Resenha Filme o Alienista

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Porfírio, barbeiro da cidade, em seu estabelecimento os homens discutiam política e os demais acontecimentos da cidade. Importante por sua representação social, convicto de seus ideais, revolucionário e questionador, se torna a voz da manifestação contra Bacamarte.

Por fim, ao ver que o perfeito disfarce para a loucura era a sanidade, liberta todos os internos e se tranca no hospício na tentativa de enlouquecer, pois era a única pessoa equilibrada de Itaguaí.

Seria cômico se não fosse trágico, o conhecimento e poder de decisão centrada nas mãos de um único homem, que não dava ouvidos para os políticos, a igreja ou aos cidadãos, pois o seu cientificismo era superior a tudo e a todos, e em nome da razão seus métodos eram aplicados ao seu bel prazer. Na Casa Verde, os pacientes tinham seus olhos, face, orelhas medidas, creio que com o intuito de reconhecer neles alguma síndrome que justificasse sua loucura, perambulavam em círculos, estavam em constante ócio, eram identificados por placas numéricas, castigados com banhos gelados. Após meses de tratamento Bacamarte julga que os internos estavam curados, decide liberta-los do asilo, contudo não se preocupa em como seriam recebidos de volta às suas famílias e sociedade. Para dar continuidade as suas pesquisas resolve alienar-se para melhor compreender os alienados. Como diria o velho ditado, “se não pode com eles, junte-se a eles”. O mais engraçado, é o significado do sobrenome do pomposo Dr. Simão Bacamarte, significa inútil, imprestável, tal qual seus pacientes, seria essa uma justificativa plausível para enlouquecer?!

REFERÊNCIAS

CAPONI Sandra. Departamento de Saúde Pública, Universidade Federal de Santa Catarina. Campus Universitário Trindade. 88040-900 Florianópolis SC. Michel Foucault e a persistência do poder psiquiátrico. Artigo Article. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v14n1/a15v14n1.pdf

Acesso em: 24 Agosto de 2017