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Estação Carandiru

Por:   •  29/3/2018  •  1.127 Palavras (5 Páginas)  •  222 Visualizações

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Para cada inobservância as regras, consequentemente havia uma pena correspondente, em via de regra, era aplicada a pena capital com relação à desobediência as normas da cadeia, como desrespeitar a mulher do próximo, não ter higiene pessoal, não manter a higiene com relação aos alimentos, ou simplesmente deixar de observar as regras com relação à convivência com os demais presos na própria cela, ou seja, regras sociais conforme o ambiente carcerário exigia, educação comportamental (não palitar os dentes enquanto algum detento ainda estivesse se alimentando), atitudes banais que por mais simples que podiam parecer, podiam custar a vida de quem desrespeitasse.

A leitura do Livro Estação Carandiru mostra ao leitor uma realidade desconhecida, conduzindo-o a um contato reflexivo de outra visão do sistema prisional brasileiro, pois a leitura transporta o leitor para o interior de um mundo desconhecido pela sociedade em geral, pois em sua grande maioria a sociedade considera os que escolhem viver a sua margem, como lixo que em se tendo oportunidade, ardilosamente é escondido sob o tapete da hipocrisia e da insensibilidade. Os apenados desprovidos de necessidades básicas são entulhados e esquecidos, sob pretexto de terem escolhido viver assim.

Cada homem confinado no sistema prisional travava uma luta diária e continua pela sua sobrevivência, sobrevivência que era mantida pela obediência às regras paralelas estabelecidas, a pratica da violência desmedida cada um tinha como imperativo absoluto, violência esta que naquele dia 02 de outubro do ano de 1992 originou também o denominado massacre do Carandiru, pois foi através de um acerto de contas (briga) na Rua Dez, o palco dos costumeiros acertos, que um tumulto generalizado tomou conta do Pavilhão 9, culminando fatidicamente com a Invasão da Tropa de Choque da Polícia Militar do Estado de São Paulo, consequentemente a morte de cento e onze (111) apenados, números oficiais, pois os números extra oficiais deram conta de ter ultrapassado duzentos e cinquenta (250) mortos.

O livro “Estação Carandiru” é um livro necessário e diria que toda sociedade brasileira deveria tomar conhecimento de seu integral teor, para conhecer a realidade carcerária em nosso pais, percebendo assim que, mesmo invisíveis aos olhos da grande maioria por estarem debaixo do tapete da sociedade, eles existem e devem ser tratados como seres humanos, em que pese alguns terem aberto mão dessa condição de ser humano, mas somos todos responsáveis por separar o joio do trigo e identificar realmente aqueles com potencial de regeneração e com possibilidades de reinserção social, por uma simples questão de humanidade, afinal de contas, somos todos seres humanos, ou será que não?

Profª. Drª. Maria do Rosário Abreu e Souza

Aluno: Adão Américo Rodrigues

RA: 816463 - Curso: Direito / 4ª Etapa

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