Doenças Cardiovasculares
Por: Michellepin • 1/8/2018 • Trabalho acadêmico • 3.250 Palavras (13 Páginas) • 287 Visualizações
Introdução
As doenças cardiovasculares, no contexto da saúde mundial, se destacam pelos elevados índices de morbidade e mortalidade. Além de serem umas das maiores causas de óbito em todo o país, independente de faixa etária, as enfermidades do coração são também as que acarretam maior ônus ao Sistema de Saúde. Segundo a OMS, muitas vidas poderiam ser salvas por meio de melhorias no acesso à saúde, sobretudo no que diz respeito ao controle da pressão alta e do colesterol alto. Cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas de doenças cardiovasculares, causa número um de morte em todo o planeta. De acordo com a entidade, grande parte dessas vítimas tinha comportamentos considerados não-saudáveis, como o tabagismo, o consumo de alimentos com excesso de sal e a prática de atividade física não-adequada. Além disso, muitas dessas vidas poderiam ser salvas por meio de melhorias no acesso à saúde, sobretudo no que diz respeito ao controle da pressão alta, do colesterol alto e de outras condições que aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Os dados mostram ainda que mais de 75% das mortes provocadas por doenças cardiovasculares são registradas em países de baixa e média renda, sendo que 80% dos óbitos são causados especificamente por ataques cardíacos e derrames. Neste trabalho, será abordado às seguintes doenças: Parada Cardiorespiratória, Angina Pectoris, Insuficiência Cardíaca Congestiva, Cardioversão Elétrica, Infarto Agudo do Miocárdio, Arritmia Cardíaca, Hipertensão Arterial Sistêmica.
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
Recebe o nome de parada cardiorrespiratória (PCR) a abrupta e inesperada interrupção da circulação sanguínea, consequente da parada dos batimentos cardíacos que são responsáveis pela manutenção do débito cardíaco. Após a ocorrência deste fenômeno, o indivíduo perde a consciência dentro de 10 a 15 segundos, em decorrência da ausência de circulação sanguínea no cérebro.
A intervenção prevê a aplicação de um conjunto de procedimentos de emergência que visam restaurar a oxigenação e a circulação, isto é, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Pode apresentar-se em formas distintas. São elas:
- Fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso: caracteriza-se por um ritmo cardíaco acelerado, irregular e ineficaz.
- Assistolia ventricular: neste caso, há ausência de ritmo cardíaco.
- Atividade elétrica sem pulso: neste caso, há a presença de atividade elétrica na musculatura cardíaca; todavia, os batimentos são ineficazes e não há a presença de circulação sanguínea.
Sintomas: perda da consciência e o desmaio, mas antes disso podem surgir sinais que alertam para o problema, como:
- Dor forte no peito, abdômen ou nas costas que não passa;
- Falta de ar ou dificuldade em respirar;
- Dificuldade em falar de forma clara;
- Formigamento no braço esquerdo;
- Palidez e cansaço excessivo;
- Náuseas e tonturas frequentes;
- Suores frios.
Diagnóstico: pode ser obtida através de ausência de movimentos respiratórios, inconsciência, cor arroxeada dos lábios e unhas, dilatação das pupilas.
Tratamento: consiste no conjunto de medidas básicas e avançadas de ressuscitação cardiorrespiratória, e tem como finalidade o restabelecimento imediato da irrigação com sangue oxigenado, principalmente dos órgãos vitais (cérebro e coração), através das técnicas de ventilação pulmonar e circulação artificial que assegurem batimentos cardíacos eficazes.
Prevenção: seguir um estilo de vida saudável ajuda a diminuir o risco de doença das artérias coronárias, parada cardíaca e outros problemas do coração. Procurar manter um peso saudável ao ingerir a quantidade adequada de calorias para suas necessidades. Equilibrar as calorias ingeridas com as gastas através de exercícios físicos e ter uma vida ativa fisicamente.
Plano de Cuidados em Enfermagem: limpeza da cavidade oral e ventilação com máscara-ambú-oxigênio, início das compressões torácicas; punção de veia em membros superiores e instalação de solução fisiológica; oferta de material para intubação endotraqueal, fixação da cânula após insuflação do CUFF, aspiração de secreções e sondagem gástrica, se necessário; preparo e administração de drogas e soluções, monitorização cardíaca e controle do retorno do pulso em grandes artérias; preparo do desfibrilador (gel nas pás e ajuste da carga); após retorno dos batimentos cardíacos, fazer controle dos sinais vitais, instalação do aparelho de ventilação mecânica e terapêutica definitiva.
ANGINA PECTORIS
Se caracteriza por dor ou desconforto no peito quando os músculos cardíacos não recebem sangue suficiente. A angina é um sintoma de doença da artéria coronária, o tipo mais comum de doença cardíaca.
Sintomas: pode produzir variação de sensação de indigestão até de sufocação ou peso no tórax, o qual vai desde o desconforto a uma dor agonizante, acompanhada de sensação de morte iminente. Paciente apresenta dor retroesternal, pré cordial, dorsal (costas), sensação de estrangulamento ou opressão do peito. A dor pode se irradiar para os ombros, braços, pescoço, mandíbula e para dos dedos externos da mão.
Diagnóstico: o mais indicado é procurar ajuda médica, podendo ser a de um clínico geral ou, se possui histórico de doenças cardíacas, a de um cardiologista. Em um primeiro momento, é feito um exame clínico, que detecta os sintomas típicos. Porém, caso a angina ocorra sem as suas dores típicas ou caso problemas cardíacos não tenham acontecido anteriormente, o médico poderá solicitar alguns exames como: eletrocardiograma, teste de estresse, ecocardiograma, raio-x do tórax e outros.
Tratamento: repouso, ambiente calmo; evitar condições que aumentem o consumo de O2 (anemia, febre, infecção, hipertensão); drogas antiaginosas como o Isordil, B bloqueadores, antagonistas do cálcio.
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