Introdução à Engenharia Civil
Por: Kleber.Oliveira • 10/6/2018 • 1.964 Palavras (8 Páginas) • 306 Visualizações
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O tratamento da água tem início logo na entrada da ETA com a aplicação do coagulante sulfato de alumínio, adição de cloro para facilitar a retirada da matéria orgânica e o alcalinizante, sendo a cal, para ajustar o ph em 5,5. Seguido de uma agitação lenta para que esses produtos químicos possam ter um tempo pra agir, essa solução passa pela fase de floculação fazendo com que as impurezas se aglutinem formando flocos para serem facilmente removidos.[pic 6][pic 7]
Após essa fase, a água segue para o decantador. Nessa etapa, o líquido é dividido em dois tanques com o mínimo de agitação possível e o mesmo é captado por tubos com cavidades na parte superior, o mais próximo possível da superfície para captar a água com menos impurezas. Esses tanques têm uma profundidade de aproximadamente 4,5m e o lodo formado no fundo do tanque é liberado para o canal de esgoto periodicamente.[pic 8][pic 9]
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Na próxima fase a água é escoada para os filtros, onde os resíduos sólidos que ainda restaram ficam retidos entre o carvão ativado e a areia. Em intervalos de tempo essa sujeira é removida pelo processo de retrolavagem, onde dos 04 filtros, 03 fazem esse sistema inverso e 01 fica fechado.
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Após a filtragem, é feita outra aplicação de cloro como bactericida e garante a qualidade da água até o consumidor final, na proporção de 5ppm. A água tratada ainda recebe a adição de flour para reduzir os índices de cárie na população infantil de até 10 anos, exigido em lei, dosado em 0,7ppm. É também aplicado a cal, para redizir a acidez da água protegendo as tubulações de corrosão e neutralizando o ph; entre 7,0 e 7,1; para o consumo humano.[pic 14]
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A água tratada então é direcionada para o reservatório, para finalizar a reação dos últimos produtos adicionados e posteriormente já para as estações de distribuição espalhadas pela cidade.
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A ETA ainda conta com uma sala de monitoramento/inspeção para obter total controle e coleta de dados durante todo o processo de tratamento de dispositivos e instrumentos de medição.
entre esses aparelhos, há um phmetro, ou medidor de ph, onde esse aparelho monitora o ph da água que entra na fase de floculação e na fase de reservação.
Há também dois Turbidimetros, para medir a quantidade de partículas suspensas na água bruta e outra na água já tratada, em valores de 40,00 e 0,06 respectivamente.
Todos esses aparelhos são aconpanhados por outros instrumentos auxiliares, assim como o conversor de vazão, para processar dados em que os principais aparelhos não processam em sua medição direta.
- Curiosidades:
Em nosso planeta temos água em abundancia, cerca de 71% da superfície terrestre é coberta por água, desse total infelizmente apenas 3% é doce. E mesmo sabendo dessa pequena porcentagem, ainda sim existe um enorme desperdício, só no Brasil, cerca de 39% de sua água tratada é desperdiçada, seja por vazamentos em tubulações já desgastadas, ou por ligações clandestinas que acabam sem controle nenhum do uso. Como já era previsto a escassez de água agora é uma realidade, como visto no ano de 2014, a cidade de São Paulo enfrentou um racionamento de água assustador, que infelizmente deve se repetir ainda mais forte em 2015, segundo especialistas entramos o período de seca como 17 % a menos de água se comparamos o mesmo período do ano passado.
Já prevendo a escassez da água doce, foram criadas tecnologias que hoje já permitem o tratamento da água salobra e do mar, pelo processo de dessalinização. Um processo físico-químico de retirada de sais da água, tornando-a doce, ou potável.
São 4 métodos hoje utilizados:
- Osmose inversa: Também conhecida como Osmose Reversa, ocorre quando se exerce forte pressão em uma solução salina. A água atravessa uma membrana semipermeável, dotada de poros microscópicos, responsáveis por reter os sais, os microorganismos e outras impurezas. Desta forma, o líquido puro se “descola” da solução salgada, ficando separado em outro local (mais comum encontrado no Brasil).
- Destilação Multiestágios: Neste processo, utiliza-se vapor em alta temperatura para fazer com que a água do mar entre em ebulição. O nome multiestágios se dá por conta da passagem da água por diversas células de ebulição-condensação, garantindo um elevado grau de pureza.
- Dessalinização Térmica: É um dos processos mais antigos, imitando a circulação natural da água. O modo mais simples, a "destilação solar", é utilizada em lugares quentes, com a construção de grandes tanques cobertos com vidro ou outro material transparente. A luz solar atravessa o vidro, a água do líquido bruto evapora, os vapores se condensam na parte interna do vidro, transformando-se novamente em água, que escorre para um sistema de recolhimento. Dessa forma, separa-se a água de todos os sais e impurezas. Em lugares frios ou com carência de espaço, esse processo pode ser feito gerando-se calor através de energia. A melhor solução, neste caso, é a utilização de energia solar, que é mais barata, não consome recursos como petróleo e carvão e não agride o meio ambiente.
- Congelamento: É um processo que ainda exige estudos de viabilidade e novas tecnologias. Nele, a água do mar ou salobra é congelada. Quando a congelamos, produzimos gelo puro, sem sal. Então através do congelamento/ descongelamento obtêm-se água doce. Esse método não foi testado em larga escala, porém, existem propostas para a exploração das calotas polares (onde está boa parte da água doce do planeta) para obtenção de água pura. Mas isso é demasiadamente caro e só seria utilizado como última opção.
Mas seria viável essa dessalinização?
Esse tipo de tratamento é muito mais caro que o convencional, estimasse um custo cinco vezes maior. É viável para países que não possuem muitas reservas de água, como a Arábia Saudita, Israel e Kuwait. No Brasil ele já é utilizado em cerca de nove estados, mais comum na região nordeste, onde é feita o tratamento de água salobra
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