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A LOGISTA REVERSA: CONCEITOS, CLASSIFICAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E SEU PANORAMA

Por:   •  23/12/2018  •  2.557 Palavras (11 Páginas)  •  603 Visualizações

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O presente artigo busca apresentar a necessidade e a importância da aplicação da logística reversa. O método a ser utilizado é a pesquisa bibliográfica, através de consulta em livros e artigos, visando referenciar e apresentar uma visão geral da logística reversa.

CONCEITOS

Para começar vamos alguns exemplos: você já comprou algo que precisou devolver; ou ganhou um presente que preferiu trocar; ou precisou levar um veículo para revisão ou assistência técnica com garantia; ou você já trocou o seu computador ou seu aparelho celular por um modelo mais novo, caso sim, o que fez com os aparelhos antigos e com as pilhas e baterias que são utilizadas por eles ou após consumir refrigerante, leite ou outro produto qualquer que destino você da às embalagens desses produtos na sua casa.

Em todos esses casos já estamos lidando com a logística reversa, ou melhor, estamos buscando soluções que devem ser fornecidas pela logística reversa de pós-venda e pós-consumo.

De forma simples a logística reversa é a área responsável pelos fluxos provenientes das devoluções classificados como bens de pós-vendas e os descartes chamados bens de pós-consumo. Esses bens de pós-venda e pós-consumo podem retornar ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo da mesma cadeia de negócios ou de outras por meio dos canais de distribuição reversos que mais agregam valor de diversas naturezas.

Uma das definições pesquisadas de Logística Reversa é do autor LEITE (2005, p.16-17), assim definida:

Entendemos a logística reversa como a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuições reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros.

Segundo Lacerda (2002 apud GARCIA, 2006, p.4) define que:

Logística reversa pode ser entendida como um processo complementar à logística tradicional, pois enquanto a última tem o papel de levar produtos de sua origem dos fornecedores até os clientes intermediários ou finais, a logística reversa deve completar o ciclo, trazendo de volta os produtos já utilizados dos diferentes pontos de consumo a sua origem. No processo da logística reversa, os produtos passam por uma etapa de reciclagem e voltam novamente à cadeia até ser finalmente descartado, percorrendo o “ciclo de vida do produto”.

Um dos conceitos que está por trás da logística reversa é o conceito de ciclo de vida do produto. O ciclo de vida dos produtos pode ser dividido em quatro estágios: lançamento, crescimento, maturação e declínio. A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e devem retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados.

CLASSIFICAÇÃO

Quando abordamos as trocas ou devoluções de mercadorias como no caso do presente que você prefere trocar, um produto qualquer que você precisa de revisão assistência técnica ou garantia, todos esses retornos já são caracterizados como fluxos de bens de pós-venda que devem ser monitorados pela logística reversa de pós-venda. Essa logística é a área específica que se ocupa do equacionamento e operacionalização do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes aos bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta. Essa área tem como objetivo estratégico agregar valor a um produto logístico que é devolvido por razões comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falha de funcionamento do produto, avarias no transporte entre outros motivos.

Compreendidos os fluxos de pós-venda iremos tratar agora tudo de pós-consumo. Um bem é chamado de pós-consumo quando se encontra no final de sua vida útil ou não tem mais utilidade e são descartados pela sociedade, mas ao serem descartados que tratamento deve receber. Esses bens podem ser enviados aos finais tradicionais como a incineração, os aterros sanitários, retornar ao ciclo produtivo por meio de canais de desmanche e reciclagem ou reuso, pois nesse caso é uma extensão de sua vida útil. O objetivo estratégico da área de logística reversa de pós-consumo é agregar valor ao produto logístico constituído primeiro por bens inservíveis ao proprietário original que possui condições de utilização, por exemplo, o celular o computador com pouco uso que é trocado por um modelo mais novo e segundo os produtos descartados por terem atingido o fim de vida útil, por exemplo, pilhas, baterias, embalagens em geral, os resíduos alimentares e resíduos industriais por exemplo, sobra de chocolate na indústria alimentícia que são utilizadas para fabricação de outros produtos.

Importante ressaltar que a legislação ambiental determina a responsabilidade no controle do ciclo de vida dos produtos pela Lei 12.305/10 como "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada".

E agora que já compreendemos os fluxos de pós-venda e de pós-consumo além das questões mercadológicas. Como devemos implantar as metodologias reversas no atual ambiente organizacional é o que veremos a seguir.

IMPLANTAÇÃO DA LÓGISTICA REVERSA

Além dos já citados entre os principais motivos existentes para que as empresas adotem os princípios da logística reversa destacamos o aumento da competitividade entre as empresas e os preços mais baixos das matérias-primas secundárias. A redução significativa no ciclo de vida útil dos produtos, a falta de espaço nos centros urbanos para o descarte dos produtos, mas não basta só querer para o sucesso. Na implantação dos programas de logística reversa precisamos considerar a logística reversa como fator na criação de vantagem competitiva reconhecer que uma vez entregues os produtos as responsabilidades da empresa continua concentrar esforços dos processos reversos, assim como os fluxos diretos são tratados, deixar de

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