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Os Comprimidos

Por:   •  24/12/2018  •  1.465 Palavras (6 Páginas)  •  465 Visualizações

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É constituído de um núcleo contendo o princípio ativo, que é circundado por uma membrana semipermeável, perfurada por um pequeno orifício. Após a ingestão, a água presente no trato digestivo entra para o interior do comprimido por osmose. Quando a água penetra no núcleo do comprimido, o princípio ativo é gradualmente dissolvido. A solução é empurrada para fora através do pequeno orifício, numa velocidade controlada carreando o princípio ativo.

COMPRIMIDOS MULTICAMADAS

São comprimidos feitos com duas partes distintas, essas partes são na maioria das vezes com princípios ativos diferentes. Elas podem ser concêntricas ou alinhadas uma com a outra.

COMPRIMIDOS TAMPONADOS

Um comprimido envolto por uma película protetora, composta de hidróxido de alumínio ou hidróxido de magnésio, que permite que esse medicamento seja utilizado por pessoas que tenham problemas estomacais, como gastrite ou úlcera.

COMPRIMIDOS VAGINAIS

São de ação local, colocados diretamente na vagina e normalmente visam efeito microbicida ou efeito regenerador (DESTRUTI, 2007).

PASTILHAS

Formas farmacêuticas sólidas destinadas a se dissolverem ou desintegrarem lentamente na boca, preparadas por compressão ou moldagem, podendo conter açúcar ou não. Geralmente são utilizadas para auxiliar no tratamento da tosse, sintomas do resfriado ou problemas secundários de garganta.

PELLETS

São comprimidos cilíndrico e estéreis que são implantados na pele. Eles liberam o princípio ativo durante dias ou até meses (DESTRUTI, 2007).

Produção de comprimidos:

Granulação úmida: Este processo é ainda muito utilizado na indústria farmacêutica e baseia-se na obtenção de granulado a partir da adição de um agente aglutinante. Este processo permite a produção de comprimidos com dureza e friabilidade, em geral, mais adequados e permite, ainda, a compressão de fármacos com elevadas concentrações na formulação, sendo esta a sua principal vantagem. Por outro lado, suas principais limitações estão relacionadas com fármacos hidrolisáveis, termolábeis e o tempo requerido pelo processo.

As etapas da granulação à úmido são: preparo da "solução" do aglutinante, umectação dos pós, granulação da massa, secagem, calibração.

Sendo o aglutinante um composto sólido, normalmente é necessário preparar uma "soluçåo". É o caso da dissolução do PVP em água ou álcool, do preparo da goma de amido, etc. Estando o aglutinante devidamente preparado, procede-se à uma umectação dos pós, que é efetuada com o equipamento, normalmente uma masseira, em movimento, espalhando-se de maneira uniforme a solução de umectante sobre os pós. O ponto ideal é aquele em que ocorre a "quebra de massa".

A granulação da massa é feita em seguida, fazendo-se esta passar por um tamis, em um granulador oscilante. O granulado obtido é coletado em tabuleiros e uniformemente espalhado e levado à estufa.

Na secagem, o tempo e a temperatura utilizados irão variar de acordo com a constituição do produto. Normalmente utilizam-se estufas com circulação forçada do ar ou equipamentos de leito fluidizado, considerados mais modernos. Deverá ser deixada uma umidade residual (2 ou 3%), que é fundamental para a etapa de compressão.

Após a secagem, procede-se a calibração do granulado, pois este apresenta-se muito irregular.

Granulação a seco: O processo de produção de comprimidos por via seca é utilizado como alternativa à granulação por via úmida e baseia-se na produção de granulado por intermédio da compactação dos pós. Suas vantagens são o não emprego do aglutinante, o que viabiliza a produção de comprimidos que contenham fármacos hidrolisáveis, a eliminação da etapa de secagem e o menor tempo de processo. Como desvantagens, o aspecto dos comprimidos, com friabilidade alta e dureza baixa, é inferior àqueles obtidos pelos outros processos, além da necessidade de equipamento específico para compactação.

Na granulação à seco temos duas etapas distintas: a pré-compressão e a calibração.

Na pré-compressão é promovida a compactação dos pós e o objetivo é apenas a agregação dos pós, para possibilitar uma posterior granulação. São usados compactadores específicos para esta operação. Nesta fase pode ser adicionado parte do lubrificante, para facilitar o escoamento do pó.

A calibração visa a obtenção de grânulos de tamanho uniforme, para que, na compressão final, os comprimidos possuam homogeneidade de peso. Utiliza-se para isto um granulador oscilante. Na fase de calibração é que, normalmente, se adiciona o lubrificante, utilizando-se um misturador.

Compressão direta: É o processo mais moderno e uma tendência na Indústria Farmacêutica, pois se baseia na utilização de adjuvantes que permitem uma compressão direta de uma simples mistura de pós (eliminação da etapa de granulação). Assim, suas vantagens são a eliminação do aglutinante (fármacos hidrolisáveis), eliminação da etapa de secagem, o menor número de etapas no processo, menor tempo de processo, obtenção de comprimidos com bom aspecto, bons resultados de dissolução do fármaco, além de não requerer equipamentos específicos.

O produto, convenientemente preparado, é submetido à uma pressão, exercida entre duas punções no interior de uma câmara, denominada matriz. O peso dos comprimidos é determinado pelo volume de granulado que fica dentro da matriz , daí, a importância das características físicas do granulado.

O peso e a dureza dos comprimidos são características reguláveis.

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