O IMPACTO DA AGRICULTURA FAMILIAR NA ECONOMIA BRASILEIRA
Por: Lidieisa • 4/10/2018 • 1.838 Palavras (8 Páginas) • 422 Visualizações
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Quantidade de terra por ha (hectare)
Quantidade de agricultores que possuem essa área, em %
Menos que 5
40
De 5 a 20
30
De 20 a 50
17
De 50 a 100
7,1
Mais que 100
5,9
Fonte: EMBRAPA (2014)
Na tabela 2 observa-se que a quantidade de terra em média que cada estabelecimento familiar possui. Deixando bem claro que a maioria dos agricultores trabalham em um pequeno espaço de terra.
O maior problema encontrado por eles é a tecnologia que vem avançando cada vez mais e esses produtores tem que acompanhar o avanço, porém encontram muitas vezes dificuldades para adquirir máquinas, equipamentos e a manutenção de sistemas, pois os equipamentos são caros e as condições não tão boas para adquiri-los, assim continuam a produção com equipamentos velhos e ultrapassados.
O mercado para esses agricultores também não facilita a vida dos mesmos, apenas os estados do Sul do Brasil apresentam mercado suficiente para a oferta de produtos vindos da agricultura familiar, tudo isso com a colaboração de prefeituras e de governos estaduais. A concorrência com grandes produtores e até com produtos de fora do país é fortíssima, precisando assim muitas vezes da interferência do governo para que o mercado escolha pelos produtos familiares. A região em que os agricultores familiares mais sofrem é Norte e Nordeste, devido ao próprio poder de investimento para avanços de produção, e também ao seu isolamento e distância dos mercados que podem comprar esses produtos. As dificuldades também estão presentes quando se trata de assistência técnica e de profissionais para auxiliar e orientar os agricultores, apenas 16% possui esse auxilio, ou seja, a maioria dos agricultores segue uma linha de conhecimento própria e sem a visão de evoluir os métodos de produção e até mesmo de programas que auxiliam na compra de maquinas e equipamentos que tanto melhorariam quanto aumentariam sua produção, podendo assim ofertar uma maior quantidade de produtos em uma qualidade melhor (GUANZIROLI, ROMEIRO e BUAINAIN, 2003).
Em 1990 com o intuito de melhorar as condições dos trabalhadores familiares foi criado o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Um dos avanços foi à criação de linhas de crédito para a agroindústria familiar, isso foi necessário devido ao grande aumento da especialização produtiva vinda de grandes agricultores, assim os agricultores familiares estavam perdendo espaço no mercado. Logo esse incentivo por parte do governo deixou de ser apenas municipal e estadual e se tornou nacional. Assim o governo facilita a compra de máquinas e equipamentos para os produtores e ele entram com a mão de obra e a matéria prima (WESZ JUNIOR, 2011). O PRONAF vem evoluindo cada vez mais e facilitando cada vez mais a vida dos agricultores. De acordo com a SEAD (2016), no plano safra 2015/2016 os agricultores familiares contrataram através do Pronaf R$ 22,1 bilhões de crédito para financiar a produção (Secretaria especial de agricultura familiar e desenvolvimento agrário, 2016).
Um dos programas mais importantes do governo federal dentro do Pronaf para com os agricultores familiares é o PAA (Programa de aquisição de alimentos), criado em julho de 2003 esse programa tem como finalidade fornecer para as escolas uma alimentação saudável com produtos muitas vezes orgânicos e o programa também serve para incentivar a agricultura familiar no Brasil. O governo compra do produtor alimentos produzidos por eles e fornece para escolas, creches entre outros da rede publica, levando renda ao produtor e levando uma alimentação saudável para o consumidor. (HESPANHOL,2013). Além do PAA podemos destacar também os seguintes programas: Pronaf alimentos é um importante programa de auxilio aos agricultores familiares também, que se refere a uma linha de crédito que auxilia a produção de 5 produtos da cesta básica brasileira: feijão, arroz, mandioca, milho e trigo; Pronaf semi árido que criou uma linha de crédito especifica para as regiões semi áridas para a construção de obras hídricas como cisternas e barragens para irrigações e o Pronaf jovem rural que oferece aos jovens que cursam o ultimo ano em escolas agrícolas no nível técnico médio, os quais tem idades entre 16 e 25 anos podendo acessar créditos até 50% superiores aos valores dos financiamentos de outros grupos (AZEVEDO E PESSÔA, 2011).
O governo vem tentando fortalecer esse tipo de agricultura, beneficiando o público consumidor e o público produtor. As devidas providências devem ser tomadas após serem analisadas as necessidades especificas de cada região ou de grupos de agricultores, temos casos em que sobra espaço para produção e falta capacidade de investimentos ou que tem capacidade de investimentos e falta espaço para produção. A interferência do governo para que a produção seja devidamente encaixada no mercado nacional, a preço justo e que tenha uma demanda favorável ao produtor e claro um preço acessível ao consumidor, interferência essa infelizmente necessária para o equilíbrio entre o pequeno e o grande produtor agrícola. O simples fato de que na maioria das vezes os produtos que vem de agricultores familiares sejam orgânicos já é uma grande motivação para os consumidores optarem pelas ofertas de alimentos familiares, gerando assim um aglomerado de fatores que não atingem apenas os aspectos econômicos, como também a parte social que melhora a condição de vida dos trabalhadores e a parte de fortalecimento nutricional e alimentação saudável por parte dos consumidores.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após todos esses fatos analisados é evidente que seria interessante para o governo investir cada vez mais na agricultura familiar, o fortalecimento econômico e social impactará diretamente no governo atual, gerando uma economia interna mais forte e dando melhores condições aos agricultores familiares, além de fornecer a população alimentos ricos em nutrientes e mais saudáveis. A implementação em creches e escolas deveria ser intensificada e levada para todo o Brasil. As linhas de créditos para melhorias nas produções deveriam ser ampliadas, a ponto que os agricultores familiares não se
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