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O RAIO X CONTRASTADO ENEMA BARITADO

Por:   •  28/11/2018  •  2.943 Palavras (12 Páginas)  •  445 Visualizações

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3. ENEMA BARITADO

O estudo radiográfico da forma e da função do intestino grosso é de modo comum denominado ENEMA BARITADO. Esse estudo exige o uso de contraste para demonstrar o intestino grosso e seus componentes, detectando assim quaisquer alterações abdominais.

Mesmo que os meios de contrastes passaram por evoluções reduzindo as taxas de enfermidades e óbitos, ainda apresentam fenômenos indesejáveis, as chamadas reações adversas [8].

3.1. Indicação

- Divertículo, diverticulose e diverticulite;

- Colite;

- Neoplasias;

- Pólipos;

-Volvo;

- Carcinoma anular; e,

- Intussuscepção.

3.2. Contra-Indicação

- Pacientes com suspeita de perfuração ou obstrução do intestino grosso não devem receber o sulfato de bário e nem contraste iodado;

- Gestantes;

- Pacientes alérgicos ao iodo ou sulfato de bário;

- Pacientes que efetuaram biópsia durante a retossigmoidoscopia ou colonoscopia não devem receber sulfato de bários, pois ele pode causar perfuração da mucosa.

3.3. Contraste

O sulfato de bário é o tipo de contraste positivo mais comumente usado para o enema baritado, a concentração da solução varia de acordo com o estudo a ser realizado. “O bário, é outro tipo de contraste positivo e radiopaco, foi criado em 1910, utilizado no exame enema opaco, por Bache, e Guinther” [7].

O bário é utilizado somente no sistema digestório para visualizar as alças intestinais, o esôfago e o estômago, ele tem semelhança ao giz, todos os sais de bário tendem a ser tóxico aos seres humanos, porém o sulfato de bário não é [6].

Uma mistura padrão usada para variedades de enema com contraste único atinge a faixa de 15 a 25% peso/volume (p/v). O bário mais espesso usado para as variedades de duplo contraste tem uma concentração peso/volume entre 75 a 95% ou maior. O proctograma evacuativo exige um contraste com um peso/volume mínimo de 100%. Contraste Negativo Os contrastes duplos também usam vários contrastes negativos além do sulfato de bário. “O bário é comercializado em 240 ml, geralmente são misturados a pós e açucares com diferentes sabores para disfarçar o gosto amargo” [4].

Ele pode ser uma mistura rala ou densa, o bário ralo é em forma de um creme e serve para visualizar melhor o trato gastrointestinal; o bário denso tem forma de “mingau” e serve para melhor visualização do esôfago, porque quando ingerido desce lentamente desenhando a mucosa [6].

O ar ambiente, o nitrogênio e o dióxido de carbono (C02) são as formas mais comuns de contraste negativo utilizadas. O CO2 está sendo muito utilizado por ser bem tolerado pelo intestino grosso e ser rapidamente absorvido após o procedimento. O CO2 e o nitrogênio são acondicionados num pequeno tanque e introduzidos no reto através de um cateter de enema de retenção de ar-contraste [2].

Um contraste iodado hidrossolúvel pode ser usado em caso de parede intestinal perfurada ou lacerada, ou se o paciente está agendado para uma cirurgia após a realização do enema. Lembre-se de que um kVp menor (70 a 80) deve ser usado com um agente hidrossolúvel [2].

3.4 Equipamentos e suporte

Recipientes de Enema Baritado do tipo sistema fechado é usado para administrar o sulfato de bário ou a combinação de sulfato de bário e ar durante o clister opaco. Esse sistema descartável de bolsa substituiu o antigo sistema aberto, por reduzir o risco de infecção cruzada. Esse sistema utiliza uma bolsa de enema descartável com um volume predeterminado de sulfato de bário. Uma vez misturada, a suspensão desce e o fluxo é controlado por uma válvula reguladora de plástico. Um cateter de enema é acoplado à extremidade do equipo e introduzido no reto do paciente [2].

Após o exame, a maior parte do bário pode ser drenada de volta para a bolsa pelo rebaixamento do sistema a um nível inferior à mesa de exame. Toda a bolsa e o tubo são descartáveis e jogados fora após um único procedimento [2].

3.5. Enema Baritado com contraste simples

O ENEMA BARITADO com contraste simples é um exame normalmente realizado utilizando-se somente um meio de contraste positivo. Na maioria das vezes, utiliza-se como material o sulfato de bário numa mistura rala. Ocasionalmente, o contraste precisa ser hidrossolúvel. Se o paciente será operado após a realização do enema baritado, deve-se usar um contraste hidrossolúvel [5].

3.6. Enema Baritado com duplo contraste

O segundo tipo comum de enema baritado é a variedade que utiliza duplo contraste. Os procedimentos radiográficos e fluoroscópico para um enema baritado de duplo contraste são um pouco diferentes no fato de que tanto o ar quanto o bário precisam ser introduzidos dentro do intestino grosso. O intestino grosso totalmente limpo é fundamental para esse estudo, e uma mistura muito mais espessa de bário é necessária [5].

Embora as proporções exatas dependam da preparação comercial utilizada, a razão aproxima a relação da mistura um a um, de forma que o produto final fique como um creme espesso. É utilizado também o chamado “duplo contraste”, para visualização da mucosa gástrica, possíveis pólipos, ulcera e diverticueite, o duplo contraste é formado por sulfato de bário e dióxido de carbono ou ar ambiente, um é radiopaco e o outro radiotransparente [4].

O procedimento de duplo contraste em duas etapas é um método preferido para cobrir o intestino. Inicialmente, o bário espesso é introduzido até preencher o lado esquerdo do intestino, incluindo a flexura cólica esquerda. O objetivo da utilização dessa mistura de bário espesso é facilitar a aderência ao forro intestinal. O ar é então instilado dentro do intestino, empurrando a coluna de bário através do lado direito. Nesse momento, o radiologista pode solicitar que a bolsa de bário seja rebaixada a um nível inferior ao da mesa de exame para permitir que o excesso de bário seja drenado do intestino grosso, promovendo melhor visualização da mucosa intestinal

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