Estudo dirigido “A prostituta respeitosa” Jean-Paul Sartre

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tem o dever de viver, e você, o dever de conservar-lhe a vida. Isso é tudo. Agora, escolha.’” (SARTRE, 1992, p. 98-100).

Acrescentando-se a tudo isto o suborno de 500 dólares que fora ofertado pela mãe do homem branco a fim de lhe comprar o silêncio.

Astutamente tendo convencido Lizzie pelo dinheiro e pela emoção o senador a faz declarar falsamente contra o negro.

Neste ponto vemos culminar a história, onde lizzie que mesmo sendo prostituta era um “ser para si”, pois ela havia traçado o seu projeto existencial, onde fazia suas escolhas com liberdade e após ter se prostituído verdadeiramente ao cometer perjúrio ao negro tornou-se “ser em si”, pois havia se transformando em objeto, pois não se colocou “do lado de fora” afim de se auto examinar.

Lizzie então agiu com má fé, pois fingiu escolher sem na verdade escolher. Imaginou que seu destino já estava traçado; aceitou as verdades exteriores dissimulando a si mesma, evitando fazer a escolha pela qual devia se responsabilizar, perdendo então a liberdade.

Após o ocorrido lizzie percebe o quanto foi ludibriada pela oratória do senador e sente-se mal por ter cedido, porém por questões econômicas vai viver com Fred em uma propriedade afastada da cidade onde viverá confortavelmente e servirá unicamente aos caprichos dele.

Afinal podemos perceber que a pretensão deste discurso deveria ser uma critica social ao negro, porém na verdade é uma critica contra a moral humana subordinada ao capitalismo.

Sartre faz essa critica de forma disfarçada, tanto que em dado momento lizze vai contra o comunismo, porém torna-se grande vítima do capitalismo e o fato de não o perceber mostra o seu grau elevado de alienação.