BULIMIA NERVOSA
Por: eduardamaia17 • 20/1/2018 • 2.100 Palavras (9 Páginas) • 362 Visualizações
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Revistas
Como os discursos das revistas pensam o corpo? Como as revistas retratam a imagem do corpo feminino? Que modelos de beleza são impostos pela mídia? Qual o modelo de beleza feminino que a sociedade sacralizou?
Percebem-se nas revistas inúmeras matérias sobre dietas e receitas milagrosas, que induzem à perda rápida de peso, e muitas vezes informações estimulando as cirurgias plásticas, intervenções radicais e até mesmo distúrbios alimentares (caso de blogs). A publicidade e a moda enfatizam a obsessão pela magreza, a busca pelo corpo que é imposto como perfeito.
A é mídia uma grande vitrine de exposição,
tanto as lentes das câmeras como os olhares dos espectadores são atraídos pelos pouquíssimos perfis capazes de ostentar a silhueta esguia e as feições juvenis irradiadas pelos meios de comunicação. Somente esses corpos, singularmente agraciados, além de sarados e malhados com o cotidiano rigor, conseguem projetar seu brilho nos pódios da mídia e inspiram o arroubo de todos os demais. [...] Não se trata apenas de consumir com os olhos os contornos exemplares dessas figuras alheias, mas também de confeccionar um corpo próprio que mereça ser observado de modo semelhante
(SIBILIA, 2010, p. 198).
Fischer afirma que os imperativos de beleza, da juventude e da longevidade, sobretudo nos espaços dos diferentes meios de comunicação, perseguem o indivíduo como instrumento de tortura por meio de corpos que são oferecidos como modelos determinando a beleza. Graças à supremacia das imagens instaurou-se a tirania da perfeição física, ser bela, ser jovem, ser saudável! Hoje, todas querem ser magras, leves, turbinadas. Num mundo onde se morre de fome, grassa uma verdadeira lipofobia. Todas as mulheres parecem querer participar da sinfonia do corpo magnífico. (DEL PRIORE, 2001p.)
O corpo é frequentemente utilizado em anúncios publicitários. É difícil visualizar pessoas acima do peso em comerciais ou anúncios em que se transmite ideia de felicidade, e o pior é que hoje em dia tudo é válido para obter um corpo desejável, para alcançar o padrão ideal estabelecido por comerciais e anúncios.
Coimbra ainda sinaliza o poder da mídia como um dos mais importantes equipamentos sociais, no sentido de produzir esquemas dominantes de significação e interpretação do mundo. Nesta direção, “ser belo” e “ser magro” configura-se como um modelo de unidade propagado pelos meios de comunicação. Antes o padrão era passado de pais para filhos; agora é estabelecido por anunciantes do mercado publicitário.
A busca pela felicidade relaciona-se diretamente com a conquista dos objetivos pessoais de cada indivíduo; imposta a realidade da magreza, ser feliz implica também em ser magro. O grande objetivo é alcançar um corpo que possa ser admirado da mesma forma que o são aqueles que protagonizam campanhas publicitárias, novelas e filmes.
De acordo com Sibilia (2010, p. 197), “em nome de valores bem contemporâneos, como a autoestima e a felicidade, a carne humana é obstinadamente submetida a um conjunto de técnicas de modelagem corporal, que demandam enormes doses de esforço"
Propagandas
A imagem vendida pela mídia gera capital, isso nos permite inferir que a mídia auxilia e motiva o capitalismo, gerando o aumento do estímulo ao consumo e pregando uma imagem inatingível, até mesmo pela grande presença do photoshop nas campanhas publicitárias.
Com isso é gerado algo chamado de reforço social, que se refere ao processo por meio do qual pessoas internalizam atitudes e comportam-se mediante aprovação dos outros. Como exemplo, um adolescente pode querer seguir uma dieta caso perceba que a mídia glorifica o corpo esbelto e magro e critica as pessoas com excesso de peso.
BULIMIA NERVOSA (BN)
Bulimia nervosa é uma síndrome caracterizada por repetidos ataques de hiperfagia, podendo apresentar diversos sintomas como por exemplo: a representação alterada da forma corporal, preocupação excessiva com o peso e o medo patológico de engordar. Ademais, o próprio paciente estabelece para si um autojulgamento baseado na forma física, com alteração da imagem corporal sentindo-se insatisfação com seu próprio corpo.
Diante de seus casos, a bulimia nervosa é extremamente rara antes dos doze anos e é um transtorno característico de mulheres jovens e adolescentes podendo também ocorrer casos no gênero masculino. Contudo, os mesmos apresentam preocupação excessiva com a forma e o peso corporal. “Segundo Ballone, o início dos sintomas, em que se destaca a compulsão alimentar, vai dos últimos anos da adolescência aos quarenta anos, mas a média está em torno dos vinte anos” (BUSSE, p.16, 2007)
“Appolinário & Claudino ressaltam na bulimia dois aspectos fundamentais: o primeiro, comportamental e objetivo, caracterizado pelo ato de comer uma quantidade de comida considerada exagerada e fora dos padrões normais; e, o segundo, um componente subjetivo marcado pela sensação de total falta de controle sobre o próprio comportamento. “Esses episódios ocorrem às escondidas na grande maioria das vezes e são acompanhados de sentimentos de intensa vergonha, culpa e desejos de autopunição” (2000:29-30). Segundo os autores, em cerca de 90% dos casos ocorre a indução do vômito, principal método utilizado para atingir o alívio do desconforto físico após o excesso de alimentação e, sobretudo, a redução do medo de ganhar peso. ” (BUSSE, 2007, p.16).
SINTOMAS
Além dos sintomas comuns à anorexia (irregularidades cardíacas, queda de cabelo, tonturas, desnutrição, podem ocorrer também dores abdominais, inflamações anais e irregularidades no intestino.
O paciente bulímico pode morrer por desnutrição devido aos excessivos métodos purgativos, como vomitar diversas vezes ao dia, atos que estimulam a desidratação e perda de eletrólitos.
CONSEQUÊNCIAS
As consequências da bulimia são variadas, sendo graves e podendo causar lesões irreversíveis ou de difícil tratamento, por exemplo: depressão, fadiga, arritmia cardíaca, irregularidade menstrual, ossos e dentes frágeis, vasos sanguíneos dilatados na pele do rosto e problemas de estômago e esôfago. A pessoa portadora de bulimia chega a ingerir em uma hora a quantidade de calorias que deveria consumir durante um dia inteiro e ao sentir-se culpada pelo excessivo consumo
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