Fungos: Chytridiomycota, Zygomycota, Ascomycota e Basidiomycota
Por: YdecRupolo • 16/6/2018 • 4.354 Palavras (18 Páginas) • 582 Visualizações
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Hifas especializadas, conhecidas como rizoides, fixam alguns tipos de fungos aos substratos. Fungos parasitas frequentemente têm hifas especializadas similares, chamadas haustórios, os quais absorvem o alimento diretamente das células de outros organismos.
Nos fungos, a Mitose e a Meiose são diferentes
Uma característica importante e distintiva dos fungos é a divisão nucelar. Nesses organismos, os processos da meiose e da mitose são diferentes daqueles que ocorrem nas plantas, nos animais e em vários protistas. Na maioria dos fungos, a carioteca não se desintegra e se refaz, mas faz uma constrição próximo ao ponto médio entre os dois núcleos filhos. Em outros, a carioteca se rompe próximo à região mediana. Também, na maioria dos fungos, o fuso se forma dentro do núcleo, mas em alguns Basiodiomycota parece formar-se no citoplasma e direcionar-se para o núcleo. Com exceção das quitrídias, todos os outros fungos não têm centríolo, formando estruturas típicas chamadas corpos centriolares, que aparecem junto aos pólos do fuso. Os corpos centriolares e os centríolos funcionam como centros organizadores de microtúbulos durante a mitose e a meiose.
Os fungos reproduzem-se Assexuada e Sexuadamente
Os fungos se reproduzem por meio da formação de esporos sexuados e assexuados. Exceto nas quitrídias, esporos imóveis são característicos nos fungos. Muitos esporos são “secos” e muito pequenos. Eles podem permanecer no ar por longos períodos e serem carregados a grandes alturas e por grandes distâncias. Essa característica ajuda a explicar a ampla distribuição de muitas espécies de fungos. Outros esporos apresentam mucilagem e aderem aos corpos dos insetos e outros artrópodes que se encarregam de espalhá-los de um lugar para outro. Os esporos de muitos fungos também podem ser ejetados balisticamente no ar. As cores vivas e texturas pulverulentas frequentemente vistas nos fungos são devidas aos esporos. Contudo, certos fungos nunca produzem esporos.
O método mais comum de reprodução assexuada é por meio de esporos, que são produzidos em esporângios ou em células especializadas chamadas células conidiogênicas. Os esporos produzidos em células conidiogênicas são únicos (solitários) ou em cadeias e recebem o nome de conídios. O esporângio é uma estrutura em forma de saco, como todo o conteúdo convertido em um ou mais - geralmente muitos – esporos. Todos os fungos reproduzem-se assexuadamente por fragmentação das hifas.
A reprodução sexuada nos fungos compreende três fases distintas: plasmogamia, cariogamia e meiose. As duas primeiras fazem parte da singamia ou fecundação. A plasmogamia (fusão dos protoplastos) precede a cariogamia (fusão de núcleos). Em algumas espécies, a cariogamia ocorre imediatamente após a plasmogamia, enquanto em outras, os dois núcleos haploides não se fundem por um tempo, formando um dicário (“dois núcleos). A cariogamia pode não ocorrer por meses ou mesmo por anos. Durante esse tempo, os pares de núcleos podem dividir-se sequencialmente, produzindo um micélio dicariótico. Finalmente, os núcleos fundem-se dentro de uma estrutura reprodutiva, formando um núcleo diploide, o qual logo passa por meiose, restabelecendo a condição haploide. A reprodução sexuada resulta na formação de esporos especializados, tais como zigósporos, ascósporos e basidiósporos.
É importante enfatizar que a fase diploide no ciclo de vida de um fungo é representada apenas pelo zigoto. A meiose tipicamente ocorre após a formação do núcleo zigótico; em outras palavras, a meiose, nos fungos, é zigótica. A estrutura que produz gametas é chamada gametângio. Os gametângios podem formar células sexuadas chamadas gametas ou simplesmente conter núcleos que funcionam como tal.
Fungos e animais provavelmente tiveram origem a partir de um protista colonial
Incluímos no reino Fungi quatro filos: Chytridiomycota, Zygomycota, Ascomycota e Basidiomycota. Atualmente parece que as quitrídias representam a linhagem que se ramificou primeiro, e a condição flagelada – representada pelos zoósporos com flagelos – é um caráter primitivo que permaneceu neste grupo desde sua evolução a partir de protistas flagelados. Além disso, há evidências moleculares mostrando que os animais e os fungos divergiram de um ancestral comum, semelhante a um protista colonial, lembrando um coanoflagelado. Se, de fato, os fungos mais primitivos foram organismos aquático flagelados, os ancestrais de Zygomycota, Ascomycota e Basidiomycota provavelmente perderam sua fase flagelada no início de suas histórias evolutivas. Embora, o reino Fungi pareça ser uma linha monofilética cuja relação é mais próxima aos animais do que a qualquer outro reino, as inter-relações dentro de Fungi são ainda incertas.
Quitrídias: Filo Chytridiomycota
Os Chytridiomycota ou as quitrídias são predominantemente aquáticos, consistindo em cerca de 790 espécies. Solos de vários tipos, de beiras de represas de rios, e mesmo de desertos são também habitados por quitrídias, bem como o rúmen de mamíferos herbívoros, como o gado. As quitrídias são muito variadas, não somente na forma, mas também no seu ciclo de vida. A parede celular contém quitina, e, como nos outros fungos, as quitrídias armazenam glicogênio. A meiose e a mitose nas quitrídias lembram os mesmos processos que ocorrem nos outros fungos, isto é, são intracelulares, o envoltório nucelar permanecendo intacto até a telófase tardia, quando então se rompe na região mediana, refazendo-se ao redor dos dois núcleos filhos.
Quase todas as quitrídias são cenocíticas, com poucos septos na maturidade. Distinguem-se dos outros fungos principalmente pelas células móveis características (zoósporos e gametas), a maioria contendo apenas um único flagelo liso e posterior. Algumas quitrídias são organismos unicelulares simples, não desenvolvendo micélio. Nessas, o organismo todo transforma-se em estrutura reprodutiva no momento apropriado. Outras quitrídias possuem rizoides finos que penetram no substrato e servem como âncora. Algumas espécies de quitrídias são parasitas de algas, protozoários, oomicetos aquáticos e de esporos de grãos de pólen e outras partes da planta.
As quitrídias no geral exibem vários modos de reprodução. Algumas espécies de Allomyces, por exemplo, têm alternância de gerações isomórficas, enquanto em outras, a alternância de gerações é heteromórfica – os indivíduos haploides e diploides não se parecem um com o outro. A alternância de gerações é
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