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Significado e Sentido no trabalho

Por:   •  20/4/2018  •  1.381 Palavras (6 Páginas)  •  287 Visualizações

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Contudo, trabalhar, para a subjetividade, constitui em uma provação que a transforma, não sendo somente produzir, mas transformar a si mesmo, ocasião oferecida para a subjetividade para se realizar. (DEJOURS, 2004)

Devido a isso, o autor argumenta por fim, que o trabalho gera sofrimento, frustração, sentimento de injustiça e patologia. Se torna insalubre e contribui para a destruição da subjetividade, juntamente com as bases da saúde mental.

Ricardo Antunes e Giovanni Alves possuem, como um dos principais objetivos, destacar alguns significados e dimensões das mudanças que têm ocorrido no mundo trabalhista. Trazem a ideia de que a classe trabalhadora do século atual é mais fragmentada, heterogênea e mais diversificada.

Primeiramente, eles sustentam que a classe trabalhadora de hoje compreende a maioria dos assalariados, homens e mulheres que vivem à partir da venda de sua força de trabalho, uma classe que vive do trabalho, não possuindo os meios de produção. (ANTUNES, R.; ALVES, G., 2004)

No decorrer do texto eles apontam diversas tendências que caracterizam as mutações no mundo do trabalho, como, por exemplo, o aumento significativo do trabalho feminino, atingindo mais de 40% da força do trabalho; expansão dos assalariados médios; a crescente exclusão dos jovens e dos idosos; expansão do trabalho no chamado “Terceiro Setor”, crescimento do trabalho em domicílio, dentre outros.

No entanto, segundo eles, para compreender a nova forma de ser do trabalho é preciso partir da concepção ampliada do mesmo, não se restringindo aos trabalhadores manuais diretos, incorporando também o trabalho social e o trabalho coletivo que vende sua força de trabalho como mercadoria em troca de salário.

Por fim, os autores destacam que é sob o toyotismo que a subjetividade operária adquire seu desenvolvimento, sendo este real e não somente formal. (ANTUNES, R.; ALVES, G., 2004)

Em ambos os textos percebe-se que é dado grande ênfase sobre o trabalho humano, cada um com suas particularidades, dando importância à sua história, sentido, significado e subjetividade. Além disso, todos deixam claro que o trabalho com o decorrer do tempo sofre mutações, o que, consequentemente, afeta o trabalhador.

Em comum com o livro e o último artigo citado vê-se que ambos citam a questão que a força de trabalho, muitas vezes, é tida como mercadoria, e que as pessoas trabalham antes para poder consumir do que, propriamente, para produzir. Ou seja, onde tem-se a ideia de que o trabalho é realizado para sobrevivência.

À partir da leitura dos três textos, percebe-se que a subjetividade do trabalho consiste na mudança em que o mesmo causa no trabalhador, pois, como foi visto na leitura do segundo artigo, trabalho não é apenas o tempo em que o indivíduo dedica a oficina ou ao escritório, vai além do limite dispensado do tempo, mobilizando sua personalidade por completo.

Contudo, pode-se concluir que o trabalho é, de certa forma, presente na vida de todo o ser humano. Desde as épocas mais antigas possui diversos significados e sentidos, sobretudo, considerando diversos pontos de vista e contextos diversificados.

Além disso, as mudanças sofridas pelo trabalho no decorrer no tempo, implica uma mudança na vida do trabalhador, fazendo com que o mesmo se adapte às inovações surgidas e com isso vai se desenvolvendo e se inserindo ainda mais no mundo do trabalho, consequentemente, garantindo suas relações com o ambiente social.

REFERÊNCIAS:

- ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1986.

- DEJOURS, Christophe. Trabalho, subjetividade e ação. São Paulo: Produção. v.14, 2004.

- ANTUNES, Ricardo; ALVES Giovanni. As mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital. São Paulo: Educ. Soc., Campinas. v. 25, 2004.

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