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O alienista

Por:   •  10/9/2017  •  1.212 Palavras (5 Páginas)  •  394 Visualizações

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Nesta finalidade, o tão culto médico pesquisador que era, passou a internar nas dependências da casa verde uma parte bem significativa das pessoas que frequentavam a igreja, até mesmo o padre e seguidamente de sua mulher, enfatizando que seus pensamentos não poderiam ser afrontados por nada e ninguém, até mesmo os que detinham do poder. Bem como mostrado através de um de seus concorrentes, O Porfiro, que era idealizador de protestos juntamente com os que ali estavam revoltados, movido unicamente com intuito de interesses políticos, resultando na união com o Dr. Bacamarte, ao contrário de despedi-lo, unisse a ele, com isso a as internações continuam.

Resultando em ações de tratamento de internação de 75% da população de Itaguaí sendo realizado da mesma maneira pelo Dr. Bacamarte, assim o mesmo acredita que os indivíduos apresentassem os mesmos transtornos. Desta forma as práticas discorridas pelo Dr. Bacamarte assemelham-se com os modelos de tratamento dos manicômios e sanatórios. Mostrando que aparentemente as características e sanidade de cada paciente não eram consideradas. Cada tipo de transtorno existe e exige uma terapêutica diferente, bem como cada caso é um caso, cada paciente é um paciente, onde o tratamento que se realiza em um já não pode surtir o mesmo efeito esperado em outro.

Como isso a população dignou-se com tamanho desrespeito ao grande índice de internações reivindicando pela liberação de todos os que ali estavam internados. Acontecimento este notável devido à história compreensível na luta antimanicomial que difundia o conceito de “reessocializar sim excluir não”.

Conforme o médico liberar todos os pacientes e mudar sua conjetura levasse a crer que somente ele apresentava-se em perfeito juízo decidindo então se internar para ele próprio o estudar, alguns tempos depois ouvisse falar que acabou morrendo. Notasse que nem mesmo o Dr. Simão Bacamarte apresentava plena conviquicção da loucura nem as direções que poderiam acarretar tamanho desacordo de idealismo.

Nesta obra o autor preconiza de forma irônica da maneira que os estudiosos buscavam compreender e elucidar os transtornos mentais, visto como loucura naquela época. Levando a uma análise critica social e psicológica, buscando rever padrões atuais, preconizando a quebra de preconceito, onde a internação não é a solução mais viável para o tratamento de transtornos mentais.

Contudo a obra de Machado de Assis não é uma das mais fáceis de entendida, devido à linguagem daquela época, mas apresenta uma brilhante narrativa que até os dias de hoje proporciona diversas formas de interpretações de como era vista a psiquiatria e a forma como as pessoas que sofriam de transtornos mentais eram tratadas levando a crer que a internação em manicômios e sanatórios não é a melhor opção. É de grande relevância pra todos o que se interessar pelas obras do autor e principalmente para aqueles que têm interesse de saber um pouco da historia e avanços que a psiquiatria obteve, lendo a obra e analisando as os dias atuais levam a crer que ela sofreu um grande avanço, mas que ainda precisar melhorar, e principalmente de suma importância aos profissionais e acadêmicos que compõem essa área.

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