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OS SISTEMAS ECONÔMICOS

Por:   •  26/3/2018  •  2.682 Palavras (11 Páginas)  •  252 Visualizações

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Com o enfraquecimento dos feudos e a centralização do poder nacional, o início da era mercantilista transformou a política na Europa. Devagar, forma-se uma economia nacional relativamente integrada com a direção pelo estado central das forças materiais e humanas. O governo central passou a fazer a criação de universidades e a realização de empreendimentos, tais como navegações, com a responsabilidade de abrir a mente das pessoas. No nível internacional, as descobertas marítimas e a abundância de metais preciosos descolaram o seu eixo econômico do Mediterrâneo para novos centros, como Londres (Inglaterra), Amsterdã (Holanda), Bordéus (França) e Lisboa (Portugal).

Até o momento, a ideia mercantilista seria que a riqueza do país era medida através do afluxo de metais preciosos. Esse afluxo excessivo de ouro e prata provocou na Espanha uma inflação que chegou a 20% a.a. na Andaluzia, entre 1561 a 1582. Com o objetivo de garantir abundancia de metais preciosos, os Mercantilistas sugeriram aumentar as exportações e controlar as importações.

Na França, o mercantilismo começou a se manifestar através do Colbertismo, ideais de Jean Baptiste Colbert (1619 – 1683). Ministro das Finanças de Louis XIV, Colbert conseguiu controlar toda a administração pública e proteger a indústria e o comércio. Também foi responsável pela chegada de importantes artesãos, criação de fábricas estatais tais como a Academia de Ciências e o Observatório Nacional e a reorganização das finanças públicas. Segundo ele, o estoque de metais preciosos seria aumentado pelas exportações e pelo desenvolvimento da manufatura.

Com a indústria protegida, as exportações se tornaram mais frequentes e com maior valor. Com esse objetivo, o estado passou a controlar os salários e os juros, para não elevar o custo de produção e assegurar vantagens competitivas no mercado internacional. O Colbertismo implicava na intervenção do estado em todos os domínios e caracterizava-se pelo protecionismo, ou seja, adoção de medidas pelo governo para proteger empresas nacionais contra a concorrência estrangeira.

Outro autor francês importante, embora afastado do pensamento mercantilista, é Richard Cantillon. Segundo ele, o principal fator para a formação de riqueza nacional está no trabalho e na terra. Devido ao valor das exportações serem maior que o das importações, a moeda ingressa no país. No entanto, um excesso de moeda eleva os preços internamente, provocando o encarecimento das exportações e o barateamento das importações.

Na Espanha, o mercantilismo não teve o mesmo caráter desenvolvimentista da França, porém, foi puro em sua essência. A preocupação principal era simplesmente aumentar a entrada de metais preciosos no país, sendo através do comércio internacional (aumento das exportações e controle de importações) ou pela exploração de minas no território das colônias.

Com a intenção de maximizar o saldo comercial e o fluxo de metais preciosos nas metrópoles, foi estabelecido um acordo com as colônias. Através desse acordo, todas as importações da colônia deveriam ser provenientes da metrópole, bem como suas exportações deveriam ser exclusivas para sua metrópole. O transporte de mercadorias também foi monopolizado pela metrópole Assim, seus ganhos foram aumentados, devido à margem extremamente grande para exportação e os preços mínimos para importação.

O sistema mercantilista não favoreceu a agricultura, à medida que todos os países procuravam importar o mínimo possível, mesmo com a escassez de recursos ou matéria prima. Isso teve origem na França, pelas altas taxas de importações cobradas por Colbert. Na época, a agricultura tinha o objetivo principal de tornar a colônia auto sustentável. A agricultura só aumentou depois do tratado das colônias com as metrópoles, pois as taxas para exportação foram diminuídas. Esse aumento no plantio causou um crescimento da população europeia, que dobrou entre os anos 1000 a 1300.

O principal contra do mercantilismo foi atribuir um valor excessivo em metais preciosos na concepção de riqueza. Todavia, sua contribuição foi decisiva, estendo as relações comerciais do âmbito regional para a esfera internacional. Também constituiu uma transição entre o feudalismo e o capitalismo moderno, pois, através do comércio, começou a formação de capitais financeiros que indiretamente financiaram a revolução tecnológica, percursora do capitalismo.

A ideia central do mercantilismo, de que acúmulo de metais preciosos era sinônimo riqueza, foi criticada por economistas e escolas fisiocrática e clássicas. Todavia, a valorização do estoque de metais preciosos transformou-se em segurança para pagamento das obrigações internacionais, contribuindo para redução das taxas de juros, estimulando investimentos, produção e emprego. Gradativamente os governos foram sendo influenciados pelo pensamento mercantilista.

2. CAPITALISMO

A formação da indústria capitalista iniciou-se a partir do sistema manufatureiro doméstico e artesanal. A princípio, o mercador fornecia somente a matéria prima ao artesão para a confecção do produto; mais tarde, passou a fornecer desde matéria prima, ferramentas e máquinas a local para trabalho; e por último, o mercador deixou de comprar o produto de artesãos diferentes, começou a contratar os funcionários necessários para a produção, dando origem as fábricas. Isso contribuiu para a formação de grandes capitais, expansão do mercado e, finalmente, o surgimento do trabalho salariado, iniciando o sistema capitalista.

Lentamente, o Estado tomou o lugar da igreja na função de supervisionar o interesse da coletividade, pois a igreja condenava a aquisição de bens materiais gerando conflito com os capitalistas.

O capitalismo é constituído por uma soma de bens, monetários e não monetários, possuídos por uma pessoa ou uma empresa, constituindo um patrimônio. Caracteriza-se pela busca do lucro, pela livre iniciativa e pela concorrência entre os indivíduos e as empresas. Sua principal finalidade é gerar renda.

O capitalismo passou por várias fases evolutivas. No mercantilismo, com o empobrecimento dos nobres, houve grande migração rural urbana, ocasionando no surgimento de cidades relativamente grandes que serviam de mercado para as cidades menores e para as áreas rurais. Os burgueses fizeram fortuna com o comércio, sendo que alguns deles criaram bancos e se dedicaram somente ao comércio internacional (séculos XIII e XIV).

A taxa de lucro é definida pelo o lucro absoluto menos a quantidade de dinheiro investido.

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