CONTABILIDADE GERENCIAL NA MICROEMPRESA PARA SUPERAR OS MOMENTOS DE CRISE

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Planejar um negócio evita possíveis riscos e ameaças para o seu sucesso. A literatura apresenta a contabilidade como instrumento maior da administração, sua importância para micros e pequenas empresas, principalmente a contabilidade gerencial, já que através desta o empresário pode tomar suas decisões com segurança.

Empreender é o processo de criar algo novo, comercializar algo, inovar, até mesmo dentro de empresas que já existem. O empresário dedica tempo e esforço necessários, assumindo tanto os riscos e desafios financeiros quanto psíquicos e sociais, para criar um empreendimento e para dar continuidade às suas atividades administrativas. O empresário recebe recompensas na satisfação e independência financeira (DORNELAS, 2016).

A pesquisa também apresenta que, apesar das mudanças constantes no cenário econômico e social, ainda existem gestores que sentem dificuldades na administração e gestão das empresas, para analisar os relatórios e nas tomadas de decisões.

Na atual dinâmica da economia brasileira, as micro e pequenas empresas precisam estar sempre em compasso de mudanças. De acordo com Silva (2009, p.18), “na atual conjuntura, a contabilidade passa a ter importância inigualável dentro do processo de tomada de decisão”.

De acordo com uma pesquisa do SEBRAE (2016), três em cada 10 empreendedores tiveram problemas para pagar as contas em dia neste ano. As faturas acumularam-se. Atualmente, 17% das pequenas e microempresas estão inadimplentes. Para 88% desses empreendedores, a crise foi a principal razão para os atrasos. O levantamento mostra que, entre os que atrasaram pagamentos, a maioria conseguiu negociar a dívida com o credor: 72% firmaram novos acordos. Dentro desse contexto, qual a importância da contabilidade gerencial no processo de tomada de decisão do empreendedor para superar os momentos de crise, em especial nas empresas de comércio varejista do bairro Matão – Sumaré/SP?

O objetivo geral da pesquisa é analisar a importância da contabilidade gerencial para micro e pequenas empresas em tempos de crise. E dentre os objetivos específicos, tem-se mostrar a definição de micro e pequenas empresas, em seus aspectos contábeis e fiscais, além de descrever a contabilidade gerencial e sua utilidade nas pequenas empresas, principalmente em momentos de crise. Mostrar exemplos de controles gerenciais que poderão ser utilizados pela pequena empresa. E por fim, mostrar os resultados positivos da utilização da contabilidade pelas micro e pequenas empresas no momento de crise.

A importância deste estudo é a de mostrar os benefícios alcançados com a utilização da contabilidade gerencial pelas microempresas e empresas de pequeno porte. A função da contabilidade, que é a de fornecer informações que ajudarão os gestores na administração de uma empresa, é desconhecida pela maioria dos pequenos empresários que tomam suas decisões baseados apenas na experiência que acreditam ter.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

As informações e dados fornecidos pela contabilidade representam ferramentas de gestão, que servirão de apoio e suporte à tomada de decisão e devem fazer parte da rotina empresarial, ou seja, servir de apoio em todas as etapas da empresa (SILVA, 2008).

A pesquisa bibliográfica é constituída a partir da definição de empresa, micro e pequena empresa, os conceitos de Contabilidade Gerencial e sua aplicabilidade para a tomada de decisão e, como esta ciência contribui para o desenvolvimento das entidades micro e de pequeno porte no momento de crise.

2.1 Empresa

Pode-se definir uma empresa como uma unidade econômica que utilizam ferramentas que aperfeiçoem as chances de sucesso e assim obter o lucro esperado.

Ampliando o referido conceito, Fermenick (2013) identifica que as organizações que se dedicam a produção e circulação de bens e serviços são estruturadas sob a forma de sociedades, que podem ter, ou não, a obtenção de lucros.

Já para Padoveze (2005, p.3), “a finalidade da empresa é criar valor para seu proprietário”. Este valor é o lucro que o investidor espera, ou ainda o preço pelo risco que este está correndo ao aplicar seu capital em um determinado investimento.

2.2 Micro Empresa e de pequeno porte

Segundo Chér (1991, p.17), “[...], para se conceituar as pequenas e médias empresas, algumas variáveis são tradicionalmente utilizadas, tais como mão-de-obra empregada, capital registrado, faturamento, quantidade produzida, etc.”.

O Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE apresenta as classificações para micro e pequenas empresas, com base no número de empregados e com base no faturamento.

Conforme classificação baseado no número de empregados temos:

Tabela 1 - Classificação de MPE segundo o número de empregados

Porte/Setor

Indústria

Comércio e Serviços

Microempresas

Até 19

Até 9 empregados

Empresas de Pequeno Porte

De 20 a 99

De 10 a 49

Média

De 100 a 499

De 50 a 99

Grande

500 ou mais

100 ou mais

Fonte: SEBRAE-SP, 2016.

Conforme classificação de acordo com o faturamento, temos:

Tabela 2: Classificação de MPE segundo o valor de faturamento bruto anual.

Porte

Simples Nacional

MEI – Micro Empreendedor Individual

Até R$ 60.000,00

Microempresas

Até R$ 360.000,00

Empresas de Pequeno Porte

Até R$ 3.600.000,00

Fonte: