Revisão de Introdução à Agronomia
Por: Carolina234 • 3/10/2018 • 2.784 Palavras (12 Páginas) • 427 Visualizações
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A modernização no campo alterou a estrutura agrária. Pequenos produtores que não conseguiram se adaptar às novas técnicas de produção, não atingiram produtividade suficiente para competir com grandes empresas agrícolas e se endividaram com empréstimos bancários solicitados para a mecanização das atividades, tendo como única forma de pagamento a venda da propriedade para outros produtores.
A Revolução Verde proporcionou tecnologias que atingem maior eficiência na produção agrícola, aumentando significativamente a produção de alimentos, entretanto, a fome mundial não foi solucionada, desbancando o discurso humanitário de aumentar a produção de alimentos para acabar com a fome nos países em desenvolvimento.
REFORMA AGRÁRIA
Introdução
Podemos definir reforma agrária como um sistema em que ocorre a divisão de terras, ou seja, propriedades particulares (latifúndios improdutivos) são compradas pelo governo a fim de lotear e distribuir para famílias que não possuem terras para plantar. Dentro deste sistema, as famílias que recebem os lotes, ganham também condições para desenvolver o cultivo: sementes, implantação de irrigação e eletrificação, financiamentos, infra-estrutura, assistência social e consultoria. Tudo isso oferecido pelo governo.
Estrutura Fundiária ontem e hoje
A reforma agrária se faz necessária no Brasil, pois a estrutura fundiária em nosso país é muito injusta. Durante os dois primeiros séculos da colonização portuguesa, a metrópole dividiu e distribui as terras da colônia de forma injusta. No sistema de Capitanias Hereditárias, poucos donatários receberam faixas enormes de terra (pedaços comparados a alguns estados atuais) para explorar e colonizar. Desde então, o acesso a terra foi dificultado para grande parte dos brasileiros. O latifúndio (grande propriedade rural improdutivo) tornou-se padrão, gerando um sistema injusto de distribuição da terra. Para termos uma idéia desta desigualdade, basta observarmos o seguinte dado: quase metade das terras brasileiras está nas mãos de 1% da população.
Reforma Agrária na atualidade
Para corrigir esta distorção, nas últimas décadas vem sendo desenvolvido em nosso país o sistema de reforma agrária. Embora lento, já tem demonstrado bons resultados. Os trabalhadores rurais organizaram o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que pressiona o governo, através de manifestações e ocupações, para conseguir acelerar a reforma agrária e garantir o acesso à terra para milhares de trabalhadores rurais.
Cabe ao governo todo o processo de reforma agrária através de um órgão federal chamado INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Ao contrário do que muitos pensam, a reforma agrária é realizada em nosso país dentro das leis vigentes, respeitando a propriedade privada e os direitos constituídos. Não visa apenas distribuir terras, mas sim garantir, aos pequenos agricultores, condições de desenvolvimento agrário e produtividade, gerando renda e melhores condições de vidas para as famílias assentadas.
Você sabia?
- No dia 17 de abril comemora-se o Dia Nacional da Luta pela Reforma Agrária.
- No dia 30 de novembro comemora-se o Dia da Reforma Agrária.
MONSANTO
A Obscura História da Monsanto
A Monsanto é a maior produtora de herbicidas do mundo, e está entre as cem empresas mais lucrativas dos EUA. Apenas nos últimos dois anos, investiu US$ 6,7 bilhões na aquisição de outras companhias norte-americanas de sementes e biotecnologia, tornando-se a maior empresa do ramo.
A Monsanto Chemical Company foi fundada em 1901, em Saint Louis, Missouri, Estados Unidos. Nos anos 20, se converteu num dos maiores fabricantes de ácido sulfúrico e de outros produtos básicos da indústria química. Desde a década de 40 até hoje sempre se manteve entre as dez maiores indústrias químicas dos Estados Unidos.
Em 1929 a Swan Chemical Company, adquirida pouco depois pela Monsanto, desenvolveu os bifenilos policlorados (PCBs) que foram elogiados por sua extraordinária estabilidade química e ininflamabilidade. Os PCBs, ou escarel, foram largamente utilizados como refrigerantes de equipamentos elétricos. Nos anos 60, os numerosos compostos da família dos PCBS da Monsanto foram usados como lubrificantes de ferramentas, revestimentos impermeáveis, refrigeradores de transformadores. Nos anos 30 já se tinha alguns indícios dos perigos dos PCBs. Nos anos 60 e 70 os cientistas apresentaram dados conclusivos: os PCBs e outros compostos organoclorados provocavam câncer e estavam relacionados com um conjunto de transtornos reprodutivos e imunológicos. O centro mundial de produção de PCBs era a fábrica da Monsanto em East Saint Louis. O lugar hoje é um subúrbio de empobrecimento crônico. A cidade tem a taxa mais elevada de morte fetal e de nascimentos prematuros do estado. O Ascarel é proibido hoje no mundo, mas ninguém sabe o que fazer com as milhões de toneladas do produto estocadas por todo planeta. Há cerca de cinco anos a imprensa noticiou que favelados cariocas estavam pegando ascarel de um depósito e usando-o como óleo de cozinha!
O herbicida conhecido como agente laranja foi usado pelos militares norte-americanas dos EUA para desfolhar as árvores da selva tropical do Vietnã durante a guerra nos anos 60. É uma mistura de dois tóxicos poderosos, o 2,4,5-T (ácido Triclorofenoxiacético) e 2,4-D (ácido Diclorofenoxiacético). Ele era fornecido por várias empresas, mas o da Monsanto era o mais poderoso por conter níveis maiores de dioxinas . As dioxinas, já se comprovou, são carcinogênicas e teratogênicas (gera fetos mal formados). Por conta desta eficiência, a Monsanto foi a principal acusada na demanda interposta pelos veteranos de guerra que, depois do conflito, apresentaram uma série de doenças atribuídas a exposição ao agente laranja.
É preciso observar que os militares prestaram serviço por no máximo um ano no Vietnã. Mas e os nativos da região? Estimativas dão conta da existência de mais de 500 mil crianças nascidas no Vietnã desde os anos 60 com deformidades relacionadas às dioxinas contidas no agente laranja. Uma ação judicial, motivada pela denuncia de trabalhadores ferroviários expostos a dioxinas em conseqüência de um descarrilamento, revelou a existência de dados manipulados. Um funcionário
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