A Diretrizes para descarte de água produzida

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5.1.1 Skim Vessel

Água produzida é enviada para o vaso Skim Vessel via um dispositivo ciclônico que promove a separação de gás e óleo presentes na corrente. O óleo livre forma um filme e se acumula em um recipiente no interno do vaso, de onde é enviado para os tanques Slops da unidade. Água então é drenada pelo fundo e enviada aos hidrociclones.

5.1.2 Hidrociclones (ZBM-3620 A/B)

A água oleosa que vem sob pressão do Skim Vessel entra tangencialmente em cada um dos liners dos hidrociclones. Pelo movimento centrífugo a parte pesada da emulsão (água) desloca-se para a parede interna (periferia do fluxo) do liner e escoa pela parte cônica dos liners. O óleo, mais leve, é deslocado para o núcleo do ciclone formado e sai pelo orifício de rejeito. O rejeito é direcionado para o sistema de drenagem fechada (Slop Vessel)

Os hidrociclones foram projetados para reduzir o TOG a menos de 100 ppm quando opera dentro dos parâmetros de projeto. Os hidrociclones do FPSO CAR são do tipo Liners em vaso de pressão, sendo composto por 2 unidades a 50%, cada uma com 2 câmaras independentes. Deve-se definir o número de hidrociclones e câmaras, de acordo com as vazões de água produzida processada. A eficiência dos hidrociclones é reduzida com vazões abaixo destes intervalos e, para vazões mais altas, ocorrerá restrição de fluxo.

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A vazão de rejeito de óleo é controlada pela PV-3620-08 a fim de se obter uma razão de pressão (RP) entre 1.3 a 2.0, com valor ótimo no valor de 1.67.

5.1.3 Flotador a Gás Induzido

O flotador é um vaso de pressão com alguns dispositivos para a remoção do óleo da água, atendendo as especificações a depender do tipo de água sendo tratada. Consiste em um vaso cilíndrico com distribuição de gás por meio de edutores radiais (9 unidades).

Água oleosa entra no vaso por meio de um dispositivo ciclônico que ajuda na remoção de gás e distribui o fluxo de água pelo vaso, maximizando a interação com as bolhas de gás que fluem ascendentemente. Edutores internos estão instalados, e realizam a interação íntima entre a água proveniente das bombas de recirculação e o gás combustível, formando microbolhas que ascendem e carregam consigo as gotículas de óleo.

Água é retirada na seção inferior do vaso, e segue para a sucção das bombas de recirculação para que sirva de força motriz dos Edutores. A água tratada segue para descarte para overboard ou para o tanque off-spec conforme detalhado no item 5.2

5.1.4 Analisador de TOG Online (AT-3645-01)

O analisador de TOG online mede continuamente a quantidade de óleo contido na água produzida. De modo a garantir as especificações do ítem 4.1 com margem de segurança operacional, o valor máximo permitido para o TOG online será de 15 mg/L, este limite é valido tanto para água produzida quanto para a mistura de água produzida com água oleosa. Se o TOG sobe acima deste limite por mais de 5 segundos, o fluxo de água é automaticamente enviado para o tanque off-spec. A medição online é feita com base em dispersão de luz, e a concentração de óleo em mg/L é calculada através de uma curva de calibração, que é periodicamente inserida no medidor.

5.2 Descarte e Controle

Durante o tratamento e descarte, deve-se minimizar a mistura de águas produzida e oleosa, e realizar o controle diário dos volumes e o tipo de água descartado no oil record book. Na situação atual da planta, é inevitável que ocorra alguma mistura entre os tipos de água, pelo fato do sistema de tratamento ser compartilhado pelos dois tipos de água. Esta situação permanecerá até o comissionamento do SAO, onde será possível realizar o tratamento de água oleosa separadamente.

O tratamento de água produzida e/ou oleosa deve ser iniciado recirculando água para o tanque off-spec, que poderá ser enviada para overboard quando as duas condições abaixo forem atendidas:

- Análise do TOG medido em laboratório com resultado abaixo do referenciado no ítem 5.1.5

- Medição Online de TOG neste período (30 min) se mantém também abaixo do limites necessários

O descarte deve ser mantido para overboard, controlando-se o TOG online e realizando-se análises no laboratório de bordo em intervalos de 2 horas. Quando qualquer um dos parâmetros exceder o limite pré-estabelecido, o descarte de água deve ser interrompido, e o controle das válvulas XV-3645-02 e XV-3645-03, deve ser colocado em modo manual, mantendo a recirculação para o tanque off-spec, só devendo ser colocado em modo automático após a reconfirmação das medições de TOG em laboratório, com metodologia similar a realizada no início do descarte (3 análises de laboratório ao total, uma a cada 15 minutos e medição online).

Ao final do dia, realizar o registro no BDO informando os volumes, valores de TOG e o tipo de água descartada.

5.3 Coleta de Amostras para atendimento ao CONAMA 393/07

A coleta de amostras para análise gravimétrica deve seguir o Padrão PP-3EG-00191 ara atendimento ao CONAMA 393/07. As coletas devem ser realizadas em horários 4 horários pré-definidos ao longo do dia (sugestão, 5 am, 11 am, 5 pm e 11 pm), e devem perfazer ao final do descarte, 1000 mL (4 frascos de 250 mL) de amostras, que devem ser mantidas refrigeradas abaixo de 4°C, até ser desembarcadas, tendo validade de 28 dias. Outros 1000 mL de amostras devem ser mantidas a bordo, pelo seu tempo de validade, como contraprova.

5.3.1 Primeiro Horário

-Quando houver descarte de água durante o primeiro horário pré-definido, coletar 4 frascos de 250 mL para envio para terra, e adicionalmente mais 4 frascos de 250 mL para retenção na plataforma.

-Se não houver descarte neste primeiro horário, realizar anotação nos registros, justificando a não existência de amostras para o horário

5.3.2 Segundo Horário

-Se não houver descarte de água no primeiro horário, coletar 4 frascos de 250 mL para envio para terra, e adicionalmente mais 4 frascos de 250 mL para retenção na plataforma.

-Se houver descarte de água no primeiro horário, coletar 3 frascos de 250 mL no segundo horário , descartando 3 dos 4 frascos