A Sociologia de Durkheim
Por: Sara • 19/4/2018 • 2.501 Palavras (11 Páginas) • 352 Visualizações
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Somente a partir do desenvolvimento das idéias de Durkheim que a Sociologia passou realmente a existir com método e objetivos claros e definidos. Pode-se dizer que se Durkheim não foi o pai da idéia (Comte), ele realmente foi o pai da Sociologia como ciência. Ele principia seu trabalho na reflexão e no reconhecimento da existência de uma consciência coletiva". Influenciado pelas idéias evolucionistas ele parte do princípio que o homem seria um animal selvagem que se tornou HUMANO porque se socializou, ou seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes, maneiras de agir características de seu grupo social que permitiria sua convivência dentro do mesmo (atentem para que aqui já existe o conhecimento de processos culturais diferentes). A este processo de aprendizagem chamou SOCIALIZAÇÃO, sendo que uma "consciência coletiva" seria formada durante a )socialização.
O conjunto de fatos sociais de uma determinada sociedade se constituiria em representações letivas que formam a consciência coletiva, - somatória de todos os fatos sociais de ;terminada sociedade. O próprio Durkheim fala de representações coletivas como "(...) o produto de uma imensa cooperação que se estende não apenas no espaço, mas no impo também; para fazê-las, uma multiplicidade de espíritos associaram-se, misturara combinaram suas idéias e sentimentos; longas séries de gerações acumularam nelas ia experiência e sabedoria. Uma intelectualidade muito particular, infinitamente mais rica e mais complexa do que a do individuo está ai concentrado". Dessa forma ele está querendo salientar que a construção de um modelo social, modelo de regras coletivas e modelo de atuação particular (individual), passam pela construção que se realizou ao longo dos mais variados períodos históricos.
As maneiras de ser e os modos de agir exercem uma coação no sentido de que o individuo rume por determinadas condutas ou por determinadas maneiras de sentir (expectativas de modos de agir/ação). Constituem uma realidade objetiva e externa ao sujeito e tem a capacidade de influenciar e até mesmo de obrigá-lo a agir de determinadas formas. À medida que esse sujeito caminha na direção da violação de alguma regra ou costume, vai de encontro uma sanção, que pode variar desde uma reprimenda a um enquadramento no código vil/penal: pagamento de multas, prisão, etc.A incorporação das regras morais, através de um processo de educação, exige em um primeiro momento, um esforço pessoal do individuo no sentido de seu cumprimento, com o tempo ficam tão arraigadas que as expectativas sociais fundem-se com as particulares. Para que não se sofra sanção o sujeito passa a desejar tudo o que é socialmente veiculado como certo, ou seja, vai tomando como seu os ideais coletivos, incorporando uma consciência coletiva que tem, existência própria, acima do individual, exercendo pressão sobre o individuo poder coercitivo.
Portanto, haveria maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao individuo, exercendo um poder coercitivo sobre os mesmos, que caracterizariam os "fatos sociais". Os fatos sociais são criados a partir da maneira como a sociedade percebe a si mesma e ao mundo ao seu redor, podendo ser explicados por intermédio dos efeitos sociais que produzem. O fato social é experimentado pelo individuo como uma realidade independente, que ele não criou. São fatos sociais de uma sociedade seus mitos, suas lendas, suas concepções religiosas, suas crenças morais, etc. Alguns fatos sociais possuem um formato bem definido em seus contornos: as chamadas maneiras sociais, as regras da esfera jurídica, as regras morais os dogmas religiosos, o sistema financeiro,etc.
Para ser caracterizado como fato social tem que atender a 3 características: generalidade, exterioridade e coercitividade. Os fatos sociais atingem a toda a sociedade, que constitui um todo integrado. Se tudo na sociedade está interligado, qualquer alteração afeta toda a sociedade. (ex. as transformações da Revolução industrial). Partindo deste raciocínio ele desenvolve dois dos seus principais conceitos: Instituição social e anomia.
Instituto Social:mecanismo de proteção da sociedade — conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos e sancionados pela sociedade, cuja estratégia é manter a organização do grupo e satisfazer as necessidades do indivíduo que dele participam. As instituições são conservadoras por essência, quer seja: família, escola,governo,polícia ou qualquer outra, elas agem fazendo pressão contra mudanças, pela tenção da ordem.Durkheim deixa bem claro em sua obra o quanto acredita que essas instituições são valorosas e Parte em sua defesa, o que o deixou com uma certa reputação de conservador, que durante tempo causou antipatia por sua obra. Porém o intuito de Dukheim era explicitar que o ser humano precisa sentir-se seguro, protegido e respaldado. Uma sociedade sem regras claras, sem valores ou com valores em mudança, sem limites leva o ser humano ao Desespero ( ex. a nova configuração do Iraque). Preocupado com esse desespero ele estudou a criminalidade, o suicídio e a religião.
Anomia: O termo anomia se originou da observação de Durkehim sobre o contexto hitórico-social presente no século XIX, onde as instituições sociais encontravam-se enfraquecidas e em transformação (resultado da Revolução industrial/ Revolução Francesa). Os problemas que ele observou ele considerou como uma patologia social identificando uma sociedade “anomana". Daí surgindo o termo anomia - era a grande inimiga da sociedade, algo que devia vencido, e a sociologia era o meio para isso. Portanto, anomia refere-se a ausência ou desintegração das normas sociais.
O papel do sociólogo seria entender e ajudar a sociedade. A primeira regra estabelecida por Durkheim para a observação dos fatos sociais pelos sociólogos é considerá-los como coisas. Para tanto se deve afastar sistematicamente de suas crenças e expectativas pessoais, da maneira mais neutra possível, tomando os fatos sociais como uma realidade externa e objetiva. Na tentativa de "curar" a sociedade ele escreve "A divisão do trabalho social", onde ele descreve a necessidade de estabelecer uma solidariedade organica entre os membros da sociedade .
Solidariedade, coesão social , e os dois tipos de consciência. 3....Kheim é reconhecido como um dos melhores teóricos sobre o conceito de coesão social. Pa-a ele a solidariedade social é a grande responsável pela coesão surgida entre os indiivíduos, que os mantém em sociedade, lutando contra ameaças externas. O sujeito é dotado de uma consciência individual e de uma coletiva. Ele cita o processo adicional formal
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