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O HPV

Por:   •  26/12/2018  •  6.367 Palavras (26 Páginas)  •  488 Visualizações

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granuloso e discretamente maior, pois essas células são menos amadurecidas, o citoplasma se encontra cianofílico (Figura 4), porém as vezes pode se apresentar acidofílico. Nota-se que alguns citoplasmas são muito pálidos (MCKEE, 2001).

Figura 4: Ectocérvice normal: células escamosas intermediárias

basofílicas.

Fonte:http://screening.iarc.fr

As células basais e parabasais são observadas normalmente em esfregaços cervicais colhidos de mulheres menopausadas. O epitélio não amadurece devido a falta de estrogênio e progesterona e normalmente é muito delgado, esse tipo de célula é pequena, arredondada e possuem um núcleo relativamente maior centralizado e citoplasma acidofílico ou cianofílico (Figura 5) (MCKEE, 2001).

Figura 5: Atrofia menopausal com grandes aglomerados de células

basais ou parabasais e alguns núcleos nus.

Fonte:http://screening.iarc.fr

3.2.2 Epitélio cilíndrico simples

O epitélio cilíndrico simples (Figura 6) é encontrado na região do canal endocervical e tem em sua composição uma única camada de células chamadas de células endocervicais (SELLORS, 2004).

Figura 6: Epitélio cilíndrico simples

Fonte:http://anatpat.unicamp.br

As células endocervicais são altas e do tipo cilíndrico com núcleo basal, mostrando aparência variada nos esfregaços, podem se apresentar em formando folhetos que normalmente exibem aparência paliçada e também em forma de colmeia, podemos observar em algumas vezes células ciliadas com núcleo vesicular ou de face aberta (Figura 7). As células podem estar distendidas pela mucina com quantidade variada ao longo do ciclo menstrual (MCKEE, 2001).

Figura 7: Diferentes tipos de células glandulares endocervicais –

A e B: células secretoras; C: células ciliadas; D: núcleos nus de células

glandulares endocervicais.

Fonte:http://screening.iarc.fr

3.2.3 Junção escamo colunar (JEC)

A junção escamo colunar (JEC) é a união dos dois epitélios citados acima, normalmente esta localizada no orifício anatômico externo, mas se descolada para fora do orifício chamamos de ectopia que é a presença de epitélio colunar na ectocérvice, ela se apresenta visualmente como uma grande área avermelhada ao redor do orifício cervical externo e é uma ocorrência fisiologicamente normal, nesta região é aonde ocorre a metaplasia escamosa e a transformação anormal em carcinoma cervical (Figura 8) (SELLORS, 2004).

Figura 8: Junção escamo colunar

Fonte:http://screening.iarc.fr

A metaplasia escamosa é a substituição fisiológica do epitélio colunar por um epitélio escamoso recém-formado, essa substituição é feita de forma adaptativa trocando células sensíveis ao stress por células com capacidade de suportar melhor sua localização, esta substituição pode ser ocasionada por trauma, coito, drogas, ácidos, vírus, bactérias e doenças sexualmente transmissíveis (REGINA; 2010).

É formado por um epitélio estratificado com células metaplásicas que são células pequenas com núcleo grande e citoplasma denso, as vezes apresentam espículas. Podem ser facilmente confundidas com células malignas por serem pequenas e hipercoradas (Figura 9) (MCKEE, 2001).

Figura 9: Muitas células metaplásicas, isoladas ou em grupamentos. Fundo

inflamatório.

Fonte:http://screening.iarc.fr

O local onde encontramos a metaplasia escamosa é denominada de zona de transformação, essa zona de transformação tem grande importância na colposcopia porque e onde ocorre diversas manifestações do câncer de colo uterino.

3.3 A EVOLUÇÃO DA NOMENCLATURA

Nos últimos anos, o conhecimento sobre as neoplasias escamosas do trato genital feminino aumentaram e em resposta a isso a terminologia também mudou e se adaptou a cada nova descoberta (CARVALHO; QUEIROZ, 2010).

No ano de 1941, diante de vários achados de epitélios atípicos na cérvice uterina, Papanicolaou elaborou a primeira classificação para essas alterações, criando assim a uma nomenclatura que procurava expressar essas alterações celulares. As lesões foram assim classificadas: Classe I indicava a ausência de células atípicas ou anormais; Classe II designava citologia atípica, mas sem evidência de malignidade; Classe III apontava citologia sugestiva, mas não conclusiva, de malignidade; Classe IV determinava citologia fortemente sugestiva de malignidade e, finalmente, a Classe V que indicava citologia conclusiva de malignidade (INCA, 2006).

Esta primeira classificação ajudou a determinar aquelas mulheres que apresentavam a possibilidade de desenvolver câncer do colo do útero e tratar antes que houvesse uma evolução, mesmo que na época os tratamentos eram radicais e muito invasivos como, por exemplo, a histerectomia. Para tanto começou a desenvolver outras técnicas cirúrgicas menos radicais como histerectomia parciais o que ajudou muito, pois na época isso prejudicava muito a feminilidade da mulher (SALIMENA; SOUZA, 2008).

Com a evolução das pesquisas a citologia foi se aperfeiçoando, mostrando cada vez mais as mulheres à importância do exame com a detecção das alterações cervicais pré-invasivas e trazendo grandes chances de uma sobrevida melhor mesmo sem o útero (CARVALHO; QUEIROZ, 2010).

Seguindo com as investigações das lesões precursoras do câncer de colo uterino em 1956 Dr. James W. Reagen viu que era necessário

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