Recursos Naturais Renováveis e Não Renováveis

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Gás Natural

A história da exploração: Em alguns locais o gás natural emergia da terra para a atmosfera devido a tempestades de relâmpagos ou outros fenômenos e incendiava a superfície, o que intrigava o homem da época que não o conhecia. Por volta de 500 anos antes de Cristo os chineses descobriram uma forma de usar este fogo. Os chineses transportavam o gás até perto do mar através de canas de bambu e o utilizavam para ferver a água do mar, assim o sal era separado da água e a mesma se tornava potável.

Foi no início do século XIX que o gás natural derivado do carvão começou a ser comercializado. Na Grã-Bretanha e em algumas cidades dos Estados Unidos era usado como fonte de energia, principalmente para iluminação pública. Em 1821, na cidade de Fredonia, Nova Iorque, William Hart detectou uma série de bolhas que surgiam de um riacho. William construiu um poço para conseguir trazer Gás Natural em maiores quantidades até a superfície. Então, algum tempo depois, surgiu a Fredonia Gas & Light Company, a primeira empresa americana a comercializar Gás Natural. Já no século XX, depois da década de 20, iniciaram as construções de “pipelines” de distâncias maiores, o que permitiu o transporte de Gás Natural. Depois da II Guerra Mundial, com o desenvolvimento da metalurgia e soldadura, houve o “boom” da construção de “pipelines”. A construção destes meios de transporte de Gás Natural de forma mais segura ligada ao desenvolvimento das técnicas de pesquisa levou a que o gás tivesse uma grande expansão em diversos países do mundo. No Brasil o gás natural começou a ser utilizado na Bahia na década de 50. A produção era praticamente toda destinada às indústrias.

Como é explorado: Depois de perfurados os poços para comprovação da existência de Gás Natural, começa a produção. Os reservatórios são formados por rochas porosas capazes de reter petróleo e gás. Em função da quantidade de petróleo bruto e gás livre, pode-se classificar o gás em associado e não associado. No primeiro caso privilegia-se a produção inicial do óleo, utilizando-se o gás para manter a pressão do reservatório, pois o mesmo está dissolvido no óleo ou na forma de capa de gás. O gás não associado é aquele que está livre do óleo e da água no reservatório, isso permite a produção basicamente de gás natural. As tubulações responsáveis pelo envio de gás natural das fontes produtoras até os consumidores ganham o nome de gasoduto. O Brasil possui o gasoduto Bolívia – Brasil. São tubulações de diâmetro elevado, operando em alta pressão que transportam gás natural da Bolívia (produtor) para alguns Estados brasileiros (consumidores).

Onde é encontrado ainda: O gás natural é encontrado em rochas porosas do subsolo, junto as jazidas de petróleo ou isoladamente. A maior oferta de gás natural no Brasil está principalmente na Bacia de Santos, além do Espírito Santo e na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, que hoje concentra 44% da produção no Brasil.

Para o que serve: O Gás Natural pode ser utilizado para geração de eletricidade, aquecimento da água e ambiental. Nos automóveis pode substituir a gasolina, o álcool e o diesel.

Qual o impacto da exploração: Nas usinas de gás natural há necessidade de um sistema de resfriamento. Normalmente é utilizado água. Isso gera um impacto no meio ambiente, pois o volume de água usada para resfriamento pode chegar a 90% do total usado na instalação. Outro impacto são as emissões atmosféricas. Os principais poluentes emitidos são dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e metano devido a combustão incompleta.

Pode ser mantido para as futuras gerações? Conforme pesquisas realizadas pela IEA (Agência Internacional de Energia), caso se mantenha o ritmo de consumo médio da última década, as jazidas de gás natural irão se esgotar em 100 anos, pois as reservas são finitas.

Carvão Mineral

A história da exploração: O carvão começou a ser usado em grande escala no século XVIII, na época da Revolução Industrial, substituindo gradativamente a lenha. As máquinas movidas a vapor, alimentadas pelo carvão, passaram a ser comercializadas na Inglaterra durante a segunda metade de 1700. No Brasil, James Johnson, ao realizar explorações, descobre carvão nas margens do Arroio dos Ratos (RS) em 1853. Juntamente com 10 mineiros do País de Gales abre a mina e começa a produzir carvão em 1855 e cria a mineradora Imperial Brazilian Colleries. Em 1941, Getúlio Vargas cria a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). O carvão ia para a indústria e era beneficiado em Capivari de Baixo.

Como é explorado: A extração do carvão pode ser subterrânea ou a céu aberto.

No caso da extração subterrânea, o carvão é retirado do solo, fragmentado e armazenado em silos. Depois é transportado até a usina onde é novamente armazenado. Em seguida é transformado em pó, o que permite melhor aproveitamento térmico ao ser queimado em fornalhas de caldeiras. O calor liberado da queima é transferido para a água que circula nos tubos que envolvem a fornalha, então a água se transforma em vapor. O calor contido no vapor é transformado em energia mecânica (ou cinética) que vai movimentar a turbina do gerador de energia elétrica.

Onde é encontrado ainda: O carvão é encontrado em jazidas localizadas no subsolo terrestre. Os maiores produtores mundiais são a Rússia, Estados Unidos, China e Canadá, respectivamente. No Brasil, existem reservas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Para o que serve: O carvão serve para gerar eletricidade, produzir plásticos, fertilizantes e auxiliar no derretimento de minério de ferro para fabricação de aço.

Qual o impacto da exploração: O impacto já começa na ocupação do solo para exploração das jazidas, pois interfere na vida da população, na flora e fauna, nos recursos hídricos e ainda gera barulho, poeira e erosão. A queima do carvão emite gás carbônico, responsável pelo efeito estufa e dióxido de enxofre, responsável pela chuva ácida.

Pode ser mantido para as futuras gerações? Por ser não renovável, o carvão vai se esgotar da natureza e, de acordo com a AIE, caso se mantenha o ritmo de consumo das últimas décadas, isso ocorrerá em menos de 200 anos.

Urânio

A história da exploração: A energia nuclear só se tornou algo prático porque o mundo estava em plena guerra de conquista na década de 40. Da teoria (1905) à prática foram 37 anos.