MORFOLOGIAS E ARRANJOS CELULARES – BACTÉRIAS, FUNGOS E PROTISTAS

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A microbiologia é dividida em aplicada é a básica. A básica estuda a natureza e as propriedades desses microrganismos, como por exemplo, morfologia, fisiologia, genética entre outras, já o estudo da aplicada é voltado para as áreas medicinal, industrial e ecológica.

E muito difícil estudar um microrganismo individualmente devido ao seu tamanho, por isso então é feita uma análise de culturas que são compostas por milhões ou até bilhões de organismos em uma única lâmina. Através dessa analise na cultura é possível classificar e identificar um microrganismo. (BOSSOLAN, 2002).

2 Microrganismos

2.1 Bactérias

A morfologia bacteriana é caracterizada pela forma, tamanho e arranjo, ou seja, o seu aspecto externo e como estão agrupadas. Já o estudo das estruturas celulares internos nos dará a percepção de como seria o seu funcionamento no ambiente. (2006).

2.1.1 Forma, arranjo e tamanho.

Quanto à forma da bactéria ela pode apresentar as seguintes formas: cocos, bacilos, vibriões e espirilos.

Os espirilos são formas helicoidais ou espiraladas, elas ocorrem predominantemente como células isoladas (Figura 1).

Os vibriões são bactérias curtas com hélices incompletas, dando lhe a forma de vírgula (Figura 1).

A forma de coco pode apresentar algumas variações dependendo de seu agrupamento, então teremos algumas outras formas, diplococo, estreptococos e estafilococos. O diplococo é a junção de dois cocos, com o enfileiramento de vários cocos obtemos os estreptococos, e por fim com os agrupamentos de vários cocos de forma desordenada temos os estafilococos (Figura 1).

Os bacilos possuem forma de bastonetes, e também podem apresentar variações obtendo formas como diplobacilos, estreptobacilos, paliçada e tricomas. A representação dos diplobacilos e dos estreptobacilos segue a mesma linha de raciocínio dos diplococos e estreptococos, já a paliçada é o alinhamento de vários bacilos lado a lado, e o tricomas é agrupamentos formando uma cadeia, onde encontramos uma área de contado entre eles muito maior do que a encontrada nos estreptobacilos (Figura 1).

O tamanho médio de uma bactéria na maioria das vezes é de 1-10 µm, e sua unidade de medida é o micrometro. (MAIA, 2004).

[pic 1]

Figura 1: Representação das formas bacterianas. [a] microrganismos bacterianos em formatos de coco. [b] microrganismos bacterianos em formato de bacilos. [c] microrganismos bacterianos em formatos em formato de vibriões. [d] microrganismos bacterianos em formatos de espirilos. (2004).

2.1.3 Citologia

Na citologia observaremos as estruturas celulares internas e externas de uma bactéria. A aparência externa é representada pelas seguintes estruturas, Flagelos, Fímbrias, Parede Celular, Glicocalice, Cápsula, membrana Citoplasmática e mesossomos. Já nas estruturas mais internas encontraremos citoplasma, ribossomos, grânulos de reserva, Área nuclear e esporos. Podemos observar estas estruturas na figura 3. (2006).

Flagelos são organelas que auxiliam no movimento celular, formados por uma estrutura proteica (Flagelina), possuem três partes, o corpo basal, uma estrutura curta em forma de gancho e um longo filamento helicoidal.

As fímbrias ou PÍlis são organelas filamentosas, mas sensíveis e menores que os flagelos, são constituídos de uma proteína chamadaPilina. Sua função na célula é a troca de material genético e na aderência nas superfície mucosas. Elas podem ser retiradas sem comprometer à célula e são de rápida regeneração.

A cápsula ou glicocálice é a estrutura celular que muitas bactérias apresentam como uma forma de resistência aos meios externos desfavoráveis ou até mesmo na luta contra o processo de fagocitose, outra função é a aderência em superfícies e também é usada como reservatório de alimentos. Ela está acoplada firmemente a parede celular, e quando ela se encontra sem qualquer forma ou aflouxada é denominada camada limosa.

A Parede celular recobre a membrana plasmática, e está situado a baixo do glicocálice, ela é responsável por dar formas as bactérias, protegê-las e manter a pressão osmótica. A partir destas estruturas podemos diferenciar as células Gram positivas das Gram negativas, ou seja, dependendo da composição química dessa carcaça.

A membrana citoplasmática é responsável por separar o citoplasma da parede celular. E constituída de lipídeos e proteínas, ela desempenha uma papel muito importante na permeabilidade seletiva da célula.

Os mesossomos podem ser profundos, centrais e periféricos dependendo da profundidade onde são encontrados no citoplasma, eles estão envolvidos na secreção de enzimas.

O citoplasma é um meio fluido denso onde acontecem várias reações químicas e onde encontramos várias organelas. Ele se encontra envolto pela membrana citoplasmática.

O ribossomo de aparência granular se encontra dentro do citoplasma, é responsável pela síntese proteica.

Os grânulos de reserva substituem os vacúolos nas células procariontes, constituídos por polímeros insolúveis como, por exemplo, polímeros de glicose e lipídeos.

A área nuclear e composta por nucleóide e plasmídeo. O nucleóide é onde encontramos todas as informações necessárias á sobrevivência da célula e é composto por uns únicos cromossomos. Os plasmídeos dão a capacidade para as células bacterianas da autoduplicação independente da replicação dos cromossomos.

Os esporos são exclusivos das bactérias e são chamados de endósporos, eles dão a bactéria resistência aos agentes físicos e químicos, como uma forma de sobrevivência. (2004).

3 Cultivos de bactérias

Para o Estudo preciso de microrganismo é fundamental termos condições laboratoriais, e necessários ter o conhecimento de quais são seus hábitos alimentares e suas condições de temperatura.

As bactérias são divididas em Fototróficos e Quimiotróficos. As bactérias fototróficas são aquelas que produzem sua energia através da captação de luz radiante, como exemplo, as fotolitotróficas, que também são denominadas bactérias autotróficas. As fotorganotróficas são classificadas como fototróficas, porém