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Nos últimos tempos, a economia mundial teve um crescimento expansivo, com o aumento do crédito em todos os segmentos, sendo também observada uma grande concorrência entre as instituições financeiras em busca de novos clientes para a ampliação das carteiras de créditos, com reflexos nas taxas de juros impostos pelo governo.

Isto mostra a importância de que as instituições financeiras tenham um controle maior e transparência em suas informações, principalmente na contratação de serviços (recursos), para evitar problemas que venham trazer perdas financeiras ou fragilização da sua imagem diante de seus clientes por descoberta de fraudes.

Perante a sociedade, a auditoria e a perícia nas instituições financeiras traz maior credibilidade e confiança para aplicar as economias, visto que todos buscam por rendimentos e solidez.

Uma instituição que tem sua reputação fragilizada por fraudes, por consequência, tem sua carteira de clientes reduzidas drasticamente. Da mesma forma, não se pode desconhecer que fraudes sistemáticas serão posteriormente incorporadas aos custos e preços dos produtos financeiros, sobrecarregando desta forma todo o mercado.

Diante deste cenário, o presente estudo pode se constituir enquanto base para pesquisas futuras, sendo adaptado a outras empresas que também necessitem de um controle específico em seus processos.

- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A auditoria é definida enquanto um processo sistemático de obtenção e avaliação objetivas de evidências sobre afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para aquilatação do grau de correspondência entre as afirmações e critérios estabelecidos, e de comunicação dos resultados e de usuários interessados (BOYNTON; JOHNSON; KELL, 2002).

Nesse contexto, tem-se a auditoria externa ou independente, a qual surgiu como parte da evolução do sistema capitalista, quando passou a ocorrer um número maior de investimentos externos e tornou-se necessária a disponibilização de demonstrações contábeis adequadas, de grande importância para os futuros aplicadores de recursos. Como um meio para prevenir a manipulação de informações, os futuros investidores passaram a exigir que essas demonstrações fossem examinadas por um profissional independente da empresa, que possuísse elevada capacidade técnica, o qual examinaria as demonstrações contábeis da empresa e emitiria sua opinião a respeito destas (ALMEIDA, 1996).

Além da auditoria externa ou independente, tem-se também a auditoria interna. Neste contexto, a administração da empresa, com a expansão dos negócios, sentiu a necessidade de dar maior ênfase às normas ou aos procedimentos internos, devido ao fato de que o administrador não poderia supervisionar pessoalmente todas as suas atividades. Porém, a implantação dos procedimentos internos teria pouco valor sem que houvesse um acompanhamento, no sentido de verificar seu acompanhamento pelos empregados da empresa. Para além disso, o auditor externo emitia seu relatório, mas passava pouco tempo na empresa, e seu trabalho era essencialmente direcionado às demonstrações contábeis, tornando necessária uma auditoria mais periódica, com maior grau de profundidade e visando também às outras áreas não relacionadas à contabilidade (ALMEIDA, 1996).

Foi neste contexto que surgiu o auditor interno, uma ramificação da profissão de auditor externo e, consequentemente, do contador. O auditor interno é um empregado da empresa, que não deve estar subordinado ao trabalho daqueles que examina, não devendo também desenvolver atividades que um dia terá que examinar, para que isso não interfira em sua independência (ALMEIDA, 1996). Está no cerne de sua atuação exercer ações como análises, avaliações, recomendações, assessoria e informações relacionadas às atividades examinadas, fornecendo dados relacionados à adequação e efetividade do sistema de controle interno e a qualidade do desempenho da organização (ATTIE, 1992).

A perícia contábil, por sua vez, consiste em um dos gêneros de prova pericial, ou seja, é uma das provas técnicas à disposição das pessoas naturais ou jurídicas, e serve como meio de prova de determinados fatos contábeis, ou de questões contábeis comprometidas, tendo como objeto o patrimônio das entidades e das pessoas naturais, seja no aspecto qualitativo, seja no aspecto quantitativo, observando situações estatísticas e dinâmicas, referindo-se a um patrimônio, ou a uma parcela deste (ornelas, 2003).

a perícia contábil se constitui ainda enquanto um instrumento técnico-científico de constatação, prova ou demonstração quanto à veracidade de situações, coisas ou fatos oriundos das relações, efeitos e haveres que fluem do patrimônio de qualquer entidade, tendo como objeto central os fatos ou questões contábeis relacionadas com a causa (aspecto patrimonial), as quais devem ser verificadas e submetidas à apreciação técnica do perito, que deve considerar, nessa apreciação, certos limites essenciais, como: a limitação da matéria, o pronunciamento adstrito à questão ou questões propostas, a meticulosidade e eficiência no exame, a escrupulosa referência à matéria periciada, bem como a imparcialidade absoluta de pronunciamento (ORNELAS, 2003).

desta forma, pode se identificar que, apesar de serem realizadas por diferentes profissionais contadores, com distintas competências, formação e habilidades adquiridas, a auditoria externa (ou independente), a auditoria interna, bem como a perícia contábil, se constituem enquanto importantes instrumentos para a análise da situação de empresas de diferentes portes, contribuindo com qualidade da gestão das mesmas por meio da identificação de potencialidades e fragilidades relacionadas à transparência da administração, o que fortalece a importância desta proposta de Trabalho de Conclusão de Curso.

- METODOLOGIA

O presente estudo consistirá em uma revisão da literatura, por meio da qual serão levantadas informações a respeito da auditoria interna, externa e da perícia contábil, de modo a construir um panorama atual acerca dos estudos voltados a essa temática.

Para conseguir atender os objetivos propostos anteriormente, serão consultadas diversas fontes de informações, como livros da área de auditoria (interna e externa) e perícia contábil, artigos científicos, além de teses e dissertações que sejam relacionadas à temática do trabalho.

Após o levantamento e consulta dos materiais que auxiliem no aprimoramento do conhecimento na área, será realizada uma leitura