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A Febre Amarela

Por:   •  18/10/2018  •  4.609 Palavras (19 Páginas)  •  357 Visualizações

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A zoonose não pode ser erradicada, mas, a doença humana é prevenível mediante a vacinação com a amostra 17D do vírus amarílico. A OMS recomenda nova vacinação a cada 10 anos. Neste artigo são revistos os principais conceitos da doença e os casos de mortes associados à vacina.

2- JUSTIFICATIVA DO TEMA

Em geral, ele mede não mais que sete milímetros e passa despercebido por entre nossas pernas, mas é um dos insetos mais “versáteis” quando se trata de espalhar doenças. Além de dengue, zika e chicungunha, o Aedes aegypti também é um possível vetor da febre amarela, que vem assombrando parte do Brasil desde o início do ano. O alento é que todos os casos notificados até agora são da versão silvestre da doença, transmitida somente em regiões de mata pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. O Aedes só vai entrar em cena caso a circulação do vírus saia das zonas rurais para as cidades, o que, se acontecer, provocará um cenário de caos, afirmam com veemência infectologistas e epidemiologistas.

Isso seria desastroso, porque as cidades estão infestadas de Aedes aegypti. Ficaria muito mais difícil conter a disseminação da febre amarela — alerta Pedro Tauil, epidemiologista, doutor em doenças tropicais e professor da Universidade de Brasília (UnB). — O risco de a doença chegar às cidades é real. Temos que tomar todas as medidas que pudermos já.

E a principal medida é a vacinação, tanto na região de Minas Gerais afetada pelo surto — onde cerca de de 700 casos foram notificados e mais de cem, confirmados —, quanto nas áreas em torno do estado. Por isso, um cinturão de bloqueio está sendo feito na fronteira, em especial em cidades do Rio e do Espírito Santo, que, por não fazerem parte da zona de recomendação para a vacina da febre amarela, têm a esmagadora maioria de seus habitantes desprotegida.

- OBJETIVOS

- OBJETIVOS GERAIS

Realizar uma revisão literária sobre a febre amarela tendo em vista a importância desta doença, seu alto grau de mortalidade e possível risco de reurbanização pelo ressurgimento de um dos seus principais vetores, o Aedes Aegypti.

- OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Discutir as principais características da febre amarela, tais como: a sua letalidade, epidemiologia, etiopatogenia, tratamento e diagnóstico.

Fazer um pequeno histórico da doença ressaltando a sua incidência no Brasil.

Comentar sobre os riscos de uma epidemia no Brasil e suas possíveis causas, bem como as medidas que podem ou estão sendo tomadas para a sua prevenção.

- FORMULAÇÕES DO PROBLEMA DA PESQUISA

Quais as medidas de proteção para pessoas com contraindicação de vacinação contra febre amarela?

Depois de quanto tempo após receber a vacina febre amarela posso doar sangue e ou órgãos?

Qual a orientação para turistas estrangeiros que visitam as áreas de recomendação de vacina no Brasil?

- DESENVOLVIMENTO DO TEMA

5.1- ETIOPATOGENIA

O vírus da febre amarela pertence ao gênero flavivírus da família Flaviviridae, essa família está relacionada a diversos vírus responsáveis por inúmeras doenças no homem das quais podemos destacar: dengue, West nile, encefalite de São Luis, e febre amarela. O vírus da febre amarela é constituído de RNA de fita simples, de polaridade positiva, com cerca de 11 kilobases de comprimento, com 10.800 nucleotídeos, que codificam 3.411 aminoácidos. O virion mede cerca de 25-30nm de diâmetro e é envolto por um envelope que e originário da célula hospedeira, a partícula integra, virion +envelope, mede 40nm. O RNA viral expressa 7 proteínas não estruturais que são (ns1, ns2A, ns2B, ns3, ns4A, ns4B, ns5) e três proteínas estruturais, que são: prM, E e EC. As proteínas estruturais codificam a formação da estrutura básica da partícula viral e as proteínas não estruturais são responsáveis pela atividade reguladora e da expressão do vírus, incluindo replicação, virulência e patogenicidade.

A proteína prM codifica o precursor da proteína de membrana (M), já a proteína E dá origem ao envelope, enquanto a proteína C codifica a formação do capsídeo viral. São a essas proteínas que organismo humano responde durante uma infecção com produção dos anticorpos inibidores da hemaglutinação (IH) contra as glicoproteinas do envelope e neutralizantes (N) e contra a proteína C do capsídeo.

Na febre amarela o fígado é o órgão mais afetado, acometendo os hepatócitos, este órgão tem seu volume um pouco aumentado e encontram-se alterações histopatológicas como:

Degeneração eosinofílica dos hepatócitos, que se caracteriza por formação dos corpúsculos de Councilman e corpúsculos de Margarino Torres, estes denotam lesão hepatocítica sob a forma de apoptose (QUARESMA, et al. 2007).

Necrose médio zonal, que é a necrose dos hepatócitos sem a distorção da arquitetura do lóbulo do fígado (QUARESMA, et al. 2007).

Esteatose, que se caracteriza por infiltrado de lipídeos no citoplasma dos hepatócitos, ocorre ainda uma pequena reação inflamatória podendo haver hipertrofia das células de Kupffer, essas células são células fagocitárias especializadas do sistema reticulo endotelial nos hepatócitos que filtram e retiram do sangue bactérias e pequenas proteínas estranhas e liquidam hemácias gastas.

Os mecanismos que induzem lesão tecidual e a resposta imune do hospedeiro a essas lesões são conhecidos como uma infecção por febre amarela (QUARESMA, et al, 2007). As análises quantitativas mostraram que foram observadas em todas as áreas do lóbulo, incluindo hepatócitos, células mononucleadas e células inflamatórias (TUBOI, et al 2003). Em algumas áreas do fígado se identificaram agregados de linfócitos T e neutrófilos em torno de áreas de necrose lítica dos hepatócitos.

5.2- EPIDEMIOLOGIA

A febre amarela é uma doença febril aguda, que dura em torno de doze dias, tendo gravidade variável (URQUIDI, et al.2004). Sendo o tipo silvestre uma arbovirose que se adquire nas florestas, se faz necessário saber quais os grupos mais suscetíveis a adoecer de febre amarela. Particularmente todas as pessoas não

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