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A Patologia Geral

Por:   •  1/2/2018  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  267 Visualizações

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A célula normal fica confinada a uma amplitude bastante estreita de função e estrutura por seus programas genéticos de diferenciação e especialização, pelas imposições das células vizinhas, pela disponibilidade de substratos metabólicos e pelas capacidades finitas de suas vias metabólicas primárias e alternativas. Diz-se que a célula normal se encontra em um "estado de equilíbrio" (steady state) homeostático, capaz de satisfazer as demandas fisiológicas. Os estresses ou estímulos externos ligeiramente mais excessivos podem produzir inúmeras adaptações celulares na qual se alcança um estado de equilíbrio novo, porém alterado, mas na qual a célula continua viável (hipertrofia/músculos de halterofilistas p.e.). Mas se os limites da capacidade adaptativa forem ultrapassados, ou quando não é possível nenhuma resposta adaptativa, segue-se uma seqüência de eventos denominada arbitrariamente lesão celular, que pode variar de ligeira a letal. A lesão celular é reversível até certo ponto, porém se o estímulo persiste ou se for suficientemente intenso desde o início, a célula alcança um ponto sem retorno e sofre lesão celular irreversível e morte celular (exemplo: isquemia do miocardio por 10 a 15 minutos- lesão reversível; por uma hora já é irreversível). Assim sendo, adaptação, lesão reversível e morte celular devem ser consideradas como estados ao longo de um contínuo de intromissão progressiva na função e estrutura normais da célula. Se tipos específicos de estresses induzem uma resposta adaptativa, uma lesão reversível, ou morte celular depende da natureza e intensidade do estresse e de muitas outras variáveis relacionadas com o estado intrínseco da própria célula.

De forma simplificada estímulos lesivos (estressantes) podem induzir na célula ou tecido afetado: 1. adaptação (atrofia, hipertrofia, hiperplasia, metaplasia); 2. degeneração (acúmulos intracelulares, alterações pigmentares e outros) 3. morte celular Os limites entre estes são imprecisos

A morte celular é o resultado extremo da injúria celular e um dos eventos mais importantes da patologia. A morte celular é também, entretanto, parte integrante de processos fisiológicos e essencial na manutenção da homeostasia orgânica. Assim a morte celular é crítica para a embriogênese normal, desenvolvimento do tecido linfóide e involução determinada por hormônios. São conhecidos dois padrões morfológicos de morte celular: necrose e apoptose. A primeira é a forma mais comum após estímulos injuriantes e o segundo, um processo mais regulado, está mais envolvido na eliminação de populações celulares indesejáveis ao longo de processos fisiológicos, embora possa também ocorrer em processos patológicos.

Causas da lesão celular

Há numerosas causas de lesões celulares, porém as mais comuns são a hipóxia, lesão química e lesões produzidas por agentes infecciosos. Em particular, a lesão isquêmica (por hipóxia) pode ser um caminho através do qual outros agentes lesivos podem atuar. De uma forma geral podemos agrupar as causas nos seguintes grupos:

* hipóxia (por isquemia p.e. e que é perda da irrigação sangüínea de um tecido no caso de trombos, falência cardiovascular e outros);

* agentes físicos (traumatismo mecânico, extremos de temperatura, radiação, choque elétrico e outros);

* drogas e agentes químicos (virtualmente qualquer substância química pode causar injúria, mesmo substâncias como o oxigênio em altas pressões parciais, glicose e sal, se suficientemente concentrados, venenos ao alterarem a permeabilidade da membrana celular, a homeostase osmótica ou a integridade de uma enzima ou de um cofator, medicamentos e outros);

* agentes biológicos (vírus, micoplasmas, clamídias, riquétsias, bactérias, fungos, protozoários, helmintos e ectoparasitas);

* reações imunológicas (reações anafiláticas, doenças autoimunes);

* defeitos genéticos (sindrome de Down, anemia falciforme p.e.);

* envelhecimento (diminuição na capacidade de reagir, se adaptar a estímulos externos)

* desequilíbrios nutricionais (hipovitaminoses, excessos nutricionais p.e.).

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