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Trabalho de materiais sobre gesso

Por:   •  7/4/2018  •  3.573 Palavras (15 Páginas)  •  444 Visualizações

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Os termos “gipsita”, e “gesso” são usados frequentemente como sinônimos. A denominação gipsita, no entanto, parece mais adequada ao mineral em estado natural, enquanto gesso indicaria o produto calcinado. O mais antigo emprego da gipsita foi em obras artísticas; o alabastro era utilizado pelas civilizações antigas em esculturas e ornamentações. Os egípcios usaram gipsita há cerca de 3000 anos A.C., e os romanos a utilizaram, em pequenas quantidades, no acabamento de construções. A gipsita (CaSO4 2H2O), é a matéria prima para a produção de gesso. Ela é uma rocha de origem sedimentar, constituída por cloretos e sulfatos de cálcio, magnésio e potássio, formada por evaporação de águas salobras e charcos, com lâminas de água de pouca espessura, onde não existe descarga para o mar e sob clima que se pode considerar árido. Comercialmente, o minério de gipsita é considerado puro quando se compõe basicamente de sulfato de cálcio dihidrato, contendo 79,0% de sulfato de cálcio e 21% de água de cristalização. O sulfato de cálcio semi-hidratado (produto da calcinação da gipsita), comercialmente denominado de gesso, tem a propriedade de endurecer quando misturado com água, dando rigidez e dureza. Assim o gesso tem sido obtido a partir da gipsita por aquecimento (desidratação térmica), de forma que se perca cerca de dois terços de sua água de constituição (LEITÃO, 2005).

- HISTÓRICO DO GESSO

Hoje em dia sabe-se que, provavelmente, o gesso pode ser considerado um dos mais antigos materiais de construção fabricados pelo homem. Estando presente no progresso da humanidade, tanto na construção como na decoração, ou ainda em outro campos como o a medicina.

Segundo MATTA (2009), em recentes descobertas arqueológicas, tornou-se evidente que o emprego do gesso remonta ao 8º milênio a.C. (ruínas na Síria e na Turquia). Foi encontrado, também, na grande pirâmide erguida por Quéops, rei do Egito, da 4ª dinastia, no ano de 2.800 antes da nossa era, nas juntas de assentamento estanques, de precisão, entre imensos blocos de cerca de 16 toneladas que constituem o monumento.

Ainda segundo o mesmo autor, o uso do gesso generalizou-se na Península Ibérica durante o período da ocupação romana. Outros exemplos que podemos citar da sua aplicação são os elementos ornamentais e na arquitetura muçulmana. Por exemplo, no período românico o gesso é encontrado nos afrescos de decoração das igrejas e capelas. No século XIX, o gesso foi gradualmente incorporando a arquitetura civil como material de reboco e como elemento decorativo em palácios e vivendas.

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Figura 1: Pinturas sobre paredes revestidas com gesso no Egito

Já a partir do século XX, em concomitância com a evolução industrial, notou-se que os equipamentos utilizados na fabricação do gesso deixaram de ter um conceito, basicamente, rudimentar e passaram a possuir maior tecnologia, tornando seus produtos com uma melhoria tecnológica facilitando sobremaneira suas formas de emprego pelo homem.

- GESSO

Segundo BAUER (2005), gesso é o termo genérico de uma família de aglomerantes simples, constituídos basicamente de sulfatos mais ou menos hidratados e anidros de cálcio; são obtidos pela calcinação da gipsita natural, constituída de sulfato biidratado de cálcio geralmente acompanhado de uma certa proporção de impurezas, como sílica, alumina, óxido de ferro, carbonatos de cálcio e magnésio.

As reservas mundiais de gipsita correspondem a 2.360 milhões de toneladas e. são da ordem de 25 vezes o consumo mundial, que se encontra atualmente em torno de 97 milhões de toneladas por ano. Os principais produtores são USA, Canadá, China, França, Irã, Japão, Tailândia, México e Espanha. O Brasil possui reservas com cerca de 350 milhões de toneladas, porém só produz cerca de dois milhões de toneladas por ano (LEITÃO, 2005).

Ainda segundo LEITÃO (2005), no Brasil as reservas de gipsita são encontradas, principalmente nas regiões demonstradas na Tabela 1, abaixo:

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Tabela 1: Reservas de gipsita no Brasil

Já no que se refere a produção, segundo LEITÃO (2005), Pernambuco responde por cerca de 92,8% da produção nacional, tendo 24 das 30 minas em atividade no pais. No Pará, o aproveitamento das jazidas apresenta como grandes obstáculos a distância dos centros consumidores, a infraestrutura deficiente e a dificuldade de acesso às áreas produtoras, o que torna inviável o crescimento do segmento naquele Estado. Existem ocorrências de gipsita no estado do Ceará, registradas no Cariri, Missão Velha e Crato. Também no Rio Grande do Norte, em Mossoró e no Piauí, nos municípios de Serra Vermelha, Simões e Jaicós. Em menores proporções, há ocorrências também no Maranhão, Bahia e Rio de Janeiro. Os maiores fabricantes de produtos manufaturados de gesso no Brasil, são:

- Placo do Brasil – Bertioga/SP

- Lafarge – Petrolina/PE (Mineração em Araripina/PE)

- Knauf – Queimados/RJ

- Supergesso – Trindade/PE

- Gesso Trevo – Trindade/PE

No que se refere ao consumo per capita do gesso e outros referentes, por exemplo, a capacidade de produção, evolução no consumo e consumo comparativo do Brasil em relação a outros países, seguem alguns Tabela 2, 3 4 e 5, com dados comparativos, localizando o Brasil no contexto da produção e do consumo, principalmente com relação aos acartonados, na década de 90, fatia do mercado mundial com maior previsão de crescimento para os próximos anos.

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Tabela 2: Consumo per capita de gesso entre alguns países

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Tabela 3: Capacidade de produção de acartonados no Brasil em 1999.

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Tabela 4: Evolução do consumo de acartonados no Brasil no final da década de 90.

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Tabela 5: Consumo comparativo de acartonados de gesso em 1998

3.1 Composição química

Quimicamente é um sulfato de cálcio hidratado cuja

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