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Trabalho de conclusão de curso

Por:   •  7/12/2017  •  5.930 Palavras (24 Páginas)  •  344 Visualizações

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governo nem sempre visou o bem estar da população com a criação do SUS, tendo como seus principais alvos a classe dominadora e economia vigente, mantendo as condições sanitárias mínimas para implementar a relação comercial com o exterior.

Antes da Revolução de 1930 a saúde funcionava nos sistemas de Caixas, atribuídas as Caixas de Aposentadoria e Pensões – CAP’s que atendiam somente pequenas parcelas de assalariados de empresas isoladas, como exemplo empresas que cooperavam com o governo.

Em 1966 foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social - INPS, responsável pelas aposentadorias e pensões e o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS, dando assistência médica a trabalhadores segurados e seus familiares. Posteriormente em 1977 criou-se o Sistema Nacional de Previdência Social – SINPAS, que visou atender a parcela da população sem assistência do INPS para reduzir índices de mortalidade e morbilidade no Brasil, porém era deixado de fora uma parte significativa do país que incluía trabalhadores rurais e trabalhadores sem vínculo empregatício. Então nesta época a população era dividida para os que podiam pagar, aos que tinham direito ao INAMPS e os que não tinham direito algum.

Em 1986 com a Reforma Sanitária deu-se início ao SUS, implementado somente em 1988 dando assistência de saúde a população sem nenhum tipo de descriminação, e estabeleceu o lema: “Saúde é direito de todos e dever do Estado”, tendo como seus princípios:

* Universalidade: acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência sem discriminação;

* Integralidade de Assistência: garantia de assistência a saúde em nível nacional;

* Equidade: dispor de recursos para o reestabelecimento do equilíbrio saúde e doença na proporção da necessidade.

“Saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social, não apenas a ausência de doenças”(OMS, 1986)

Em 1991 houve a criação do Programa de Agentes Comunitários – PACS, que tinha como principal meta levar orientações em saúde as comunidades, identificando as principais necessidades e através de um formulário que seria analisado posteriormente fosse montado um perfil epidemiológico para dada comunidade.

Em 1994 criou-se o Programa de Saúde da Família – PSF, segundo o Ministério da Saúde o PSF tem dado resolução a aproximadamente 85% dos problemas da população. O PSF é a estratégia de reorientação dos princípios do SUS, houve essa intervenção devido ao não atendimento adequado a necessidade de saúde das pessoas, especialmente falando da saúde da família como um todo. O programa tem a família como o centro da atenção dando acesso as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, resolvendo problemas já identificados pelos agentes comunitários.

“Um modelo que pressupõe o reconhecimento de saúde como um direito de cidadania, expresso na melhoria das condições de vida; no que toca a área da saúde, essa melhoria deve ser traduzida em serviços mais resolutivos, integrais e principalmente humanizados.”(Graal, Luis M.)

1.1 A HISTÓRIA DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Nossa função é realizar visitas domiciliares e orienta-las sobre o acesso ao tratamento e à prevenção das doenças como diabetes e hipertensão arterial. Nos direcionamos aos domicílios para reconhecer os principais problemas, juntos, procuram as melhores soluções para enfrentar os desafios locais que possam determinar os problemas de saúde, antes que eles se instalem de modo mais grave. Nossa equipe irá elaborar um plano para enfrentar os principais problemas detectados e trabalhar para desenvolver a educação em

saúde preventiva, promovendo a qualidade de vida dos habitantes daquela área4.

O PSF é composto por um médico de família ou generalista; um enfermeiro da família ou generalista; dois auxiliares ou técnicos de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde. O programa desenvolve ações de saneamento, desenvolvimento nutricional, vacinação, informação a saúde, organiza palestras para prevenção e tratamento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes, prevenção, profilaxia e tratamento de doenças epidemiológicas, integração de ações individuais e coletivas, curativas e preventivas, assistenciais e educativas5.

No processo de transformação do modelo assistencial, o trabalho em equipe interdisciplinar e a inclusão da família como foco a atenção básica, ultrapassando o cuidado focado somente na doença, pode ser considerado um progresso na saúde, visando a qualidade de vida da comunidade6.

O processo de construção do Sistema Único de Saúde, regulamentado pela Constituição de 1988, visa reduzir a existência entre os direitos sociais garantidos em lei e a capacidade efetiva de oferta dos serviços públicos de saúde à população brasileira.

“O modelo assistencial ainda predominante no país caracteriza-se pelo individualismo, pela utilização irracional dos recursos tecnológicos disponíveis com baixa resolubilidade. Vem gerando alto grau de insatisfação para todos os partícipes do processo - gestores, profissionais de saúde e população que utiliza os serviços.” (Maria Fátima de Sousa, Rev. bras. enferm. vol.53 no.spe, Brasília Dec. 2000).

A estratégia do PSF propõe uma nova dinâmica para a estruturação dos serviços de saúde, bem como para a sua relação com a comunidade e entre os diversos níveis de complexidade assistencial. Além de assumir o compromisso de prestar assistência universal, integral, contínua e, acima de tudo, resolutiva à população, na unidade de saúde e no domicílio, sempre de acordo com as suas reais necessidades, identificando os fatores de risco aos quais ela está exposta e neles intervindo de forma apropriada.

Propõe-se, ainda, a humanizar as práticas de saúde, buscando a satisfação do usuário através do relacionamento dos profissionais com a comunidade e estimulando-a ao reconhecimento da saúde como um direito de cidadania e, portanto, expressão de qualidade de vida.

“Nesta perspectiva, o PSF foge da concepção usual dos programas tradicionais concebidos no Ministério da Saúde, objetiva a integração e a organização das atividades em um território definido, com o propósito de enfrentar e resolver os problemas identificados, com

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