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Relações públicas e negócios

Por:   •  19/12/2018  •  1.638 Palavras (7 Páginas)  •  233 Visualizações

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– As Relações Públicas e os Públicos

Analisando dentro do estrutural-funcionalismo tem a ideia de que um sistema em busca de manter certo equilíbrio deve assumir a presença das influências do ambiente. Elas que deslocam as relações de poder dentro de um sistema de seu estado presumido. As variáveis ambientais, essas variáveis de entrada, os Inputs, são fornecidas pelos públicos. Os públicos constituem o segundo núcleo do objeto das Relações Públicas e podem ser definidos como um agrupamento de pessoas que se organizam em torno de uma controvérsia para discutir sobre ela. Mudar o ambiente para que as trocas que mantem com o sistema sejam menos estressantes e também, isolar-se de qualquer influência do ambiente e fechar-se temporariamente aos inputs. Instituir-se num agente divulgador de suas demandas. Deve colaborar para a formação dos públicos. Vivemos numa sociedade em que há, muita massas e multidões cuja principal característica é agir emocionalmente. Cabem às relações públicas apoiar a criação dos públicos, que, embora sem contiguidade especial, são um agrupamento que age racionalmente, ponderando suas decisões e enxergando a realidade sem distorções. O compromisso das relações públicas com os públicos é a tentativa de fazer com que todos conheçam qual é a controvérsia, devem permitir uma abundância de informações de modo que haja um julgamento racional e justo baseado na realidade e não na opinião de grupos de interesse, levando a um aumento da qualidade da opinião pública, manifestada com a clara definição da controvérsia e da possibilidade de debate. A atividade de relações públicas então harmoniza os interesses em conflito não ao estabelecer meras falácias, mas por meio de conceitos e ideias, uma dela é “por meio do conhecimento intelectual deseja-se que as pessoas tenham capacidade de abstração, o que lhes permitirá eliminar, progressivamente, das imagens apresentadas, a particular, e daí, mediante ideias, escolher e decidir quais as atitudes a serem tomadas. Isto é possível pela própria formação do público (...) que procura uma atitude comum, baseado na crítica e na reflexão” (Andrade, 1989, p.98).

A atividade é colocada ao mesmo tempo dentro e fora da caixa preta da Teoria dos Sistemas – o que convencionamos chamar de instâncias decisórias. Dentro, porque é quem vai permitir que as ações e decisões da empresa respeitem as necessidades de formação do público de abundância de informações e transparência ou seja o subsistema, cumprir sua função educadora de formação de públicos. Fora, porque é tida como um apoio à opinião pública para que se manifeste. Uma anuência que passa como apoio pelo gatekeeper, este último filtro das demandas dos públicos para que sejam processadas pelas instâncias decisórias. Nesse imbróglio sistêmico que a própria doutrina se coloca, podemos perceber interesses do sistema e interesses dos agentes externos a ele misturados. Separando seu objeto em duas partes claramente distintas: organização e públicos, ao falar de suas atividades e objetivos não há organização sistêmica possível. Esteja a serviço do sistema ou de seu ambiente externo, as relações públicas devem promover a interação de interesses legítimos, gerenciar a comunicação entre as duas partes, promover a aceitação e a cooperação entre a organização e a sociedade, harmonizar as discordâncias, abrir canais para estabelecer a confiança mútua, elevar o nível de entendimento e solidariedade, promover o desenvolvimento recíproco, assegurar um amplo estado de comunicação e equilibrar os interesses para depois construir uma sociedade melhor, mais justa e, através do diálogo, atingir o progresso social.

Conclusão

As posições ocupadas pela atividade do relações públicas dentro da teoria sistêmica, encontramos diversas incongruências que, inviabilizam a aplicação deste paradigma na abordagem científica comunicação institucional. Sustentemos que essas contradições são causa e reflexo de uma identidade profissional ainda em processo de formação.

O relações públicas é o melhor profissional para cuidar da comunicação das empresas, é entendido como um grande mediador polivalente e onipresente capaz de harmonizar interesses, conhece bem sobre as empresas e sociedade. Leva demandas às instâncias decisórias, mas também toma decisões de modo a atentar a empresa para seus compromissos. Para os públicos, abre canais, garante a transparência e abundância de informações. Ao abrir canais, ele permite aos públicos que formem opiniões genuínas a respeito do assunto. É um agente promotor da solidariedade entre as partes que, devem atingir os objetivos do sistema social. Trata-se de um esquema teórico que objetiva a interação entre agentes na sociedade. Estabelecida uma relação nessas condições, um sistema social se diferencia da complexidade social estabelecendo a diferença entre ele o sistema e o resto da sociedade, o seu meio. Quanto mais as relações públicas trabalham para os públicos, mais elas prejudicam as tentativas de “autonomizar” o sistema-organização que é seu objeto,e quanto mais trabalham para as organizações, mais tentam colaborar com esse grau de autonomia do sistema em relação às demandas e apoios externos, mais afastam as empresas de seus públicos. Um breve entendimento dessas inconsistências.

A identidade das relações públicas está intimamente ligada a um descentramento do foco nas tarefas para a busca da constituição

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