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DEPARTAMENTO ENGENHARIA CIVIL ALUMÍNIO E SUAS LIGAS

Por:   •  14/11/2017  •  8.095 Palavras (33 Páginas)  •  461 Visualizações

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Atualmente, os Estado Unidos e o Canadá são os maiores produtores mundiais de alumínio. Entretanto, nenhum deles possui jazidas de bauxita em seu território, dependendo exclusivamente da importação. O Brasil tem a terceira maior reserva do minério no mundo, localizada na região amazônica, perdendo apenas para Austrália e Guiné. Além da Amazônia, o alumínio pode ser encontrado no sudeste do Brasil, na região de Poços de Caldas (MG) e Cataguases (MG) e no Pará.

OBJETIVO:

Pesquisar o Alumínio e suas ligas para ampliar o conhecimento sobre esse elemento tão utilizado na indústria, principalmente na construção civil.

SUBOBJETIVOS:

Identificar as características física e mecânica dessa liga não ferrosa.

Reconhecer as vantagens e desvantagens de se trabalhar com o alumínio e suas ligas.

Entender por que esse metal é tão importante para a indústria mundial.

JUSTIFICATIVA:

Esta pesquisa se faz necessário em virtude de precisarmos ampliar nosso conhecimento, no que diz respeito ao material em estudo, como futuros engenheiros que seremos e entendermos que a tomada de decisão para seleção de materiais, necessita que tenhamos alguma familiaridade com as características gerais de uma ampla variedade de metais e suas ligas, assim como de outros tipos de materiais. Desta forma, esta pesquisa contribuirá para ampliar o nosso conhecimento no que tange, nesse estudo, apenas ao alumínio e suas ligas e reconhecer a importância de sua utilização na indústria e na engenharia civil.

HISTÓRIA

O alumínio é um metal que desde os primórdios da humanidade vem sendo utilizado pelo homem, sejam para adornos, cosméticos, corantes de tecidos ou produtos medicinas. Isto ocorreu antes mesmo de Cristo, pois civilizações como a Pérsia, o Egito e a Babilônia o utilizaram dessa forma. Só no Séc.XIX (1809) é que ele foi obtido, pela primeira vez, por fundição do ferro na presença do alumínio, por Humpherey Davy.

Em 1821, no sul da França, perto da aldeia de Lês Baux, o francês P.Berthier descobriu um minério avermelhado, que continha 52% de óxido de alumínio, que é o minério mais comum do alumínio. Daí decorrendo o nome de bauxita.

Na Dinamarca (1825), o físico dinamarquês, Hans Christian Orested isolou o alumínio a partir do cloreto de alumínio que é a forma como é conhecida hoje.

Somente em 1854, é que se obteve o alumínio por via química e foi realizada por Henry Saint-Claire Deville. No ano seguinte, Deville expôs em Paris, o primeiro lingote de um metal bem mais leve que o ferro, obtido pela redução eletrolítica da alumina dissolvida em banho fundido de criolita. Esse procedimento foi desenvolvido separadamente pelo norte-americano Charles Martin Hall e pelo francês Paul Louis Toussaint Héroult, que o descobriram e o patentearam quase que simultaneamente. Esse processo ficou conhecido como Hall-Heróult e foi o que permitiu o estabelecimento da indústria global do alumínio, pois obtiveram o metal puro.

No Brasil, data de 1945, na cidade de Ouro Preto (MG), a produção do primeiro lingote de alumínio do Hemisfério Sul, na fábrica da Elquisa.

A HISTÓRIA DA INDÚSTRIADO ALUMÍNIO NO MUNDO

A partir da descoberta de Hall e Heróult é que o alumínio começou a ser produzido industrialmente, ou seja, a partir de 1886, pois eles conseguiram o metal puro a partir da dissolução eletrolítica de óxido de alumínio (alumina), em banho de criolita. Sendo este o principal processo de utilização de produção do alumínio.

Porém a impulsão da indústria para produzir o alumínio só ocorreu mesmo, durante a primeira grande guerra mundial e, desde então, tem ocupado uma posição mundial altamente estratégica, por atender praticamente todos os setores da economia.

No início a produção do alumínio era muito alta, encarecendo suas aplicabilidades que eram limitadas a pequenos trabalhos luxuosos. Com o desenvolvimento dos processos industriais, o metal passou a estar disponível em grandes quantidades.

O primeiro milhão de toneladas de produção anual do minério foi atingido em 1917, quase ao final ainda da primeira guerra, quando a mineração havia se expandido para a Áustria, Hungria, Alemanha e Guiana Britânica, na América do Sul.

Por volta de 1943, final da Segunda Guerra Mundial, os maiores produtores de bauxita eram os Estados Unidos, a Guiana Britânica, Hungria, Iugoslávia, Itália, Grécia, Rússia, Suriname, Indonésia e Malásia.

Em 1952, a Jamaica iniciou intensa mineração de bauxita, ultrapassando o Suriname, que foi por anos o maior produtor. Na década de 1960, a Austrália e Guiné juntaram-se aos países mineradores.

Com o aumento da produção no final do Séc. XIX, as indústrias de alumínio começaram a trabalhar na produção de ligas de alumínio com propriedades mecânicas mais elevadas. E ele foi gradualmente sendo utilizado em utensílios de cozinha e nos painéis dos primeiros automóveis, que eram revestidos com alumínio puro.

HISTÓRIA DA INDÚSTRIA NO BRASIL

Segundo a ABAL (Associação Brasileira do Alumínio), as primeiras referências sobre a bauxita no Brasil, datam de 1917, quando surgiu a Companhia Paulista de Artefatos de Alumínio (CPAA), que registrou a marca Rochedo dando inicio a fabricação de placas fundidas para automóveis.

Em 1928 a Escola de Minas e Ouro Preto ocorrem duas iniciativas para a implantação da produção do alumínio, na época a Elquisa – Eletro Química Brasileira S/A e a CBA – Companhia Brasileira de Alumínio (SP), foram às pioneiras na mineração no Brasil, embora a quantidade extraída por elas, tenha sido insuficiente para atender à demanda.

Devido o excesso de produção mundial de alumínio a Elquisa teve dificuldade em comercializar seu produto.

Na década de 1930, a O.R. Muller, instalada em São Paulo, consolidou-se no ramo de produção de bisnagas de alumínio, utilizando matéria-prima importada, pois as nossas indústrias eram totalmente dependentes das importações do produto primário.

A produção em definitivo no Brasil se deu em 1938 em Ouro Preto (MG) com o apoio do então presidente Vargas. E a produção e consolidação de

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