O EMPREENDEDORISMO COMO CONTRIBUIÇÃO AO PSICOLOGO EM MEIO Á CRISE
Por: Carolina234 • 28/6/2018 • 7.681 Palavras (31 Páginas) • 367 Visualizações
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Key-words: Entrepreneurship, Psychologist, Crisis
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INTRODUÇÃO
O empreendedorismo é um termo novo, principalmente para os brasileiros, que somente se despontou para nós a partir da década de 90 crescendo junto com o processo de privatização de grandes empresas estatais e abertura do mercado interno. O Empreendedorismo é um tema muito discutido atualmente, mas sua definição é repleta de complexidade, porque seu conteúdo pode variar de acordo com o lugar e o autor, isso porque o empreendedorismo ganhou fortes contribuições vindas da psicologia e também da sociologia que pode ter contribuído e provocado variações em sua definição.
Dornelas (2001) faz um resgate histórico e identifica que a principal definição de empreendedorismo é creditada a Marco Polo, que menciona o empreendedor sendo aquele que assume os riscos de forma ativa, físicos e emocionais, e o capitalista assume os riscos de forma passiva.
No século XVII, surge a relação entre assumir riscos no empreendedorismo, mas somente no século XVIII, que capitalista e empreendedor foram diferenciados, em função do início da industrialização.
Segundo Dolabela (2008), o empreendedorismo é um fenômeno cultural, fruto de habilidades, práticas e valores das pessoas que implica uma forma de ser, uma concepção de mundo e uma forma de se relacionar.
Embora o empreendedorismo ser um assunto comum nos artigos, revistas, internet, livros e aparentar um termo “novo” para os profissionais, é um conceito antigo que adotou diversas vertentes ao longo do tempo. No início do século XX, o termo empreendedorismo foi utilizado pelo economista Joseph Schumpeter que em 1950 de forma sintetizada, seria uma pessoa criativa e com capacidade de fazer sucesso com inovações. Já em 1967 com K. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, pois uma pessoa empreendedora precisa saber que existe essa possibilidade nos negócios.
Na prática, o empreendedorismo costuma ser definido como o processo pelo qual as pessoas principiam e desenvolvem seus negócios. É um fenômeno complexo, que envolve o empreendedor, a empresa e o cliente e que fazem parte deste processo. De acordo com a definição de Dolabela (1999), o empreendedorismo consegue envolver qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa. O que se sobressai dentro dessa etiologia é que o empreendedorismo torna-se um fator primordial, fazendo com que os negócios sobrevivam e possam prosperar em um ambiente econômico e de várias mudanças sejam elas: culturais, sociais ou geográficas.
Sabe-se que o empreendedorismo é um acontecimento cultural, e segundo Dolabela (1999), é o fruto dos hábitos, práticas e valores das pessoas. Há famílias mais empreendedoras do que outras, assim como cidades, regiões, países. Na verdade, aprende-se a ser empreendedor pela convivência com outros empreendedores assim como cria um clima de emoção e é capaz de assimilar e experiência de terceiros. (DOLABELA, 1999: 31)
A profissão de psicólogo no Brasil comemorou 54 anos de sua regulamentação neste ano de 2016. Este caminho iniciou a partir da reforma de Benjamin Constant no ano de 1890 introduzindo assim noções da Psicologia para as disciplinas de Pedagogia na grade curricular das Escolas Normais. (Soares, 2010).
A consolidação da Psicologia iria ocorrer 72 anos depois com a promulgação da Lei nº 4.119, no dia 27 de agosto de 1962 através do Presidente da República João Goulart, a qual organiza os cursos de formação em Psicologia regulamentando a profissão de Psicólogo (Soares, 2010). Constituindo-se assim a formação do psicólogo em três distintos níveis, licenciatura que é a formação do professor de Psicologia, bacharelado (formação do pesquisador), com 4 anos de duração e formação do psicólogo com o foco na formação profissional e com duração em média 5 anos (Lisboa e Barbosa, 2009).
Conforme Guzzo (1996), um específico tipo de trabalho especializado e baseado teoricamente remete ao conceito de profissão. Segundo Pereira Neto (2003) para uma atividade ser reconhecida como profissão é necessário possuir conhecimento delimitado, complexo e institucionalizado. Além disso, é necessário organizar em associações profissionais para padronização da conduta de seus pares, tal controle da profissão que é feito por meio de diversos dispositivos formais como o código de ética e da fiscalização das condutas profissionais. Tendo em vista que deve focar todos os seus esforços para ser reconhecida como fundamental pelo Estado e pela Sociedade (Pereira e Pereira Neto, 2003).
- CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO
A definição de empreendedorismo vem sendo bastante utilizada de forma vasta nessas últimas décadas para todas as atividades empresariais que buscam e demonstram alguma novidade e vontade de ganhar o mercado. Entretanto esse termo precisa ser melhor entendido pois tem uma definição complexa por ter recebido grandes contribuições vindas da psicologia e também da sociologia, o que pode ter ocasionado variações em sua definição e para isso remeter-nos a sua história e origem do termo.
O termo empreendedorismo vem do francês (entrepreneur), segundo Kornijezuk (2004), e significa dizer que o indivíduo investe em algo novo assumindo riscos e tem a capacidade de inovar e realizar novos projetos também em empresas já existentes. Na Idade Média a palavra empreendedor foi utilizado para definir aqueles que tinham como responsabilidade novos projetos de produção que não admitiam riscos, mas no século XVII “o empreendedor chamava para si os riscos, enquanto capitalista era quem fornecia o capital”. (DORNELAS DIREZENCHI, 2008. p. 13). Nesse mesmo século teve indícios de investimentos para novos projetos e riscos de pessoas no entanto desconhecidas, mas foi a partir do século XX que a palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 como sendo uma pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações.
Após vários estudos e registros (KORNIJEZUK, 2004), foi constatado que foram os ingleses que depois da Primeira Guerra mundial formaram grupos para pesquisar a atuação na economia das empresas de pequeno porte pois perceberam a grande capacidade de geração de empregos, e assim aumentaram os estudos para poder entender a importância dos pequenos negócios quando os grandes não encontravam ambiente favoráveis para a sua existência.
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