Analise Critica do filme Relatos Selvagens
Por: Hugo.bassi • 8/10/2018 • 1.017 Palavras (5 Páginas) • 315 Visualizações
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O sexto e última história, fala da noiva que descobri a traição após dizer sim no altar e no dia da festa de seu casamento, e inclusive a amante também estava na festa. O clima de alegria acaba com a noiva desconfia que uma de suas convidadas poderia ser amante de seu recente marido. Como o marido nem desmente e nem confirma a história durante a dança dos noivos, a cerimonia começa a desmoronar a partir daqui. Ao invés de se alterar e retira-se de seu próprio casamento, a noiva decide pagar com a mesma moeda a traição sofrida e então converte a festa num autêntico inferno para o noivo, para a família dele e para a amante também, fazendo com que eles ficassem constrangidos e expondo ao ridículo.
O que faz ligação entre essas histórias são as suas motivações, como a raiva, vingança, violência, frustação, impotência, traição e muitos outros sentimentos que estão fixados e são incentivados nas situações que o dia a dia nos propõe, além do fato que em todas as histórias os personagens decidem fazer justiça com as próprias mãos. O filme submete-se a uma reflexão sobre o relacionamento de civilidade que se tem com o outro, que pode ir do parceiro até um desconhecido, e vale ressaltar que o fio da lógica social acaba se rompendo quando há um acesso de fúria desenfreada.
Quando a consciência aumenta o lado primitivo da incapacidade de compreender o próximo, entende-se que as reflexões estão sendo voltados para o eu e que a obrigação por essa orientação possa ser a cultura, o seguimento é a inteligência utilizada de forma bárbara e animalesca, que tem como finalidade quase sempre destrutiva. Montaigne traz relatos sobre os selvagens, e diz que: "podemos, portanto, de fato chamá-los de bárbaros quanto às regras da razão, mas não quanto a nós mesmos que os superamos em toda sorte de barbárie". Controlar os instintos e distanciar o homem da bestialidade têm sido sempre o papel da consciência, através desse controle pode-se exercer a cidadania e coexistir de uma forma tranquila com os interesses dos demais e os nossos.
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