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Fundamentos da Administração e da Economia

Por:   •  2/5/2018  •  1.165 Palavras (5 Páginas)  •  421 Visualizações

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Em análise ao texto e Conforme Barroso (2004 apud MELO NETO; FROES, 2004, p.80):

O 1º estágio, gestão social interna, tem como foco as atividades regulares da empresa, saúde e segurança dos funcionários e qualidade do ambiente de trabalho, no 2º estágio, gestão social externa, o foco é ampliado para a população local, incorporando ações que visem à redução do ônus das externalidades negativas ao meio ambiente (poluição, uso de recursos naturais etc.), à sociedade (demissões, comunidade ao redor da fábrica) e aos seus consumidores (segurança e qualidade dos produtos), No 3º estágio, gestão social cidadã, a empresa desenvolve ações que promovem o desenvolvimento social local e regional. O escopo das ações amplia-se para a comunidade como um todo. Sozinha ou em parceria com outras organizações (públicas ou privadas), as organizações nesse estágio de responsabilidade social fomentam ações que resultem na sustentabilidade local, conscientização social e cidadania, como por exemplo através da geração de emprego e negócios pela criação de escolas, cursos técnicos, profissionalizantes e capacitação profissional.

Tais estágios podem ser separados de acordo com o público-alvo das ações sociais: enquanto no primeiro estágio o foco é o cliente interno, nos segundo e terceiro estágios o público-alvo é comunidade externa. Tal fato permite definir o ponto de partida para o exercício da responsabilidade social pelas organizações: a cidadania empresarial ou a cidadania individual (MELO NETO; FROES, 2004)

Vergara e Branco (2001) veem a emergência de responsabilidade social no surgimento de empresas assumindo compromissos com a redução de impactos ambientais, apoiando grupos socialmente excluídos e erradicando as múltiplas causas de pobreza (ausência de educação, por exemplo).

Ainda segundo Vergara e Branco (2001), ações não só acenam para a conciliação entre competitividade e humanização das empresas como parecem revelar indícios de que um novo paradigma está emergindo no mundo dos negócios. Os autores designam essas empresas de “humanizadas”.

O cenário sobre a responsabilidade social corporativa não é unanimemente tão otimista assim. Fischer (2005) mostra que, gradativamente, empresários e executivos atuantes no Brasil vêm se conscientizando de que as condições perversas da estrutura socioeconômica do País são limitadores fortes das perspectivas de rentabilidade de seus negócios. A autora considera que esse crescimento da conscientização empresarial acerca dos riscos advindos do cenário de pobreza e desigualdade pode ser observado no aumento da mobilização em torno de proposições de responsabilidade social.

Com um posicionamento crítico em relação à responsabilidade social corporativa, Fischer (2005) atribui a responsabilidade pelo desenvolvimento humano a todos os atores sociais, estejam eles inseridos em organizações públicas ou empresariais bem como na sociedade civil. A responsabilidade não é exclusiva das empresas. Para a autora, iniciativas de responsabilidade social por parte de empresas respondem a uma exigência mercadológica mais do que a uma conscientização da necessidade de mudança de valores universais.

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REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6. ed. Rio de Janeiro : Campus, 2000

FISCHER, Rosa M. Estado, mercado e terceiro setor: uma análise conceitual das parcerias intersetoriais. RAUSP– Revista de Administração da FEA USP, São Paulo, v. 40, n.1, p.5-18, jan./mar. 2005.

MELO NETO, Francisco P. de e FROES, César. Gestão da Responsabilidade Social Corporativa: o caso brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.

VERGARA, Sylvia C.; BRANCO, Paulo D. Empresa humanizada: a organização necessária e possível. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.41, n.2, p. 20-30, abr./jun. 2001.

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