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ANÁLISE DO FILME COMO ESTRELAS NA TERRA – TODA CRIANÇA É ESPECIAL “DISLEXIA”

Por:   •  6/6/2018  •  2.732 Palavras (11 Páginas)  •  1.753 Visualizações

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Na escola, Ishaan é dispersivo e encanta-se com um mundo que só ele vê. A mente criativa e prodigiosa do menino é ignorada pelos professores. Na sala de aula, os algarismos da prova adquirem vida e travam com ele, uma incrível batalha intergalática. Ishaan ignora os significados dos códigos, para ele o mundo é de um colorido e de um ritmo bastante diferente do que vive na sala de aula. Ele se encanta com o vôo das borboletas, com os pássaros que alimentam os filhotes e com os pingos da chuva nas poças d'água. (Como Estrelas na Terra – Toda Criança é Especial – 2007)

Como Ishaan existiram e existem muitos famosos disléxicos, e estes já fizeram ou fazem atividades que surpreendem e engradecem seus países e povos, como Ágatha Christie (escritora), Alexander Graham Bell (inventor), Albert Einstein (cientista), Antonny Hoppins (ator). Infelizmente muitos fecharam os olhos para os sinais e sintomas que Ishaan, no filme já citado, apresentou para tantos e apenas um professor conseguiu perceber seu pedido de ajuda.

Muitos autores escreveram belíssimos livros, pintaram quadros maravilhoso e devolve a alegria e a autoconfiança. Posição equivocada que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e estudos registrados, especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplos. Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos.

2.2 PESQUISAS SOBRE SITUAÇÕES VIVIDAS DE DISLÉXICOS

O artigo apresentado pelo sítio digital do Correio Brasiliense aponta o destaque: “Estudantes com dislexia têm dificuldade em se concentrar” e fala sobre:

- A situação do jovem Bruno Mesquita, que entrou para a escola aos 10 anos, e que seus familiares e professores ficaram preocupados com as dificuldades enfrentadas pelo garoto para manter a concentração nas aulas da turma de alfabetização, por seu comportamento inquieto e ao relacionamento distante com demais colegas. Mesmo sabendo que o filho sempre foi uma criança esperta, a corretora de seguros Andreia Mesquita ficava impaciente com o grande tempo que Bruno gastava para fazer as tarefas da escola e chegou a acreditar que o menino estivesse desenvolvendo algum problema de saúde. “Procuramos os professores dele e fui encaminhada para uma fonoaudióloga”. Felizmente, a mãe dessa criança percebeu as dificuldades apresentadas pelo filho e buscou junto à escola soluções para ajudá-lo. Afinal ela imaginava o filho com alguma doença, mas, descobriu que ele não era doente, mas disléxico.

- Desconfiada da grande dificuldade que o filho tinha de se relacionar com outras crianças e para desenvolver a fala aos 2 anos, a servidora pública Renata Livramento Freitas, 35, decidiu levar o pequeno Thiago, hoje com 9, a um profissional especializado. “Thiago falava com dificuldade, trocando sílabas e de forma embolada. A fonoaudióloga nos explicou que ainda era muito cedo para afirmar que ele tinha dislexia, mas que seu caso era de risco para o distúrbio”, explica.

Marilene Oliveira, especialista que acompanha o caso, explica que, para Thiago, o diagnóstico para confirmação da dislexia será fechado com o tempo. “Só é possível confirmar o problema em crianças que já estão em fase de alfabetização, já que a dislexia caracteriza-se pela falta de compreensão para informações escritas. Crianças com menos de 8 anos não recebem esse tipo de diagnóstico. São necessários vários meses e uma avaliação longa do histórico e da saúde do paciente, a fim de descartar qualquer outra possibilidade”, detalha. Durante a fase de análise, são descartadas as doenças ligadas ao intelecto, problemas visuais e auditivos, entre outros. “Normalmente, o diagnóstico deve ser feito por equipe multidisciplinar, devendo a criança ser avaliada por um pediatra ou neuropediatra, psicólogo ou psicopedagogo, e fonoaudiólogo.” A mãe acredita que a descoberta precoce ajudou na evolução de Thiago: “Ele sabe que, de alguma forma, é diferente e que sempre terá que se esforçar mais que os outros. Acho que ele nem sabe o significado de dislexia, o que por um lado é bom: ele sabe que é normal, e sofre menos do que outras crianças com o mesmo problema”.

É importante que em especial, a família esteja atenta às dificuldades das crianças com a concentração, leitura, escrita e que possam discutir com o professor, ou o professor com família, fazendo o caminho inverso, a possibilidade de perceber um distúrbio apresentado pela criança, como a dislexia. Ressalte-se que estudiosos de forma geral, chamam atenção para a percepção precoce que vai facilitar a vida da criança, quer seja na escola, quer seja com a família ou amigos.

2.3 FATORES EMOCIONAIS

Muitos estudiosos concordam que em geral os problemas emocionais surgem como uma reação secundária aos problemas de rendimento escolar. Crianças disléxicas tendem a exibir um quadro com fatores emocionais como:

*Uma atitude depressiva diante das suas dificuldades, a criança mostra-se deprimida, triste e culpada;

*A recusa de situações e atividades que exigem a leitura e a escrita, devido ao temor de viver novamente uma experiência de fracasso;

*Uma atitude agressiva e pejorativa diante de seus superiores e iguais, revelando negativismo, agressividade e hostilidade com seus professores e colegas adiantados na escola;

*Uma sensação de antipatia relativamente à leitura;

*Diminuição da autoestima;*Sentimento de insegurança, de vergonha e desespero como resultado do seu sucessivo fracasso;

*Reduzida motivação para as atividades que impliquem a mobilização de competências acadêmicas.

“Importa destarte, o esforço de lutar contra as dificuldades, a censura e a decepção às vezes leva a criança disléxica a manifestar sintomas como dores abdominais, de cabeça ou transtornos de comportamento antissociais, agressividade, marginalização progressiva.” (Professora de matemática Patricia Renner de - Professor de educação física Marcio Luciano Figur - Professora de portugues Naira Giani Scheid – 2009).

Muitas atitudes de Ishaan são contempladas no filme supracitado quando analisamos tantos fatores emocionais vividos por várias crianças que não conseguem se expressar ou não ser percebidas pela família, amigos ou professores. Felizmente, no filme, o garoto encontrou alguém com uma percepção aguçada e com conhecimento

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