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Os 12 Homens e Uma Sentença

Por:   •  20/11/2018  •  1.778 Palavras (8 Páginas)  •  273 Visualizações

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A análise do filme possibilita discutir os processos e barreiras comunicacionais que podem ocorrer em uma atividade grupal, expressando os conflitos existentes, bem como as possibilidades de abertura e ressignificação dos fatos e da própria realidade, por meio de recursos comunicacionais. O filme é analisado, sob a ótica da teoria da comunicação, fazendo-se um paralelo com o processo de mediação.

Segundo Schutz todo grupo passa por fases ou etapas em sua vida. Estas fases podem repetir-se várias vezes durante a vida de um grupo, independente da sua duração.

A primeira fase é a inclusão, exemplificada no começo do filme, quando os jurados entram na sala e cada indivíduo procura o seu lugar, buscando a estruturação do grupo. Existem pessoas que se apresentam introvertidas e reservadas, por outro lado existem pessoas que se mostram extrovertidas e muito sociáveis.

A segunda fase é o controle, na qual se faz referência ao poder, influência, autoridade. Nesta fase cada um definirá para si mesmo suas próprias responsabilidades e as de cada membro do grupo. Existem pessoas que se abdicam do seu poder para não assumir responsabilidade, com receio de expor suas idéias.

Porém existem também pessoas que querem impor suas idéias e querem obrigar os outros aceitá-las. Receiam não influir sobre os outros, de vir a ser dominados por eles.

Mas, também existem pessoas de perfis democráticos, que se sentem a vontade em qualquer situação, expondo suas idéias e ouvindo a dos outros.

A terceira fase é de afeição ou abertura, na qual o clima emocional do grupo pode oscilar entre momentos de harmonia e de insatisfação, hostilidade e tensão. Estes podem ser observados em vários momentos do filme. Nesta fase algumas pessoas guardam distância das outras, mantendo apenas as relações superficiais. Por outro lado, outras pessoas podem agir sempre de maneira direta, pessoal e confiante. Alguns membros do grupo podem sentir-se bem em qualquer situação, seja ela calorosa ou distante.

Perfil dos Jurados

- Relator

Demonstra segurança, maturidade e experiência de liderança. Coloca claramente seu ponto de vista, deixando os membros do grupo á vontade. Expõe objetivamente e didaticamente o tema, explica as regras referentes à necessidade de unanimidade na decisão, e a relevância do resultado do trabalho em grupo, que pode levar um inocente à morte ou um assassino à impunidade.

- Pastilha

Estava participando pela primeira do júri, parecia indeciso sobre o caso. Nesta fase do controle demonstrou ser abdicacrata na segunda votação, pois mudou seu voto para inocente, mas não queria expor seus argumentos, “fugindo” da responsabilidade.

- Retorna Ligação

Havia brigado com seu filho há 2 anos, e que desde a briga não o viu mais. Projetou sua raiva no réu e era agressivo ao falar. Na fase do controle, ele demonstrou ser autocrata, impondo suas idéias e querendo que todos as aceitassem.

- Corretor

Era corretor da bolsa de valores, homem sério, refinado e inabalável, único que não suou mesmo sob o calor intenso.

- Cortiço

Homem de aparência e comportamento simples criou-se num cortiço.

- Pintor

Homem simples, respeitoso com os idosos e que trabalhou pintando um apartamento bem próximo dos trilhos dos trens.

- Beisebol

Comprou ingressos para um jogo e estava interessado em julgar rapidamente para poder assisti-lo. Na fase de inclusão ele demonstrou ser hipersocial, puxou assunto com os outros jurados, mesmo sem muito sucesso, tentando chamar-lhe atenção.

- Arquiteto

Não acreditava na culpa do rapaz, era muito pensativo e ouvia todos com muita atenção e interesse. Na fase de inclusão, preferiu ficar mais reservado, demonstrando ser hipossocial. Porém na fase de controle, demonstrou ser democrata, assumindo a responsabilidade do seu voto, sem a necessidade de evitá-las nem de provar a sua competência a todo preço, aberto para ouvir o argumento de todos. E na fase da afeição ou abertura, ele pareceu estar bem tanto em situações que aceitavam os seus argumentos quanto quando eram rejeitados.

- Idoso

Ouve com atenção os debates. Não é respeitado por um ou outro jurado quando pede a palavra.

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- Gripado

Dono de oficinas queria julgar rápido o rapaz para cuidar dos seus negócios, era preconceituoso com as pessoas que viviam em cortiços ou na pobreza.

- Relojoeiro

Homem sério e calado. Na fase de afeição ou abertura, demonstrou ser subpessoal, guardando distância das pessoas e mantendo relações superficiais. Porém nunca deixou de manifestar com precisão o seu ponto de vista.

- Corretor

Aparentemente o homem mais jovem de todos, era publicitário e não demonstrava interesse pelos debates sobre o caso. Na fase de controle, preferiu abdicar de seu poder e responsabilidade, evitando tomar decisões que pudessem influenciar outros. Demonstrando ser abdicrata, sentindo-se mais a vontade quando as situações não lhe exigiam iniciativa nem responsabilidade.

Podemos notar claramente no filme, que no inicio da votação 11 homens acreditavam que o réu fosse culpado devido aos fatos que lhe foram apresentados durante o processo e apenas um se questionou da veracidade dos tais fatos apresentados. No inicio todos os homens foram contra a opinião do arquiteto (o que acreditava na inocência do jovem), até que o senhor o apoiou.

Notamos que há muitas diferenças entre os homens e isso foi se revelando durante o filme.

Conforme o debate entre os homens sobre a condenação ou inocência do jovem foi acontecendo, o filme nos proporciona a ver como simples detalhes que não foram analisados em outro ponto de vista passam a serem vistos com mais cautela, porque acabou despertando nos outros homens do júri a se questionarem sobre o caso. Podemos

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