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Manufatura Integrada por Computador

Por:   •  5/4/2018  •  2.468 Palavras (10 Páginas)  •  368 Visualizações

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4 - A Era da Produção Flexível

Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão, diferente dos EUA, desenvolveu uma

abordagem alternativa ao sistema de produção em massa. O Japão tinha urgência em reerguer sua indústria destruída, mas não tinha capital para enfrentar as grandes corporações dos EUA, o que exigiu abordagem criativa. Tal abordagem consistia em basear a produção em equipes de trabalhadores com multi- habilidades, e equipadas com ferramentas flexíveis, para produzir uma variedade de produtos em pequenos volumes. Foram introduzidas inúmeras técnicas e filosofias de melhorias nas linhas de produção, visando à redução de custos e à alta qualidade dos produtos. Como resultado, foi possível colocar no mercado produtos variados e produzidos em escala relativamente pequena e, mais importante, com qualidade até então não atendida. Como consequência, ocorreu uma invasão de produtos japoneses no mercado dos EUA e da Europa. O país destruído pela guerra tornou-se a segunda maior economia do planeta em menos de 30 anos. Enquanto isso, nos EUA, viu-se o fechamento de inúmeras empresas. As que permaneceram produzindo foram obrigadas a rever seus conceitos e evoluir do sistema de produção em massa, investir pesado em tecnologia, tudo isso para tentar acompanhar os novos líderes da nova revolução industrial que se instalou a partir da década de 80 passada.

5 - A Manufatura Integrada por Computador

Segundo CAULLIRAUX e COSTA (1995), a integração de sistemas de produção pode se dar de três formas: organizacional, informática ou ambas. A Manufatura Integrada por Computador deve ser entendida como uma integração organizacional suportada e, mais, alavancada pela informática. Sendo assim, a implantação de CIM passa por investimentos significativos em tecnologia da informação (inclusive Telecomunicações e Automação Industrial). Dado o comprometimento associado a este movimento de integração, é muito importante que haja consistência estratégica (empresa - produção), uma boa análise e redesenho dos processos com vistas a alavancar o desempenho via tecnologia da informação (a configuração do novo sistema de produção) e um projeto de implantação tecnicamente avançado dentro do limite do economicamente viável. O termo Manufatura Integrada por Computador, tende a ser vista como a solução todos os problemas da indústria. O que se vê, quando se toma essa direção, existe uma tendência de simplesmente se "automatizar o caos", ou seja, apenas reproduzir-se em computador as práticas erradas ou ineficientes que sempre se praticou na empresa, com o único acréscimo do custo adicional introduzido pela aquisição de equipamentos, softwares e, convém sempre lembrar, pessoal especializado que antes não existia. É preciso ter-se bem claro que a palavra chave do título acima é integração. Uma leitura mais atenta das tecnologias mais eficazes adotadas pela indústria manufatureira permitirá observar que as que tiveram maior sucesso, que permitiram ganhos de escala em produtividade e competitividade, foram justamente aquelas tecnologias que menos dependem de computador para serem efetivas. São todos conceitos que mexeram na cultura organizacional das empresas, ou seja, promoveram transformações estruturais que permitiram os saltos quantitativos de ganhos de escala em produtividade e competitividade. As estratégias de manufatura têm que, forçosamente levar este aspecto em consideração, sob pena de levar ao fracasso todo o esforço de modernização pretendido. Toda estratégia moderna de automação da manufatura envolve a incorporação de tecnologias e conceitos abrangidos dentro da filosofia do CIM (Computer Integrated Manufacturing). O CIM nada mais significa do que a integração das tecnologias computacionais de apoio à manufatura (as conhecidas CAx) dentro de uma filosofia unificada que objetiva a otimização do negócio da empresa como um todo. Esta integração, é muito mais lógica do que física e se viabiliza através dos recursos de informação. O conceito de CIM abrange todas as funções de engenharia representadas pelas diversas siglas CAx, mas também inclui as diversas funções administrativas que compõem o organismo de uma empresa e que suportam a produção. Idealmente, conceitua-se CIM como a incorporação, em uma indústria de manufatura, de todas as funções, direta ou indiretamente relacionadas com a produção, em um ambiente computacional integrado para assistir, otimizar e/ou automatizar as operações. O processo de integração pretendido pelo CIM exige grande esforço de uniformização de processos, fluxos (de materiais e informação), sistemas e equipamentos e, principalmente, das bases de dados. Esta, aliás, é a responsável pela integração lógica e consistência do sistema. Torna-se cada vez mais importante para as empresas o modo como o fluxo de informações é planejado e implementado. O desafio de produzir de forma ágil, com grande flexibilidade, baixo custo e alta qualidade, exige que todos os envolvidos tenham acesso a toda informação de que necessitem, de forma simples e imediata, além do fato de que a disponibilidade de dados seguros sobre o processo, em tempo real, permite uma melhor tomada de decisões nos diversos níveis da empresa, melhorando sua performance, seja em termos de aumentar a produtividade, a lucratividade, ou ambas.

6 - A Evolução da sigla CIM

Desde os primórdios da utilização da sigla CIM, a ênfase estava na letra "C" de Computador, ou de uma forma mais ampla, Tecnologia de Informação. Um exemplo é a definição de CIM como sendo a utilização do processamento de dados eletrônicos e o fluxo de informações auxiliado por computador em todos os setores da empresa. A letra hoje mais importante da sigla CIM é o "I" de Integração (figura 3). O "C", ou seja, a Tecnologia de Informação, é o potencializador da integração, na visão recursos do frame do CIM. Ela também viabiliza outras formas de integração na visão organização, por exemplo, através da disponibilidade da tecnologia de workgroup computing. Só que nesse caso outros fatores, tais como cultura organizacional e capacidade de aprendizado da organização são mais importantes. Não se deve esquecer que o domínio do negócio, ou melhor, da manufatura (letra "M") continua a ser essencial. De nada adiantaria a melhor estratégia, a melhor organização, os melhores recursos, se não existir um domínio amplo do negócio, desde o desenvolvimento de seus produtos, até a sua comercialização e produção. CIM - Fabricação Integrada por Computador ou Manufatura Integrada

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