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HANSENÍASE

Por:   •  27/2/2018  •  2.552 Palavras (11 Páginas)  •  255 Visualizações

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- Conscientizar e alertar sobre os riscos da Hanseníase ao Discentes do ensino Superior na Faculdade Maurício de Nassau de Maceió

- Explicar o diagnóstico para uma futura prevenção ou tratamento.

- Diagnosticar precocemente a hanseníase entre os Discentes da Faculdade Maurício de Nassau de Maceió

3. JUSTIFICATIVA

Sabe-se que é grande o número dos contatos de hansenianos, que não procuram os serviços de saúde para fazer o exame, ocasionando muitas vezes o diagnóstico tardio, com riscos de deformidades. Uma das estratégias utilizadas para a descoberta dos casos precoces é a realização do exame dermatológico dos contatos intradomiciliares dos casos novos e nos últimos cinco anos, de casos multibacilares

Este projeto justifica-se pelo fato de se perceber que irá contribuir para que os discentes da Faculdade Maurício de Nassau, tomarem consciência da importância dos conhecimentos, diagnóstico e tratamento da hanseníase, assim como, este estudo é mais um espaço para que a sociedade aceite o portador da doença como cidadão, sem discriminá-lo, aceitando acima de tudo como um ser humano capaz de produzir. Todas essas razões certamente justificam o estudo pretendido.

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4- REVISÃO TEÓRICA

4.1 CARACTERÍSITCAS GERAIS DA HANSENÍASE

A hanseníase é uma doença infecto - contagiosa de evolução crônica que se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Tais manifestações são resultantes da ação do Mycobacterium leprae (M. leprae), agente causador da doença de Hansen, em acometer células cutâneas e nervosas periféricas. Durante os surtos reacionais, vários órgãos podem ser acometidos, tais como, olhos, rins, supra-renais, testículos, fígado e baço (EIDT, 2004). Podem ocorrer deformidades e incapacidades de olhos, mãos e pés com a evolução da doença (MEDINA et al., 2004).

A palavra lepra vem do latim lepros, que significa ato de sujar ou poluir. A lepra como era conhecida na antiguidade é uma das mais antigas patologias registradas pela humanidade. Mesmo fazendo parte do sofrimento humano desde a Antiguidade, a sua identidade etiológica foi descoberta apenas ao final do século XIX, quando o médico norueguês Gerhard Henrik Armauer Hansen, ao analisar material de lesões cutâneas, descobriu a Mycobacterium, o bacilo causador da doença e que pertence ao mesmo gênero do bacilo que causa a tuberculose. (GOMES; SOUZA et al. 2006).

Não se sabe ao certo o local de origem dessa doença, de acordo com Jopling e McDougal (1991), acredita-se que seja originária da Ásia, conhecida há mais de três ou quatro mil anos na Índia, China e Japão. Acredita-se que o continente africano seria o local de origem dessa patologia. Os registros nos papiros de Ramsés II datam de 4.266 a.C., no Egito antigo. Há evidências objetivas da doença em esqueletos descobertos no Egito, datando do segundo século antes de Cristo (BRASIL, 1989).

A entrada da doença na Europa ocorreu por meio das “campanhas romanas”, nas quais o exército romano levou a doença da Índia e do Egito para a Itália que depois se disseminou por toda a Europa na idade média. (BARBIERI & MARQUES, 2009).

Mesmo sendo a hanseníase conhecida há séculos, ainda existem lacunas no conhecimento dos mecanismos de transmissão. Portanto, as intervenções para reduzir a transmissão da doença são baseadas no

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diagnóstico precoce e no tratamento da doença. Adicionalmente, em razão da importante redução da incidência da hanseníase no final do século XIX na Noruega, sabe-se que as condições de vida interferem no padrão de ocorrência da doença. (SILVA et al., 2010).

4.2 HANSENÍASE NO BRASIL

De acordo com Bandeira (2010), no Brasil a introdução da hanseníase foi através da vinda de escravos africanos e pelos colonizadores europeus, principalmente, portugueses que devido às condições socioeconômicas e o completo desconhecimento em relação às terapêuticas contribuíram para propagação da doença.

Quando a situação se mostrou fora de controle os médicos brasileiros passaram a se interessar pela hanseníase se dedicando a realização de estudos, pesquisas e cursos no exterior o que proporcionou o desenvolvimento de medidas baseadas nas ações preventivas, promocionais e curativas, sendo estas, realizadas com sucesso pelas equipes do Programa Saúde Família (PSF) que em nível domiciliar, abordam a população informando sobre os sinais, sintomas, o diagnóstico e tratamento para que as imagens e ideias sobre a hanseníase que fazem parte da sociedade se transformem e deixem de ser algo estigmatizante, fazendo com que os seus portadores não ocultem o problema a fim de não serem discriminados. Este fato, associado às precárias condições socioeconômicas tem dificultado o trabalho de erradicação da doença. (BANDEIRA, 2010).

A doença atingiu a Amazônia brasileira pelo estado do Pará, no início do século XIX, e o restante do país com a intensa migração para os diversos estados, incluindo as regiões Sul e Sudeste. Nos dias atuais o Estado do Amazonas, com uma prevalência de 33,29/10.000 habitantes, é o segundo Estado mais acometido pela doença no país sendo considerado como zona hiperendêmica (ANGELUCCI et al., 2007)

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4.3 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HANSENÍASE

O diagnóstico é feito através do exame clínico, complementado pela realização da anamnese, avaliação dermatológica (verificando as alterações ou lesões na pele) e neurológica (presença de alteração de sensibilidade e motora e espessamento neural); e laboratorial, através da baciloscopia, onde se observa o M. leprae diretamente nos esfregaços de raspados intradérmicos das lesões hansênicas ou de outros locais, como os lóbulos auriculares e/ou cotovelos. (BATISTA et al., 2011).

A forma clínica inicial (hanseníase indeterminada) e um espectro clínico histopatológico que varia desde uma forma de maior resistência, o pólo tuberculóide (TT), até formas sem resistência ao bacilo, o pólo lepromatoso (LL), com formas intermediárias (borderline). Com o advento da poliquimioterapia nos moldes preconizados pela Organização Mundial de Saúde - OMS, uma classificação simplificada considera

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