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A RESENHA FILME

Por:   •  6/9/2018  •  1.308 Palavras (6 Páginas)  •  287 Visualizações

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Contudo quando voltamos ao inicio da experiência onde os grupos ainda não estavam definidos o ambiente era tranquilo e amigável, pois os papeis sociais de guardas do presídio e de prisioneiro, já internalizados em cada um e expressos nas atitudes e nas comunicações que eles fizeram nos vídeos testes ainda não havia sido mostrado até aquele momento.

Os candidatos que atenderam ao pedido do jornal tornaram-se naquele momento um grupo que possuía o que Pichon -Riviére chamou de tarefa principal, que era a recompensa. Para alcançar o objetivo deveriam trabalhar em grupo, conjunto, com organização. Contudo após o inicio da experiência essa tarefa comum dos candidatos já se mostra incomum, pois as situações do momento começaram a desenvolver atitudes que não condiziam com o real objetivo inicial, suas prioridades pessoais mediante as circunstâncias como a coação ou perigo de morte, se transformam em prol da sua sobrevivência.

Para teoria pichioniana a comunicação em um Grupo Operativo deve ser ativa, ou seja, criadora, onde o indagar, questionar, investigar seja a mola propulsora nas relações entre os membros do grupo ou entre estes e seu coordenador. Através do filme é possível perceber esse tipo de comunicação nos dois grupos, pois eles sugerem e discutem ideias para a realização da tarefa.

Nessas conversas é possível identificar o ECRO (esquema conceitual referencial operativo) de cada membro dos dois grupos. No grupo dos guardas existe o personagem que é evangélico e não concorda em fazer determinadas tarefas que ferem sua moral, dessa maneira ele consegue fazer com que alguns guardas reflitam sobre suas atitudes, pois alguns deles se identificam também com seus valores. A partir dessa afinidade cria-se o ECRO GRUPAL que são conjunto de conhecimentos, de atitudes, que o grupo tem em comum. Esse tipo de comunicação auxilia o grupo a atingir seus objetivos.

Para Pichion Riviere os papéis entre os membros do grupo tendem a ser fixos e estereotipados, até que se configure a situação da tarefa onde os papéis passam a ser funcionais, intercambiáveis e operativos entre os membros da forma mais eficaz para cada momento da tarefa. Destacam- se no filme papeis interdependentes, como os guardas e os prisioneiros. Para que os guardas tenham respeito eles precisam colocar os prisioneiros em situação humilhante.

No grupo dos guardas destacamos o porta-voz que é executado pelo personagem M que consegue externar os sentimentos do grupo sem que ninguém o solicite isso. O sabotador é o B que em determinados momentos atrapalha o fluxo do trabalho com piadas inconvenientes e comportamentos inadequados, gerando uma desarmonia entre os membros. O bode expiatório do grupo dos guardas é o C que por não compartilhar dos mesmos ideais do grupo, acaba sendo atribuído a ele todo sentimento negativo presente, o colocam como culpado da desordem, até que conseguem expulsa-lo do grupo.

O personagem 77 se torna líder do grupo dos prisioneiros, pois depositam nele confiança, afeto e o seguem em todas as suas escolhas. Assim, ele ocupa o lugar de um líder funcional do grupo em relação ao fazer grupal. Por suas falas e posicionamentos ele tem no grupo um lugar organizador e de amparo para os outros membros.

Por outro lado, podemos ver que o personagem A não foi um líder ideal para o grupo dos guardas, pois não soube lidar com as opiniões diferentes das suas e acabou expulsando um membro do seu grupo. Orientou e persuadiu os guardas para que pudessem agir de forma cruel com os prisioneiros, o que ocasionou uma rebelião incontrolável. Os dois grupos não atingiram o objetivo, que era ganhar a recompensa financeira. Sendo assim, ele também não foi um líder eficaz nem eficiente.

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