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Trabalho de estatistica

Por:   •  26/1/2018  •  16.154 Palavras (65 Páginas)  •  254 Visualizações

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- Economia Colonial – Séculos XVI a XIX

Durante três séculos a política econômica das nações foi dominada na Europa pelas idéias mercantilistas. São essas idéias que vão moldar a organização, a ocupação e a evolução do Novo Mundo – as Américas. Nesse período o destaque são as grandes navegações e os principais países Espanha e Portugal, que atuam como os grandes desbravadores dos oceanos, buscando novas rotas para a navegação, utilizando a cartografia como instrumento de análise, estudando o movimento dos ventos e estabelecendo o comércio entre as nações.

A política mercantilista promovia e norteava a política colonial no que tange o caráter unilateral de domínio, o foco era estabelecer o crescimento da Metrópole através das riquezas da colônia. Essas riquezas são traduzidas em gêneros tropicais e pedras preciosas, todos esses produtos devem ser obtidos da colônia em condições vantajosas para a Metrópole que é dona absoluta e exclusiva da colônia. Para obter resultados favoráveis nessa relação à Metrópole monopoliza as compras e vendas dos produtos de sua colônia, o que significa que todas as exportações da colônia são para a Metrópole e todas as importações da colônia provêm da Metrópole, estabelecendo dessa forma não apenas o domínio total da colônia, mas também o grau de dependência.

- Os ciclos econômicos e a economia agroexportadora.

A política colonial nos moldes do mercantilismo impulsionou as grandes nações europeias a constituírem suas economias nacionais, mas, por outro lado, confinou as colônias a um profundo grau de dependência que comprometeu o crescimento econômico de certas nações gerando graves desequilíbrios internacionais.

Nessa primeira abordagem vamos estabelecer a característica e o tipo de colonização que a região foi submetida – colônia de povoamento ou de exploração?

Colônia de Exploração

Colônia de Povoamento

- Latifúndio

- Pequena propriedade familiar

- Monocultura

- Policultura e desenvolvimento de manufaturados

- Trabalho compulsório: escravidão e servidão indígena

- Trabalho livre e “servidão por contrato”.

- Mercado externo

- Mercado interno

- Pacto colonial

- Liberdade Econômica

O tipo de colonização que o Brasil foi submetido promoveu a característica de desenvolvimento de sua estrutura produtiva e distributiva. O Pacto Colonial impedia o Brasil de criar indústria nacional e submetia o comércio exterior à ineficiente intermediação de Portugal. Essa situação limitou o potencial de crescimento da economia brasileira criando o mercado doméstico voltado para o mercado externo, sem impulsionar o intercâmbio entre as regiões, mantendo o mercado interno incipiente e dependente das exportações. Ao promover a monocultura a grande propriedade rural foi estabelecida, privilegiando os grandes latifúndios. A escravidão no país foi abolida apenas como resposta a uma nova ordem mundial fundamentada na economia capitalista, que coloca o trabalho como fator de produção e, conseqüentemente, como variável do processo produtivo – trabalho livre e assalariado (o trabalhador deixa de ser mercadoria e passa a ser dono da sua força de trabalho).

O Brasil dificilmente deixaria de ser uma colônia de exploração. A carta enviada por Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal já descrevia as riquezas, a dimensão e a beleza encontrada no novo continente.

A base de colonização do Brasil num primeiro momento foi tratada de forma secundária limitando-se à extração do pau-brasil e no escambo com os índios. A colonização efetiva teve início em 1530, com a implantação de grandes unidades produtoras de açúcar para o mercado europeu organizadas nos moldes do tipo plantation. Dando continuidade a sua política colonizadora, entre 1534 e 1536, a coroa portuguesa determinou a divisão das terras brasileiras em capitanias hereditárias ou donatários, regularizando a forma de ocupação e exploração do território brasileiro.

A formação do Brasil teve como característica ciclos econômicos pontuais, ou seja, em cada período de expansão um produto correspondia ao eixo dinamizador da economia, alavancando a estrutura produtiva do país e, conseqüentemente, privilegiando alguns setores. Os principais ciclos econômicos do Brasil foram:

- Ciclo do pau-brasil → Primeiro período da história econômica do Brasil, caracterizado pela exploração da árvore do mesmo nome. Essa atividade extrativista consistia na coleta da madeira e sua remessa para a Metrópole. Estendeu-se desde os primeiros anos após a descoberta até o início da segunda metade do século XVI, quando perdeu a primazia para o cultivo da cana-de-açúcar.

- Ciclo da Cana-de-açúcar → Período da história econômica do Brasil em que a cultura do açúcar era a principal atividade produtiva da Colônia. Em meados do século XVI as plantações canavieiras se estendiam por grandes extensões do litoral brasileiro, concentrando-se em Pernambuco e na Bahia. Na metade do século XVII o Brasil era o maior produtor mundial de açúcar. A cultura canavieira foi substituída no século XVIII, como principal fonte de renda da Colônia, pela atividade mineradora que deu origem ao ciclo posterior.

- Ciclo do Ouro → Período da história do Brasil Colônia entre o final do século XVII e o final do século XVIII, em que a extração do ouro e diamantes teve importância decisiva para a economia brasileira. A exploração do ouro determinou um rápido crescimento da população brasileira e sua interiorização. Cerca de dois terços das lavras se concentraram em Minas Gerais, com o restante distribuído entre Goiás, Mato Grosso e Bahia.

- Ciclo do Cacau → Conjunto de características econômicas, políticas e sócio-culturais de determinada região (Sul da Bahia) no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, quando florescia a cultura cacaueira. Planta nativa da América, o cacaueiro, plantado na Bahia desde o século XVI, só se difundiu como lavoura comercial a partir do século XIX. O Brasil logo se tornou o primeiro produtor mundial, o que veio fortalecer o predomínio,

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