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TRABALHO CONCLUSÃO DE CURSO

Por:   •  8/9/2018  •  9.677 Palavras (39 Páginas)  •  409 Visualizações

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Conforme o SEBRAE, as associações são organizações que visam a promoção de assistência social, educacional, cultural, entre outros. As associações são adequadas para uma atividade social. Nas associações os associados não são considerados como “donos”. O patrimônio acumulado pela mesma deve ser destinado á outra instituição semelhante em caso de rompimento, conforme determina a lei. Os ganhos eventualmente obtidos pertencem á sociedade e não aos associados. Dessa forma os mesmos não podem dispor, pois os lucros são destinados a atividade fim da associação.

A ICC BLUSOL é uma associação civil sem fins lucrativos, instituição de microcrédito sediada em Blumenal/SC. Economicamente organizados de forma democrática e com livre participação dos seus associados, á referida empresa foi fundada em 1997 qualificada em 2002, como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) de microcrédito, para facilitar à concessão de crédito aos micros e pequenos empreendedores, formais e informais facilitando o crescimento dos mesmos a associação foi criada.

A ICC BLUSOL tem como visão ser a instituição de microcrédito referência do Brasil, e reconhecida como importante ferramenta de redução da pobreza, geração de emprego e renda na região onde atua. A Instituição quando qualificada como OSCIP em 2002, recebeu da Prefeitura Municipal de Blumenal um aporte de R$ 1.000.000,00 (Um milhão de reais). Atualmente a mesma possui um ativo superior a 14 milhões conforme demonstrado em seu ultimo balanço.

Diante do exposto, esta pesquisa justifica-se pela inquietação em identificar os fatores condicionantes de risco de crédito e inadimplência na ICC BLUSOL, no atual contexto econômico e financeiro do país, percebendo a importância da análise de concessão de crédito. Conforme Schrickel (2000) o risco de crédito é presente em qualquer tipo de empréstimo, pois se coloca de forma sempre presente em qualquer empréstimo, sendo compensado por uma taxa de juros remuneratória.

Os números de associados que buscam recursos para alcançar seus objetivos são cada vez maiores. Nesta perspectiva, é interessante responder a pergunta que norteia este estudo: quais os fatores condicionantes da inadimplência em operações de crédito em uma instituição de Santa Catarina?

O objetivo deste artigo foi identificar e analisar as características socioeconômicas, econômico-financeiras, bem como contratuais visando identificar os fatores condicionantes da possibilidade de inadimplência nas operações de crédito, concedidos por uma importante IMF brasileira o BLUSOL de Santa Catarina.

O artigo está assim estruturado, após esta introdução, será apresentado o referencial teórico na seção 2 abordando o conceito de crédito, o mercado de crédito, risco de crédito, inadimplência e gestão do risco de crédito, a metodologia utilizada na seção 3, apresentação e análise dos dados na seção 4, na seção 5 a conclusão, e na seção 6 as referências obtidas neste artigo.

2 – REFERENCIAL TEORICO

2.1 Conceito de Crédito

De acordo com Paiva (1997), a palavra crédito vem do latim creditu que significa confiar, acreditar. Assim seu sentido é segurança de algo verdadeiro; confiança. A idéia de Paiva (1997) vai de encontro com a de Sodero Filho (1990) que diz que crédito é confiança. Confiança em uma pessoa que se compromete em honrar uma futura obrigação.

Conforme Blatt (1998), o crédito envolve a existência de relação e confiança entre duas ou mais pessoas ou instituição, dessa forma a concessão de crédito significa a transferência de posse de ativos mediante um compromisso de pagamento futuro.

De acordo com Silva (2006), o crédito é definido como um valor fornecido a uma determinada pessoa ou empresa como forma de empréstimo ou financiamento, devendo ser quitado futuramente.

Para os Santos (2006), Blatt (1998) e Silva (2006) entende-se que o crédito é uma forma de financiamento, para possibilitar transações, tendo como características a confiança, e o prazo para quitação da dívida.

Segundo Assaf Neto (2000), o crédito é a troca de bens presentes por bens futuros. Dessa forma uma das partes seja empresa ou pessoa, que concede o crédito, troca por produtos como promessa de pagamento futuro. Assim a empresa ou pessoa que obtém crédito recebe produtos e assume o compromisso de efetuar o pagamento futuro.

Leoni e Leoni (1997), afirma que o prazo delimitado para o crédito pode ser a curto ou longo período. Sendo á curto prazo na maioria das vezes esse crédito é destinado a compra de bens necessários á atividade operacional e capital de giro. Sendo á longo prazo esse crédito é destinado na maioria das vezes para investimento, como compra de imóveis.

2.2 Mercado de crédito

De acordo com Coutinho (2002), o conceito de microcrédito é definido como crédito de pequeno valor, concedido a micro e pequenas empresas, sendo essas de base individual, familiar, comunitária ou empresarial. Esse valor concedido seria para utilização produtiva como, construção, manutenção e desenvolvimento de seus empreendimentos.

Conforme Caldas (1999) é atribuído ao microcrédito, características que os diferenciam do crédito tradicional, por ser operado por cooperativas, associações, ong’s e instituições especializadas em microcrédito e não somente por instituições financeiras convencionais.

Alves e Soares citado por Camargos e Alves (2009) destacam que o fato do microcrédito estar direcionado principalmente aos tomadores de baixa renda o objetivo é a melhoria das condições sociais e econômicas desses clientes e de suas famílias e comunidades.

Segundo Barone et al (2002) uma característica notável é preferir métodos específicos diferentes das práticas adotadas pelos bancos tradicionais como liberação, acompanhamento e cobrança. Analisando o conceito e essas características, há que se definir a concessão de microcrédito como uma ferramenta do desenvolvimento e do combate a pobreza, na medida em que o acesso ao crédito contribui para a melhoria da qualidade de vida da população menos favorecida (CAMARGOS E ALVES, 2009).

De acordo com Alves e Camargos (2009), a mídia esta intensificando consideravelmente as referências ao microcrédito, de forma específica esse termo é empregado como instrumento financeiro, apontado a qualquer crédito de valores relativamente pequenos e destinado a empreendedores com renda baixa e que vivem a partir da economia

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