APS GESTALT - UNIP 2 SEMESTRE PSICOLOGIA - PPB
Por: Rodrigo.Claudino • 12/4/2018 • 2.430 Palavras (10 Páginas) • 854 Visualizações
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Ao observar e descrever a imagem, a maioria dos narradores utilizaram esses dois processamentos, tendo notado a imagem primeiramente como um todo, para depois definir suas partes e seus pequenos detalhes. Podemos dizer que na segunda etapa do processamento.
Os estímulos que nos chegam devem passar pela nossa consciência para serem notadas. A atenção seletiva significa que em qualquer momento focalizamos nossa percepção em um aspecto limitado, como por exemplo, dentre várias vozes você consegue fixar sua atenção em apenas uma, ou quando seus sapatos estão apertados e você não percebe até sua atenção se deslocar para esse acontecimento (Myers, 2006).
Um dos narradores quando viu a imagem (anexo 9), primeiramente identificou a figura de um senhor que parecia com um coronel, não havia visto as figuras menores que o forma, mas quando mudou o foco da sua atenção ela conseguiu perceber as figuras menores do senhor de bengala e da senhora com a criança na mão. Dessa forma podemos perceber que processamos apenas uma pequena parte de estímulos visuais que nos chegam.
Entre os estímulos processados, 80% são visuais. A percepção visual é a mais desenvolvida nos seres humanos. A percepção visual é formada por energias luminosas, transmitidas em ondas imperceptíveis de raios gama. O olho transforma a energia captada em forma de luz em mensagens neurais através dos cones e bastonetes. A percepção visual compreende a percepção de formas, relações espaciais, cores, movimentos e intensidade luminosa (Myers, 2006).
Análise de características é um processo de detecção de elementos específicos no impulso visual e a sua montagem para a obtenção de uma forma mais complexa.
De acordo com Myers, o cérebro funciona em processamento paralelo, dividindo a cena visual em subdimensões, criando assim vários aspectos de um mesmo problema. Através do processamento paralelo o narrador pode notar diferentes aspectos da figura observada. Em uma situação (anexo 6) notou-se um homem sentado segurando livros, em outro momento uma caveira na figura como um todo.
Myers (2006) afirma ainda que a adaptação sensorial reduz a sensibilidade ao ambiente em estimulação constante, porém ela é vantajosa, permitindo a liberdade para focar em mudanças informativas. A partir da adaptação sensorial é possível notar as diferentes imagens escondidas na figura utilizada no procedimento, conforme mais tempo foi passado na observação mais detalhes o observador conseguiu notar.
Nos estudos e pesquisas realizadas, segundo Myers (2006), a audição foi o estimulo principal para a criação dos relatórios. A audição é um sentido altamente adaptativo, detectando com facilidade diversos sons a nossa volta. Os ouvidos transformam o ar vibrante em impulsos nervosos, que o cérebro decodifica como sons.
Assim como o narrador relatou a imagem da forma como percebeu, nós entendemos através do seu relato uma nova percepção. Baseado que uma palavra possui diversos significados e deles surgem diversas interpretações.
Às vezes, o todo, como percebemos, pode ter qualidades que não existem em nenhuma das partes. Esse discernimento tornou-se a presunção básica da psicologia gestáltica, uma importante escola de pensamento que surgiu na Alemanha na primeira metade do século XX.
Um exemplo simples deste princípio que você deve ter experimentado inúmeras vezes é o fenômeno “phi” é a ilusão de movimento criada pela rápida sucessão de estímulos visuais. Encontramos exemplos deste fenômeno diariamente, nos filmes, na TV, sendo imagens separadas, projetadas rapidamente uma após a outra.
Em suas análises estruturais, a teoria da Gestalt descobriu certas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e ideias. Essas leis são nada menos que conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, quando age no processo de percepção. Segundo alguns psicólogos da Gestalt formularam uma série de princípios que descrevem como o sistema visual organiza uma cena em formas discretas.
Dentre as cinco figuras escolhidas, quatro tem a organização perceptiva de figura e fundo que é a organização do campo visual em figuras destacando de seus fundos, e uma de fechamento onde as pessoas em geral agrupam elementos para criar uma sensação de fechamento, ou completude. Assim, você pode “completar” figuras que na verdade, contem falhas.
Existem também outras organizações perceptivas, como proximidade onde as coisas que estão próximas parecem fazer parte umas das outras.
De acordo com David G. Myers (Myers, 2006), no fechamento as pessoas em geral agrupam elementos para criar uma sensação de fechamento, ou completude. Assim, você pode “completar” figuras que na verdade, contem falhas.
Semelhança no qual pessoas também tendem a agrupar estímulos que são semelhantes.
Simplicidade, o principio gestaltista mais geral era a lei de Pragmanz, sendo traduzido como boa forma, ou seja, as pessoas tendem a agrupar elementos que se combinam pra formar uma boa figura. Este é um grupo alvo na maioria das vezes, é difícil explicar em detalhes o que torna uma figura boa. Alguns teóricos sustentam que é praticamente uma noção de simplicidade, afirmando que as pessoas tendem a organizar formas de maneira mais simples possível.
O principio da continuidade, citado por David G. Myers (Myers, 2006) reflete a tendência das pessoas a seguir em qualquer direção a que sejam conduzidas, portanto, as pessoas tendem a ligar pontos que resultam em linhas retas ou ligeiramente curvas que criam caminhos “suaves” na imagem.
As figuras e formas são consideradas objetos no espaço, consideradas espaciais, quando consideramos uma terceira dimensão, sendo essa dimensão conhecida como profundidade.
Essa profundidade envolve interpretação de pistas visuais que indicam a distancia do objeto, baseando se para perceber uma variedade de pistas, que podem classifica-los em dois tipos binoculares e monoculares. A partir daí podemos ver a importância das sensações e emoções na teoria da Gestalt sendo através dessa observação possível avaliar a maneira que cada sujeito enxerga e percebe a mesma imagem.
Verificamos através da observação dessas imagens o quanto colocamos nelas aquilo que atribuímos à imagem. A observação em relação a um objeto ou imagem é de acordo com aquilo que eu acredito ser o objeto observado, sendo assim emprego o que conheço a partir de imagens já armazenadas em meu cérebro.
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