SISTEMAS ENERGÉTICOS
Por: eduardamaia17 • 28/10/2018 • 1.509 Palavras (7 Páginas) • 288 Visualizações
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A proteção do reator se dá por uma cápsula de aço de 3 cm de espessura que o envolve. O edifício tem a sua proteção feita por paredes de concreto, ferro e aço, de 70 cm, capazes de aguentar ataques terroristas com misseis e aviões. Eventuais irregularidades, falhas ou outros são vistoriados periodicamente por órgãos internacionais.
- Diferencie os circuitos primário, secundário e terciário quanto ao funcionamento e aos riscos de contaminação.
Para a ocorrência de funcionamento de uma usina nuclear, são necessários três circuitos de água: primário, secundário e terciário ou de água de refrigeração. O circuito é fechado, isto é, funcionam independente com o objetivo de evitar que, danificando-se, uma ou mais varetas, o material radioativo (urânio e produtos de fissão) passe para o circuito secundário, uma vez que a própria água do circuito primário é radioativa.
No circuito primário, a fissão dos átomos de Urânio dentro das varetas do elemento combustível aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 305°C, a qual é mantida a uma pressão 157 vezes maior que a pressão atmosférica, para que não entre em ebulição (100°C).
Já no circuito secundário, o gerador de vapor realiza uma troca entre as águas (independentes) do primeiro circuito e a do circuito secundário. A partir dessa troca de calor, a água do circuito secundário se transforma em vapor e movimenta a turbina com uma velocidade de 1.800 rpm que, por sua vez, aciona o gerador elétrico.
Finalmente, no circuito terciário, o vapor gerado no circuito secundário, depois de mover a turbina, passa por um condensador, onde é refrigerado pela água do mar, trazida por um circuito independente.
Esses três circuitos impedem o contato da água que passa pelo reator com as demais. São destinados a conter os gases ou vapores que possivelmente venham a ser liberados (havendo contaminação), onde os componentes do sistema do reator a água pressurizada, estão envolvidos por uma grande estrutura de aço denominado Contenção (último envoltório) cuja finalidade é resistir a eventuais terremotos e ondas de pressão de explosões. É uma barreira física que serve para impedir a saída de material radioativo para o meio ambiente.
- Qual o cenário de produção de energia elétrica a partir de centrais nucleares no Brasil?
O Brasil apresenta duas grandes vantagens competitivas nesse segmento: boas reservas do mineral e o domínio da tecnologia de enriquecimento do Urânio (ainda não aplicado em escala comercial). Em decorrência disso, a expansão do parque nuclear faz parte do Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica (2006/2015).
Com a pretensão da aquisição de conhecimento acerca da nova tecnologia que se encontrava em crescente expansão pelo mundo, no final da década de 60, o Governo Federal decidiu pela instalação de usinas nucleares no território brasileiro. Com isso, pretendia, também, resolver problemas pontuais, a exemplo da necessidade de complementação térmica em prol do suprimento de eletricidade do Rio de Janeiro.
Em 1972, aliada ao uso da tecnologia norte-americana Westinghouse, adquirida em sistema turn key (sem transferência tecnológica), o Governo deu início à construção da usina nuclear Angra I. três anos após, um contrato foi assinado entre o Brasil e a Alemanha um Acordo de Cooperação para o uso Pacífico da Energia Nuclear. No mesmo ano, as usinas de Angra II e Angra III (empresa Kraft Werk Union A.G. - KWU), subsidiária da Siemens, cujo contrato previa transferência parcial de tecnologia.
Só em 1985 a usina nuclear Angra I entrou em operação, com uma potência de 657 MW. Angra II só entrou em operação no ano 2000, com potência de 1.350 MW. Uma sequência de razões paralisou a construção de Angra III durante muitos anos, também com potência de 1.350 MW. Porém, a retomada das suas obras foi autorizada quando a sua construção foi inserida no Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica (2006/2015) e, em 2008, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais (IBAMA) expediu licença prévia.
No mesmo ano da autorização para a retomada das obras da usina Angra III, Edison Lobão, o então ministro de Minas e Energia, divulgou a intencionalidade do Governo de construir uma usina por ano no decorrer de 50 anos, gerando uma capacidade de energia de 60.000 MW.
Enfim, a capacidade nuclear instalada no Brasil sofrerá alteração passando de 1,98% (2,007 GW) para 2,5% (3,357 GW) da capacidade total, tudo isso devido ao início das operações de Angra III, cuja data ainda não está definida.
- O que deve ser feito com os rejeitos radioativos? Explique com riqueza de detalhes.
Os produtos da fissão nuclear que ocorre no reator, são os principais componentes do lixo radioativo produzido nas usinas nucleares. Com o passar dos anos, em decorrência do uso do Urânio, o combustível inicial transforma-se em outros produtos químicos (a exemplo do Criptônio, Bário, Césio etc.) que já não têm utilidade na usina. Todos os materiais (ferramentas, roupas, luvas, sapatos etc.) que tiveram contato direto com esses produtos são classificados como lixo radioativo, incluindo os reatores desativados (nenhum desses foi aberto em lugar algum; geralmente são cobertos de concreto e descartados em outro lugar).
Os Estados Unidos têm
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