Reparo Do Solo E Inoculação Das Sementes Com Rizóbios
Por: kamys17 • 4/6/2018 • 2.312 Palavras (10 Páginas) • 361 Visualizações
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Nessa pesquisa foi constatado que a Crotalaria juncea tem uma produtividade intermediaria do que diz respeito a matéria seca. (Barreto e Fernandes, 2001)
3. CARACTERÍSTICAS DA CROTALÁRIA JUNCEA
A Crotalária juncea é uma espécie oriunda da Índia que se adapta facilmente nas regiões tropicais. Seu nome é derivado do som que emite das suas vagens secas, o qual se assemelha ao da cascavel, chamada de Crotalus sp. São plantas arbustivas anuais, com seu crescimento vertical de fixo sua produção de celulose e de fibras são de alta qualidade, o que as fazem típicas para a produção de papel e afins.
Em relação ao seu crescimento, estudos mostram que ele se dá de forma rápida e vigorosa, compõe um forte controle quanto a plantas invasoras, bem como produção significativa de massa verde e fixação de nitrogênio (NEME, 1966). São resistentes a escassez de água e se desenvolve em solos com baixa fertilidade, porém não resistem bem às geadas. É tida como uma hospedeira ruim de nematoides formadores de cistos e galhas, dessa forma ela contribui com a redução deles. Tem uma boa relação na unificação com a mandioca, milho e plantas perenes e, no caso da cultura dos citros, é indicada para o plantio na inicialização dos pomares.
Sendo altamente recomendada para a adubação verde, seu cultivo deve ser isolado e intercalado em perenes, na mesma forma de canavial, podendo ser também, em rotação com culturas graníferas. Seu crescimento pode atingir de 3,0 à 3,5 m de altura.
Características Agronômicas (VILELA, 200?):
a) Nome científico: Crotalaria juncea
b) Sementes: 18.000 a 35.000 unidades/kg
c) Toxidez: possui o alcalóide pyrrolizidine que é convertido, no fígado, em uma toxina potente (trichodesmina).
d) Fotoperíodo: planta de dia curto
e) Ciclo vegetativo: anual 120 a 150 dias
f) Altura da planta: até 3,5 m
g) Formas de crescimentos: em forma de cipó e ereta
h) Formas de uso: rotação de cultura, adubo verde, produção de fibras, controle de nematóide no solo
i) Precipitação pluviométrica: 800 mm/ano
j) Tolerância a insetos e doenças: é atacado por vírus, fungos, insetos e nematóide. Normalmente, causam pouco dano econômico
k) Produção de matéria seca: 5 a 19 t MS/ha/ano
l) Consorciação: café, citrus, cana de açúcar, maracujá ou rotação de cultura anual (soja)
Vale dizer, que a Crotalária juncea, em determinadas situações, pode ter dificuldades perante a lagarta Utethesia ornatrix, pois ela ataca as vagens e as inflorescência da planta e, também, pode sofrer com Fusarium sp, o que murcha e tomba a planta.
4. PLANTIO DA CROTALÁRIA JUNCEA
4.1 Reparo Do Solo E Inoculação Das Sementes Com Rizóbios
O preparo do solo pode ser feito através do método de aração o qual consiste na aração do solo em faixas, para que haja a criação dos sulcos, acompanhado por camalhões altos e largos eivados em curvas de nível. Posteriormente deve ser feita a gradagem desfazendo os torrões para o nivelamento e anulação dos espaços vazios, uma vez que após a aração, pode haver torrões de terra, dificultando a emersão das sementes plantadas.
Os rizóbios São bactérias que possuem a característica de fixar o nitrogênio atmosférico quando estão em conjunto com plantas leguminosas. Nesse sentido às raízes das leguminosas que estão em contato com os rizóbios, formam uma cobertura vegetal, fazendo com que o adubo verde seja encontrado de forma natural no solo, dessa forma, não há necessidade da introdução da inoculação das sementes.
De acordo com experimento realizado entre 1995 e 1996, já citado acima, nas regiões de Tabuleiros Costeiros, foi visualizada a indicação de ausência na resposta da leguminosa Crotalaria Juncea (BARRETO E FERNANDES, 1999).
Nesse sentido BARRETO E FRNANDES (2001) explicam:
De um modo geral, as restrições ao processo de fixação biológica do N por estas plantas estão mais associadas a problemas químicos do solo, como baixos teores de nutrientes, principalmente P, acidez do solo e altos teores de Al, do que propriamente pela ausência dos rizóbios no solo. Porém, se ainda após a correção química do solo a nodulação das raízes das leguminosas for reduzida ou ausente, a inoculação pode ser necessária.
Já no Brasil, os inoculadores de rizóbios são vendidos de um preço baixo através de algumas instituições de pesquisas, podendo ser citada a Embrapa Agrobiologia, como uma das comerciantes. O método consiste em misturar o inoculante com as sementes, que devem estar levemente úmidas, até o ponto em que estejam encapadas por uma camada uniforma do inoculante. Posteriormente, as sementes devem ser espalhadas e deixadas para secar em um local arejado e com sombra, deve ser frisado que seu plantio deve se dar até o dia seguinte.
4.2 Calagem e Adubação
De forma didática vale citar BARRETO E FERNANDES (2001), vejamos:
Os solos de maior expressão em extensão sobre os tabuleiros costeiros são os Latossolos Amarelos e, secundariamente, os Podzólicos Amarelos. São em geral ácidos a fortemente ácidos, contêm alumínio trocável, com predomínio de solos álicos (saturação por alumínio igual ou maior que 50%) e em menor proporção de solos distróficos (saturação por bases e por alumínio menores que 50%). A CTC é muito baixa, assim como os teores de potássio e fósforo (Jacomine, 1997). Portanto, são solos que necessitam de correção da acidez e de adição pelo menos dos macronutrientes, para que as plantas apresentem um desenvolvimento satisfatório.
No caso das leguminosas, elas geralmente dispensam a utilização de nitrogênio, obtido mediante a fixação simbiótica já explicada acima.
Vale explicar que mesmo que algumas leguminosas são utilizadas como cobertura vegetal ou mesmo, adubo verde, as quais não exigem muitos nutrientes, o procedimento de “fixação biológica do
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