os anos 1800 trouxeram, despertou também à von-tade em desenvolver o meio de transporte do Homem, o cavalo já ficara para trás, e o desejo de ser veloz, se sentir livre e ter conforto, estreitou a relação entre nós e as recém inventadas Máquinas, que resultou no invento de uma das maiores paixões mundiais, o carro.

E como tudo parece perfeitamente cíclico em nosso planeta, a possível salva-ção do futuro contra grande parte da emissão de CO2, o carro elétrico, é na verdade uma das primeiras versões de automóveis da história, culpa talvez de gênios da área elétrica como Nicola Tesla e Thomas Edison que habitaram esse tempo.

Não se sabe ao certo qual foi a data da invenção dos primeiros protótipos, apenas que foram desenvolvidos no século 18, bem antes de Benz e Daimler in-ventarem seu motor de propulsão a gasolina em 1885 e conquistarem o mundo e dar início a toda uma era. As pesquisas de G. Trouvé, que tornaram possível a re-carga das baterias, causaram um avanço grandioso no interesse pelos meios de transporte elétricos principalmente na França, onde em 1886 haviam linhas com os mais novos ônibus elétricos, com “rodas maciças de borrachas e motores silencio-sos” como foram anunciados na época.

O primeiro veículo elétrico para grande comercio foi Electrobat, O Automóvel, um primeiro projeto desenvolvido pela Baker Motor Vehicle Company de Clevelend, Ohio e demonstrado ao público durante a World Columbian Exposition em Chicago do ano de 1983. Porém o primeiro veículo a ir ao mercado foi o Electrics Baker da mesma montadora, no ano de 1899, o qual teve suas baterias desenvolvidas pelo próprio Thomas Edison que também o adquiriu como seu veículo.

Crédito de imagem á Schnarr, Usuário Flickr)

Apesar do auto preço, que a Baker não parecia se incomodar, inclusive fazendo suas propagandas em cima disto, o modelo foi um sucesso e em 1907, a marca pas-sou de apenas um modelo inicial básico a uma gama e 17 veículos em seu portfólio.

Também em 1899, Camille Jenatzy, um engenheiro belga, ficou famoso ao alcançar a incrível marca de 100 km/h em seu “Jamais Contente”, um carro elétrico desenvol-vido por ele mesmo.

Em 1918 a empresa Light and Power Co. inaugurava no Rio de janeiro sua linha de ônibus elétrico, que saía da Praça Mauá e ia até o hoje extinto Palácio Monroe, atravessando toda a extensão a Avenida Rio Branco.

Mas se o sucesso era tão grande, porque esta parte da história ficou pratica-mente abandonada e andamos em veículos de combustão interna a gasolina?

A resposta desta pergunta global, esta como sempre em problemas de projeto, as baterias do carro elétrico demoravam a carregar e não lhe davam lá muita auto-nomia, e somados a alternativa e engenhosa linha de montagem em massa do mo-delo T criada por Ford, que trazia um veículo movido a gasolina, que é um combus-tível fóssil com grande densidade energética, ou seja, com pequeno volume gera muita energia, ao contrário das grandes baterias pouco eficientes, com preço aces-sível e baixo tempo de espera zero pela fabricação devido a possibilidade de esto-que, Ford, aliado a entrada de gigantes de petróleo, como a Texaco em 1902, neste mercado, que garantiam a facilidade ao consumo e compra deste combustível, aca-bavam de ganhar o mercado e enterrar, pelo menos por enquanto, os carros elétri-cos.

Os veículos elétricos voltaram ao cenário mundial em 1960 com o simpósio internacional de Phoenix dedicados a eles, e mesmo com a já constante preocupa-ção com os gases do efeito estufa tendo início nos anos 1970, eles seguiram como eterna promessa pelos cantos da história automotiva, com alguns modelos sendo lançados por grandes marcas e tendo pouca aceitação no mercado, inclusive no brasil, como em 1984 com o Itaipu Elétrico da extinta Gurgel S.A., fabricante brasilei-ra, que teve seus modelos adotados pela Furnas Centrais Elétricas S.A. para uso em sua frota, e sem vendagem expressiva no mercado.

Demonstrando assim que a confiança nos modelos a

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